Ao receber Joesley Batista, personagem heróico no remake do folhetim "O rei do gado", que a Globo sonha em exibir em novo horário, na sessão do "Já vai tarde" - com participação especial de Rodrigo Janot, Edson Fachim e Carmem Lúcia, figuração do Congresso e de todo o PT - o presidente Michel Temer incorporou a idiotia à liturgia do cargo.
E Rodrigo Maia, ávido por credenciar-se à titularidade da presidência e levado no bico pela Globo, que certamente lhe terá prometido apoio à reeleição em troca de alguns "pequenos favores", já demonstra possuir virtudes capazes de qualificá-lo como um idiota completo. Não é que o infeliz pimpolho publicou no Twitter, logo após a vitória da reforma trabalhista no Senado, que “A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa”?
Será que ele não sabe que medida provisória independe de reconhecimento da Câmara? Os deputados podem, em votação no Plenário, aprovar ou rejeitar a MP. Mas desconhecer, somente o imbecil. Pode ser, claro, que ele está convencido de que imbecis somos todos nós.
Para quem não sabe, Idiotia é, para a psiquiatria, o grau mais elevado da tríade oligofrênica, e os indivíduos portadores possuem o menor grau de desenvolvimento intelectual. A palavra idiota, do do grego idiótes, referenciava-se originalmente apenas ao homem privado em oposição ao homem de estado. Está lá, na Wikipédia.
Julian de Ajuriaguerra definiu a idiotia como uma forma grave de dano cerebral que deixa o indivíduo com comportamentos equivalentes ao de uma criança com dois anos (idade mental), situando-se na escala de QI com valores iguais ou inferiores a 20. Ele foi além, ao comparar o sistema nervoso do idiota completo, em situação de inferioridade ao muitos animais, tais como répteis, com quem podem ser comparados em relação ao volume ou relação massa cerebral/massa corporal e complexidade do sistema nervoso.
Como se pode observar, o termo ajusta-se à perfeição às atitudes de ambas as figuras nesta crise. Por isso a Globo se sente capaz de lhes passar "no beiço".
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)