Da série divirta-se:
DISTÂNCIA, TABORDA!
Na felizmente derradeira conversa que mantive com Tabordinha ele perguntou se eu queria ser seu inimigo. Respondi que não queria ser seu inimigo nem amigo. Dele queria apenas distância. Daí ele passou a usar a coluna que publicava no Estadão para me esculhambar. Vale lembrar que lamentavelmente eu mesmo, depois dele muito implorar, tinha convencido Mário Calixto a permitir que publicasse ali, sem receber coisa alguma, a tal coluna (ganhava apenas com a venda de proteção contra ele mesmo, como faz até hoje).
Mário Calixto ainda deve estar me culpando por isso. À época ele impôs uma condição: não iria abrir mão da proibição de sua entrada, passada à segurança do jornal desde a inauguração do prédio, quando Taborda apareceu de bermuda, todo sujo e totalmente embriagado, para estragar a festa. A coisa foi tão feia que ele foi “convidado” a sair. Daí bateu com o carro em um poste bem em frente ao quartel da PM. Por isso, a coluna teria de ser enviada em um disquete e Tabordinha não poderia nem aparecer na portaria. E assim foi até sua saída para montar o devezenquandário que edita.
Tabordinha manteve porém a distância que exigi, a conselho de seu próprio pai. Que, aliás, contou uma história engraçada sobre o primeiro emprego do menino. Foi em um circo. Tabordinha era uma espécie de “escada” para um número de palhaços. Ficava atrás de um deles, que se abaixava para desviar-se de um tapa e Taborda recebia o sonoro bofete. Um a cada sessão. Talvez tenha começado aí sua raiva do mundo, que não esconde de ninguém. É claro que a natureza deve ter despejado nele alguma profunda indignação para com a humanidade, mas não sou culpado por isso.
Pois bem. Agora ele tenta justificar sua gratificação na Assembleia ao pegar uma carona rastejante na baixaria de Rubinho. Surpreendeu-me o fato dele ter cultivado ainda hoje o ressentimento invejoso pela viagem internacional patrocinada pela IBM que fiz quando era presidente da Ceprord. Deve ter pesadelos recorrentes com isso, daí chamar de “manjada”. Queria ele o quê? Ir em meu lugar para exibir na Europa os efeitos da Talidomida? E ainda receita a mesma hospedagem no Urso Branco na qual dormiu por um bom tempo. Pois não vou aceitar provocações. Não de alguém com tão reduzida estatura física e moral. Continua valendo a exigência feita no café do Juscelino: quero, por favor,
DISTÂNCIA, TABORDA, DISTÂNCIA!
Em tempo: recebi ontem e agradeço pelas várias manifestações de solidariedade de leitores indignados com a palhaçada dos pequeninos Tabordinha, Rubinho e todos os demais “inhos” a serviço do igualmente “verticalmente prejudicado” moral e fisicamente, para ser politicamente correto, Hermínio Coelho. Um dos leitores inclusive fez questão de lembrar: “Carlos só p/ não esquecer. Taborda foi condenado pelo Tribunal de Contas. Tinha empregos no governo e na ALE. Também foi condenado à prisão albergue, pois já não era réu primário, por bater e destruir o muro de um prédio público (não lembro onde foi) com seu carro. Detalhe: estava trêbado”.
Outro leitor acusa: “O Rubinho fala mal do (José Luiz) Lenzi, mas ele tem um processo do tempo em que foi assessor do (Antônio) Morimoto na CERON, É sobre a compra de fogos de artifício. Ele recebeu o dinheiro para pagar, mas ficou com a grana”.
Desabafo:
Ives Gandra Martins
Para quem não o conhece, o tributarista Ives Gandra da Silva Martins, é citado em milhões de petições protocoladas no Judiciário pelos advogados desse país.É professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. É afinal, pessoa merecedora de crédito, pois sabe mesmo do que está falando. Ele escreveu:
- Não Sou:
- Nem Negro, Nem Índio, Nem Viado, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras.
Como Faço Para Viver No Brasil Nos Dias Atuais?
Na Verdade Eu Sou Branco, Honesto, Professor, Advogado, Contribuinte, Eleitor, Hétero...
E Tudo Isso Para Quê?
Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o cidadão comum e branco é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.
Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).
Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela - passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.
Aos quilombolas, que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Rousseff o direito de ter um Congresso e Seminários financiados por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria do Governo!
Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória, a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse privilégio, simplesmente porque esse cumpre a lei.
Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para "ressarcir" aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema? Como modesto professor, advogado, cidadão comum e, além disso, branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios deste governo.
Para os que desconhecem o Inciso IV, do art. 3°, da Constituição Federal a que se refere o Dr. Ives Granda, eis sua íntegra:
"Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, Idade e quaisquer outras formas de discriminação."