Quarta-feira, 5 de dezembro de 2012 - 09h29
Sem mais poder usar os documentos requentadas contra o governo e sem mais argumentos para se manter no noticiário, o deputado Hermínio Coelho resolveu inovar, com o lançamento de uma nova modalidade de denúncia: a corrupção futura. Ele diz que vai procurar o Ministério Público e a Polícia Federal para delatar a corrupção que “vai haver no governo do Estado em 2013”. É um vidente. É uma nova versão da Mãe Dinah: a Mãe Hermínia.
Sou forçado a recorrer aos juristas para saber se o que faz o deputado é “Denunciação Caluniosa” ou “Comunicação falsa de crime”. Sei que o primeiro caso trata de provocar a instauração de investigação policial, processo judicial ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe fato criminoso que o sabe inocente. O outro, também previsto na legislação penal, é a provocação da ação da autoridade comunicando falsa ocorrência de crime ou contravenção. Qualquer que seja o enquadramento, o que Hermínio Coelho está fazendo tem uma definição bastante conhecida: trote.
ESTRATEGISTAS
O presidente da Assembleia deveria ser alertado pelos seus “estrategistas” – alguém tem que dividir com ele a culpa por toda essa palhaçada – que falar em Polícia Federal na Assembleia gera um tremendo desconforto. Pode até faltar quórum. É como falar em corda na casa de enforcado, expressão usada dia desses por Zé Dirceu, como que pedindo para FHC parar de fustigar Lula, cuja amante foi pega pela PF com a boca e as mãos em locais evidentemente insalubres, especialmente nos dias de hoje.
Não custa lembrar QUE Hermínio Coelho aprendeu essas coisas no PT – partido no qual foi contudo considerado inservível e despachado prá fora – que tem “afrontado o Brasil pela institucionalização da mentira em dimensões orwellianas, envilecido pela supremacia das versões malandras e ultrajado pelos sucessivos assassinatos da verdade factual, como diz Marco Villa em seu excelente livro Mensalão”.
SUPERSALÁRIOS
A verdade é que o presidente da Assembleia tem muita coisa a explicar em sua própria casa. E deveria fazê-lo para não continuar enganando os servidores estatutários com essa história de não adotar o plano de carreira por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele até demitiu 200 bagrinhos comissionados para comprovar o que disse, mas deixou de fora os verdadeiros tubarões, como comprovam cópias de vários contracheques em poder deste blogueiro.
O secretário de Planejamento da Assembleia, por exemplo, recebeu, na composição de salário mais gratificações, R$ 29.832,09 no mês de março e R$ 40.713,62 em abril desse ano. E não é um caso isolado. Esta é, aliás, uma das razões pelas quais a Assembleia não publicou sua folha no Portal Transparência.
Fonte: Carlos Henrique
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