Minha amiga Ivonete Gomes acha que andei comendo jiló, pois, eu sua opinião, tenho estado muito amargo. Não é nada disso. Não gosto da fruta, nem mesmo aquela da piada, embora digam que ela combate o mau hálito, protege o coração e ajuda a emagrecer.
Poucas coisas prejudicam meu natural bom humor. Dentre elas, a principal é a burrice que, como já disse aqui, não consigo suportar. Mas o noticiário dos últimos dias tem sido generoso nessa área. Deve haver algum “gênio” à solta por aí.
Dia desses alguém teve a brilhante ideia de “convidar” o governador para a posse do ex-prefeito Luiz Gomes no cargo de secretário executivo da Emater-RO. Será que ele também foi convidado para a posse, hoje, do ex-prefeito de Porto Velho, Emerson Castro?
DEVE ter sido da mesma e genial lavra a ideia de divulgar que Emerson assume o cargo por indicação do diretor do DER, Lúcio Mosquini. Querem “queimar” o cara. Um comentário desses só pode ser coisa de inimigo. Alguém interessado em transformá-lo em alvo preferencial da oposição.
Ontem mesmo ouvi de um deputado que o governo do estado duplicou os gastos com combustíveis no ano passado, em comparação ao ano anterior. Alguém já me havia confidenciado, pedindo para não nominar a fonte, que é voz corrente no interior o desvio de máquinas do DER para serviços particulares, bem como o desvio de combustíveis. Claro que tudo não deve passar de coisa plantada pela oposição. Mas, pelo sim, pelo não, é bom investigar.
A VERDADE é que Mosquini já é chamado de supersecretário. É um verdadeiro trator para trabalhar e vai espalhando sua competência e dinâmica com obras de reconhecida qualidade por todo o estado, o que naturalmente incomoda àqueles que torcem pelo fracasso do governo Confúcio. Afinal, Mosquini é é apresentado como candidatíssimo a uma vaga na Câmara Federal. Isso o coloca como adversário de todos os que já estão lá, além dos que sonham em conquistar uma vaga.
Tudo o que ele não precisa é ser apontado como responsável pelas nomeações ou demissões no primeiro escalão do governo, pois acaba transformado em alvo preferencial daqueles que temem enfrenta-lo numa disputa eleitoral. Mesmo dentro do governo essa história cria um clima não exatamente fraternal entre seus pares.
E MAIS:
1 – MALFEITOS – Muita gente não consegue entender que tipo de força une os petistas na negação do óbvio: o banditismo corrói até as entranhas do partido. O problema é que uma parte dos “cumpanhêro” definitivamente não acredita que isso aconteça, e joga a culpa na imprensa, que expõe a sujeira da petralhada, e no Judiciário, que a condena. O resto acredita, mas acha que dá para conviver com isso.
2 – LIDERANÇA – Especialistas atribuem essa homogeneidade de pensamento à própria necessidade de sobrevivência. A imagem de Lula tem que ser preservada a qualquer custo, pois que sem ela o PT simplesmente deixa de existir. Não existe outro nome nacional. Dilma Roussef é Dilma Roussef, não PT (ou PDT como já acreditam – ou sonham - alguns). A solução, então, é agarrar-se ao santo, cantar o hino e tocar a procissão. Ou a caravana.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)