Todo o esforço desenvolvido em Brasília pelo governador Confúcio Moura para que o estado não perca mais de R$ 170 milhões anuais em arrecadação com o combustível consumido pela usina termelétrica da Termonorte pode resultar em nada. Estão paralisados os trabalhos do linhão que ligaria Porto Velho a Jauru/MT, obra contratada em licitação vencida pelo consórcio Abengoa/Eletronorte.
Problemas de relacionamento (leia-se $$$) entre as duas poderosas empresas, estão inviabilizando a execução do trabalho. Uma das empresas para as quais o consórcio terceirizou o contrato, a SG Engenharia, que iria construir um lote de 120 quilômetros a partir de Porto Velho, já está promovendo demissões e remanejamento de pessoal em seu canteiro de Candeias do Jamari, por absoluta falta do que fazer.
O problema é que sem o linhão, não há como vender a energia produzida pela Termonorte, o mesmo ocorrendo em relação a todas as PCHs instaladas no estado. A energia produzida pelas hidrelétricas do Madeira, que vem da chamada linha “back to back” de Araraquara, é mais que suficiente para abastecer a toda a região.
E, cá entre nós: depois da politicagem de Dilma com o setor elétrico, o governo federal pouco poderá influir para a manutenção de um sistema extremamente caro como o da Termonorte. As usinas térmicas são fundamentais para suprir a geração nesse momento em que o risco de um apagão nacional existe de fato. Mas sem poder usar a energia aqui produzida, porque comprar?
E mais:
1 – CONTA OUTRA – Apesar de inimigo declarado do ex-prefeito Roberto Sobrinho, a quem pretende exonerar do cargo de servidor estatutário em um dos vários processos que mandou instaurar, a demissão do cargo comissionado anunciada ontem não pode ser creditada à desavença entre os dois. Sobrinho apenas encabeçou uma lista bem maior, que vai atingir todos os gabinetes e comissões.
2 – CAMPANHA - Hermínio Coelho também errou ao atacar o secretário de Defesa e Cidadania, Marcelo Bessa, acusando-o de visitar os deputados em busca de emendas para reformar delegacias. Bessa pode até ter usado o argumento para justificar sua presença nos gabinetes. Mas estava, na verdade, pedindo votos para a ambicionada vaga no TCE. Coisa que, nas palavras de um deputado, ele “pode esquecer”.
3 – PORTA-VOZ – É merecedora de admiração a autoestima do presidente da Assembleia, que não perde a oportunidade de se anunciar candidato, claro que dele mesmo, ao governo do estado em 2014. Ele agora anuncia, na coluna de Alan Alex, uma conspiração que “está sendo arquitetada contra ele envolvendo algumas figuras conhecidas”. O infeliz está produzindo factoides em série para ocupar espaço no noticiário. Daqui a pouco vira caso de internação.
4 – REPETIÇÃO – O que o presidente da Assembleia pretende é usar novamente a estratégia é atacar na sexta para não permitir reação das vítimas de suas acusações a não ser na segunda-feira. Isso já foi tentado antes, quando fez acusações forjadas contra o governador. Não deu certo porque Confúcio desarmou a iniciativa, ao desmascará-lo no sábado. Resta ver agora se sua bomba não se transforma em outro traque.
5 – INVESTIGAÇÃO 1 - O desaparecimento de equipamentos no almoxarifado da Seduc, denunciado por Rodrigo Barros William. reúne todos os ingredientes para um bom escândalo. Simplesmente “sumiram” 11 aparelhos de televisão de 55 polegadas, 88 de 40 polegadas, 101 de 40 polegadas, com tecnologia Led; 46 notebooks Positivo e seus acessórios, todos na caixa; além de três centrais de ar de 36 mil BTUS (Vídeo AQUI).
6 – INVESTIGAÇÃO 2 – O caso sugere apenas duas linhas de raciocínio, caso o material estivesse realmente no almoxarifado, e ambas apontam para o compadrio de dente “de dentro”. Se os aparelhos “desapareceram” de uma só vez, então seria necessária a utilização de um caminhão, cuja saída seria obrigatoriamente notada pelos seguranças, sob pena de ser deles próprios a autoria. Se "sumiram” aos poucos, na carroceria de uma camionete, por exemplo, o roubo demandaria muito maior tempo, situação na qual o próprio denunciante estaria implicado, quando nada por omissão.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)