Quinta-feira, 27 de dezembro de 2012 - 08h11
Recebi e-mail de meu amigo David Nogueira, que apresenta e submete a um “debate fraternal” o texto publicado em seu site com o mesmo título aí de cima. Quero, de pronto, agradecer pela gentileza do convite e cumprimenta-lo pela qualidade do texto e, ainda mais, de sair em defesa daquilo em que parece realmente acreditar.
“Olha aí, Seu Zé!!” parte do primeiro mandato de Lula, quando “o então barbudo disse que o Brasil parecia um grande transatlântico em alto mar. O problema da nossa embarcação era o de andar a deriva em mar pouco afável. Seria necessário mudar o rumo desse navio e coloca-lo em uma nova direção. Um caminho bem diferente e capaz de criar outra realidade para os seus felizes tripulantes e sofridos passageiros”.
Meu amigo mostra números para indicar a redução da taxa de analfabetismo, da queda no desemprego e recorre ao “coeficiente de Gini” para demonstrar a trajetória de queda nos índices de concentração de renda. E assegura que graças a essas ações de governo, “mais de 36 milhões de brasileiros avançaram na pirâmide social e tornaram o Brasil um país melhor, mais justo e solidário”.
Costa Concórdia – O problema, caríssimo David, é que o timoneiro recorreu aos ratos do navio para auxiliá-lo na manobra. E deu no que deu: a sucessão de escândalos conduziu o navio para perigosamente perto da situação vivida pelo comandante Francesco Schettino, cujo navio, o Costa Concórdia, foi a pique depois de bater em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio.
E assim como Schettino, o timoneiro pulou fora do barco e ainda se diz apunhalado pelas costas. A cada denúncia, que primeiro classifica como mentirosas, ele abandona os ratos apanhados em plena degustação dos queijos surrupiados ao erário, dizendo que não sabia de nada, que foi traído. E vai levando as coisas nessa toada, na confiança de que sempre haverá gente de boa fé para defendê-lo.
Ele ainda não disse, mas os indicativos apontam para a adoção da mesma estratégia em relação à quadrilha do mensalão, comandada por dois Zés (Dirceu e Genoíno), e ao escândalo da amante, Rosemary Noronha. Ele poderá dizer até mesmo que foi traído pelo filho, Lulinha, quando for finalmente investigado seu enriquecimento meteórico. Outro traidor será o Sobrinho, Roberto, na Prefeitura de Porto Velho, embora Zé Dirceu tenha colhido aqui sua parte, nas obras inacabadas da Vieira Cahulla. Graças ao Zé foi possível a delegação das obras dos viadutos à Prefeitura.
E viva 2013!!! – Pois é, caro David. Aprecio seu otimismo, embora lamente não poder compartilhar. Você diz achar que vai gostar muito desse novo ano e sinceramente espero que seja bom para todos, até para o governo Dilma, pois se o navio afundar todos nós estaremos lascados. Você pergunta se esse caminho interessa ao povo e adverte que “quem não souber responder a essa pergunta, não compreenderá o tamanho da transformação que está em curso em nossas terras tupiniquins!!...”
Acredito que a resposta possa ser bem ilustrada com uma piada que corre na internet:
No pátio da penitenciária no interior de Minas, a diretora pega um
megafone e anuncia: "Tenção cambadivagabundu, chega di moleza! Quero ocêis tudo ca vassôra na mão limpandesse chiquêro coceis mora. Quero tudo limpim, causqui manhã vamo recebê a presidenta Dirma e o ex-presidente Lula!"
Um preso comenta com o colega ao lado:
– TÉQUINFIM PRENDÊRO OS DOIS ! ! !
Você, leitor, já ouviu falar do “Efeito Dunning-Kruger”? Trata-se do princípio definido em 1999, a partir do estudos de dois psicólogos americanos,
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