E não deu certo. Antes que o leitor imagine que este blogueiro ensandeceu eu explico. Um rupo de deputados envolvido com a Operação Apocalipse está se movimentando no sentido de processar este blogueiro. O ex-governador Oswaldo Piana tentou isso. Parece que foram 42 processos. Um saco. Mas me saí bem pelo menos da maioria. O resto prescreveu. Se os parlamentares querem fazer isso agora, direito deles. Mas informou que minha defesa está praticamente pronta nas páginas da Operação Apocalipse.
Ao mesmo tempo, alguns narcomilicianos estão tentando convencer o pessoal da imprensa de que eu teria motivação pessoal para atacar Hermínio Coelho. Tarefa inútil. Primeiro porque é absolutamente dispensável alguma dosagem, ainda que mínima, de sentimento pessoal contra o nobre parlamentar: o que a Polícia já reuniu contra ele é mais do que suficiente para infernizar sua vida. Não é necessário acrescentar paixão aos fatos sobejamente conhecidos. Depois, porque minha vida é escancarada. Quem gosta, gosta e pronto, não vai cair nessa conversa. Quem não gosta, dispensa a incorporação de informações subsidiárias.
Até porque qualquer novidade a meu respeito seria imediatamente publicada. Como aconteceu com uma sentença judicial que algum idiota colocou no ar depois de ler apenas a denúncia. Só mais tarde é que foi informado que, naquele caso - uma ação civil pública - eu havia sido inocentado em primeiro grau e, depois, com o recurso ao Tribunal de Justiça, fui inocentado outra vez. Quando finalmente percebeu isso, o infeliz tirou a matéria do ar. Acontece. Esse tipo de retaliação não funciona com o blogueiro. O ex-governador Osvaldo Piana bem que tentou. Ele mandou um jornalista investigar minha vida para produzir um dossiê contra mim em Juiz de Fora e ficou decepcionado. Cara começou o trabalho na UFJF. Quase todos os professores tinham sido meus repórteres. Um fiasco. Não sei hoje, depois de tantos anos, mas à época eu gozava de muito bom conceito por lá.
Não é, a propósito, o que tem acontecido por aqui. Especialmente a partir do momento em que a Polícia desencadeou as ações da Operação Apocalipse, este blogueiro tem merecido diversas manifestações de insatisfação, algumas furiosas, outras nem tanto, mas todas divertidas. Tenho rotineiramente reproduzido – e respondido - a todas. Afinal, se alguém protesta é porque leu. E o leitor merece respeito. Ainda que seu recado seja de difícil entendimento, como é o caso do comentário postado ontem por Antônio Marcos, que reproduzo exatamente como chegou, vale o esforço. Vamos a ele:
“É por pessoas como esse Carlos Henrique que a cada dia a imprensa fica desacreditada, fazendo um sensacionalismo em cima do Presidente da ALE, quando ve assim, esse jornalista deve ser um coitada que não conseguiu nenhuma boquinha na ALE e fica ai achacando pessoas, com informações inverídicas, tentando se passar de bom moço e infernizando a vida do presidente da ALE, como se fosse crime fazer visitas ou se encontrar com amigos, alias esse jornalista deve ser um cara mau amado (sic), desprezado que através de achacamentos tenta conseguir subir na vida. Pense nisso e para de denegrir a imagem da imprensa rondoniense”. Respondo por partes:
1 – O descrédito imputado pelo leitor à imprensa realmente acontece, mas não é de hoje e tenho certeza de não ter colaborado minimamente nesse sentido. Isso já fazia parte do cotidiano rondoniense quando aqui cheguei, em 1984. A situação foi especialmente agravada a partir do estabelecimento da mídia eletrônica, que literalmente polarizou o que há de pior no setor.
2 - Não faço qualquer “sensacionalismo” no que publico a respeito do ilustre presidente da Assembleia. Imagino que você tenha empregado o termo no sentido da publicação de assuntos sensacionais e inverídicos, cuja repercussão tende a fomentar escândalos ou chocar uma sociedade. Tudo o que foi publicado aqui sobre o nobre parlamentar está no inquérito policial.
3 – Não busco qualquer “boquinha” na Assembleia. Da mesma forma, nada me foi oferecido. Consta que a ideia foi ventilada na composição da defesa de Hermínio, mas alguém considerou que sou um profissional muito caro para o tamanho de meu blog e os recursos foram destinados a outras áreas, eu diria mais “afins”.
4 – Nunca tentei passar por “bom moço”: não convenceria a ninguém. Quanto a “infernizar a vida” de Hermínio, quem faz isso é a Polícia. Realmente, não há crime algum em visitar pessoas ou reunir amigos. Basta não estar sendo investigado por uma série de crimes já inclusive comprovados.
5 – Quanto a esse negócio de mal amado, não sei qual o critério que você usa para dimensionar isso, mas não é a primeira pessoa que o diz. Uma ex-amiga, que agora morre de amores por alguém de estatura bastante reduzida, já chamou minha atenção para o que imagino deva ser um problema grave. Estou pensando em reunir mulher e filhos para reclamar e discutir a relação.
6 – Sobre achacamentos, isso não se aplica a mim. Lembro até que fui deixado de fora de uma reunião de colunistas para articular uma estratégia destinada a, digamos, “arrecadar fundos” em meio à classe política. Até Paulo Queiroz foi chamado a participar. Mas declinou da honra e pulou fora. Ficou estabelecido que todos iriam atacar o então presidente da Assembleia, deputado Natanael Silva, enquanto um integrante do grupo ficaria de fora e seria o responsável por “negociar” um acordo. Não deu certo. O escolhido, justamente aquele que foi a Juiz de Fora levantar a vida do blogueiro, procurou Natanael e denunciou a trama para ficar com todo o tal apoio financeiro. Não conseguiu. Natanael já sabia de tudo. É claro que alguém chegou na frente. Não existe, decididamente, honra entre bandidos.
TADIM DO LUIZIM
Não quero sacanear o deputado Luizinho Goebel, mas ele provoca. Mentiu, por exempo, quando disse na Tribuna da ALE que não conhece o Blog do CHA nem o jornalista “doidão” que o produz. Conhece sim e sempre me puxou um saco danado. O que ele não disse, em sua indignada tentativa de negar o que a polícia comprovou, é qual será realmente sua posição. Ele declarou ser “muito clara” mas não esclareceu qual é. Nem explicou o dinheiro que recebeu da Orcrim para sua campanha a prefeito. E continuo afirmando que "doidona" é aquela respeitável senhora.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)