Sexta-feira, 26 de outubro de 2012 - 12h54
A palavra é esquisita mas, já que Supremo gostou, resta aos mortais adotá-la para não deixar passar a moda
Ao mesmo tempo em que transforma Joaquim Barbosa em uma versão tupiniquim do Batman, com sua imensa capa preta, o anedotário nacional identifica no ministro Ricardo Lewandowski a personificação do mal, em função de suas, no mínimo estranhas, manifestações em clara defesa dos réus do mensalão. Uma escancarada ambiguidade, que condena os menos poderosos, mas inocenta com veemência o chefe da quadrilha, Zé Dirceu.
Sua atitude, porém, não deveria surpreender o público rondoniense, pelo menos aquela fatia reduzida de boa memória. Uma tira que circula na internet apresenta o ministro conversando com Barbosa sobre ter encontrado seu motorista completamente nu no armário do quarto, explicando que o demitiu na mesma hora, mas inocentou a mulher por falta de provas.
Foi mais ou menos o que aconteceu por ocasião do julgamento do recurso de Ivo Cassol ao TSE contra sua cassação pelo TRE rondoniense. Ele foi condenado pela mais clara, descarada, estapafúrdia, estúpida e burra compra de votos “jamais vista na história deste país”, termo imortalizado pelo verdadeiro chefe da quadrilha do mensalão, Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi na campanha pela reeleição de Cassol em 2006. Foram depositados R$ 100, na conta de cada um dos 800 funcionários da empresa de segurança privada pertencente ao candidato a senador Expedito Júnior, da mesma chapa de Ivo. Condenados pelo TER com a perda do mandato, ambos recorreram ao TSE.
Ali aconteceu a manifestação da dosimetria descalibrada de Lewandowski. Para comprovar que a arte realmente imita a vida, sua excelência manteve a condenação de expedito Júnior (o motorista nu), mas desempatou a votação em favor do recurso de Ivo Cassol (a esposa inocente). Embora senador, Expedito Júnior não tinha bala na agulha para defender sua inocência com a mesma veemência (?) e acabou perdendo o mandato.
Ivo Cassol está para ser julgado por outro processo de abuso do poder econômico e político em sua eleição para o Senado, quando contratou o pastor, bispo, apóstolo ou seja lá o que diabo for, Valdomiro Santiago para um verdadeiro showmício, que reuniu milhares de pessoas em Rolim de Moura e foi transmitido pela tevê do próprio Valdomiro e pelas várias de emissoras de rádio do ex-governador. A coisa foi tão escancarada que uma gravação do showmício foi inserida no programa eleitoral de Cassol.
Uma coisa é certa: se levado a julgamento, o que se espera deva ocorrer nos próximos dias, Cassol será condenado e punido com a perda do mandato e oito anos de inelegibilidade. É certo também que o caso vai para o TSE, onde Lewandowski não tem mais assento. Mas é lá que a coisa vai pegar. Se afastado, Cassol abre espaço no Senado para a petista Fátima Cleide. O senador certamente vai jogar todas as fichas (e não são poucas) para permanecer no cargo. Mas Fátima é do PT e muito importante para a bancada e o próprio governo Dilma.
Fonte: Carlos Henrique
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