“Quero render os meus cumprimentos pelo texto e com uma narrativa correta da real situação do impasse criando entre a Prefeitura de Porto Velho e o DNIT, mas quem se lasca é a população, visto que há os recursos em conta na ordem de 60 milhões. Vamos manter a atenção nessa questão”. O comentário é do meu amigo Zé Fernandes Barros que acompanha, lá de Brasília, os azares dessa nossa sofrida capital.
Posso adiantar, em atenção à recomendação de meu amigo, que nosso prefeito pode, teimosamente, recorrer ao apoio político da bancada federal rondoniense para conseguir junto ao DNIT a manutenção do convênio para a conclusão das obras dos viadutos. E ele não está sozinho nessa burrrice: seus assessores, talvez igualmente incapazes de um raciocínio lógico, ou quem sabe por puxa-saquismo, induzem o prefeito a continuar procurando alongar ao máximo o sofrimento da população, talvez como uma espécie de punição por ter sido afastado da vida parlamentar.
O certo é que terminou no dia 13 deste mês o prazo concedido pelo general Fraxe, diretor geral do DNIT para a Prefeitura apresentar respostas convincentes para uma série de problemas identificados pelos técnicos em relação ao projeto. Entre eles a prestação de contas e o levantamento do remanescente da obra. O documento apresentado pela equipe de Mauro Nazif ainda está sendo analisado, mas os resultados, pode-se antecipar, não são, felizmente, lá muito promissores para os objetivos do prefeito.
O relatório deverá estar concluído esta semana, para ser submetido à consideração da Diretoria Colegiada do DNIT, que ficará encarregada de dar a palavra final sobre a renovação do convênio. O mais provável, na opinião de consultores ligados ao Instituto de Desenvolvimento da Amazônia – INDAM – é que a obra seja concluída pelo DNIT, para desalento do prefeito, que já não teria mais o apoio dos vereadores e do coordenador da bancada federal, deputado Nilton Capixaba.
Os técnicos do INDAM vão mais além: já está sendo gestada, no âmbito da Superintendência Regional do DNIT, em Porto Velho, uma ação emergencial para solucionar definitivamente o problema da Rua da Beira, obra que não poderá ser realizada pelo Governo do Estado via DER, como esperavam alguns empresários da região. Isso equivale dizer que, por aqui, já se trabalha com a retirada da Prefeitura. Resta torcer
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)