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Carlos Henrique

Decoração de Natal no CPA


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Decoração de Natal no CPA
 
Comentei no Facebook que dá satisfação quando as coisas são feitas com profissionalismo. Sei que vão dizer o diabo, que estão gastando dinheiro a esmo. Não acho. Acredito na valorização da beleza, da qual lamentavelmente somos tão carentes em nossa Porto Velho. Daí o entusiasmo com que reproduzo a foto da decoração natalina do CPA. Parabéns a todos que nela trabalharam. Sugiro usar uma foto dessas na produção de cartões de natal. Sabia ser uma temeridade, já que com certeza um coro dissonante entoaria um canto desafinado sobre o assunto. Mas apostei na aprovação dos amigos e não me decepcionei. Veja os comentários que selecionei:
 
Luciano Bruno – Tá bonita mesmo. Viva o luxo e morra o bucho!!!
 
Carlos Henrique – A opção é de cada um. Há quem goste de vegetar no lixo, desde que possa encher o bucho com o bolsa-família. Há quem condene o luxo por objetivos meramente demagógicos e eleitoreiros. Há quem anuncie opção preferencial pelos pobres mas vive como um nababo. Há quem pregue a precedência do bucho, como é o caso dos petistas, mas vive no maior luxo com dinheiro público. E há quem conteste apenas para encher o saco, de sacanagem. Em qual desses casos você se enquadra, caro Luciano?
 
Luciano Bruno – É, amanhã mais um desafortunado eleitor vai passar o dia no João Paulo II, o único de Rondônia e “o pior do Brasil” ou vai chegar lá, se chegar. Peço a Deus que ele não morra porque faltou remédio ou outro material, que não piore por ficar no chão e outras coisas mais. É tão difícil que não consigo falar.
 
Carlos Henrique – É comovente o seu espírito de solidariedade humana, mas você confunde as coisas. O JP II não é o pior do Brasil. Existem situações verdadeiramente estarrecedoras inclusive em São Paulo, conforme atesta investigação do Conselho de Medicina de lá. Os desafortunados, eleitores ou não, merecem toda solidariedade. Mas a cidade não pode viver em permanente vigília por conta disso. O componente de beleza nas festas natalinas não somente agrada aos olhos e desperta sentimentos mais nobres. Ele favorece o comércio e a produção, para movimentar a economia e pagar seu salário, de forma a que você não se torne também um desafortunado. Será que você também não consegue falar quando recebe o pagamento? Deixe de hipocrisia e parta para a ação.  Não espere pelo governo. Comece você mesmo um movimento de solidariedade e doe seu 13º salário para os desafortunados.
 
Marcellin Macalé – Tá certa a decoração. Precisamos acabar com a hipocrisia de achar que tudo tem que ser hospitais escolas, segurança...
 
Adércio Dias – Se fosse administração do PT será que a observação do meu amigo CHA seria tão romântica assim? Se fosse o PT seria a pior coisa do mundo.
 
Carlos Henrique – Claro que seria a pior coisa do mundo. Por acaso o PT já fez alguma coisa que prestasse em Porto Velho? Vá decorar os viadutos de seu amigo Sobrinho e me poupe, meu amigo.
 
 
 



TJ assusta Hermínio

Emenda sobre o quinto constitucional pode ser lida como um recado ao Tribunal: “estou vivo e tenho o poder de influir”
 
É, no mínimo, curiosa a súbita preocupação legiferante do presidente da Assembleia, Hermínio Coelho, que vem agora com a apresentação de emenda constitucional “com o propósito de regulamentar e tornar mais transparente a escolha de desembargador do Tribunal de Justiça de Rondônia, através do quinto constitucional”. Até os candirus do Madeira, como dizia Paulo Queiroz, conseguem enxergar o que move o nobre parlamentar, envolvido até à boca da garrafa nos crimes identificados pela Operação Apocalipse. Exclua-se toda a conversa fiada da justificativa do projeto e considere-se apenas o que vai nas entrelinhas, nas quais é possível ler claramente um recado ao Tribunal de Justiça: “estou vivo, sou deputado, presido um poder até o final de 2014 e posso atormentar a vida de vocês”. Típico.
 
Arrogante e teimoso, o deputado quer mostrar que não se deixou abater pela decisão do Tribunal de Justiça, que não acatou o parecer do Ministério Público, não permitiu o arquivamento do inquérito produzido pela Polícia Civil e mandou de volta o inquérito para a formalização de denúncia contra os deputados ou realização de novas diligências. O voto da relatora, juíza convocada Sandra A. Silvestre de Frias Torres foi considerado brilhante por alguns dos mais experientes juristas ouvidos pelo Blog do CHA. Ela demonstrou extrema competência e, de resto, não ser a “juizinha substituta que me afastou por trinta dias”, conforme declarou o falastrão em um discurso no interior do estado. Agora, claramente assustado com o desdobramento do caso, que imaginava definitivamente sepultado, o parlamentar tenta reagir.
 
Ele não tem alternativa para dar uma satisfação não apenas ao público a cujas portas será obrigado a bater em busca da reeleição, mas igualmente aos colegas deputados Adriano Aparecido de Siqueira, José Cláudio Nogueira Carvalho e Jean Carlos Scheffer Oliveira (Ana da Oito tinha sido a única denunciada), que sabem muito sobre o que ainda não ficou claro na operação policial. Cada um deles pode sair atirando caso seja cassado pela comissão processante, que passa a trabalhar com outros parâmetros após a decisão do TJ. A defesa dos envolvidos estava fundamentada basicamente no parecer do procurador designado pelo MP. Agora a coisa se complica, segundo os advogados ouvidos, pois o caso será submetido ao Conselho Superior do Ministério Público. Ninguém ali vai arriscar uma biografia impecável consolidada por décadas de trabalho sério apenas para proteger um grupo de deputados. Especialmente aquele grupo. É esperar para ver.
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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