O desprezo pelas necessidades do povaréu, típico dos movimentos grevistas no vale-tudo para obrigar o governo a atender suas reivindicações, provoca indignação maior quando o caso envolve a saúde pública.
Os jornais noticiam que o governo está mobilizando policiais bombeiros e militares para a execução de tarefas como transferir os pacientes das macas para os leitos dos hospitais – que agora existem – já que os grevistas se negam a fazê-lo.
Um jornalista ouviu um paciente, que perguntou revoltado: - Será que eles fariam isso se fosse com a mãe deles?
A resposta é simples: não fariam. Porque não iriam precisar. Nenhum servidor necessita da saúde pública. Todos têm planos de saúde pagos pelo próprio governo contra o qual fazem greve.
Sem entrar em discussões de mérito, se a greve é ou não justificável, não se concebe alguém desprezar o sentimento humanitário para manifestar sua insatisfação.
É preciso identificar e abrir processo administrativo para a demissão de cada um desses servidores. Não são merecedores da piedade, compreensão ou solidariedade que negam aos doentes.
Lição de administração
“O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas públicas devem ser reduzidas. A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública”.
O texto aí de cima não é da lavra deste copista. Ela circula pela internet e integra uma das muitas coletâneas de pensamentos de um sujeito geralmente tido à mais alta conta pelas cabeças mais arejadas dessa terra. Marcus Tullius Cícero, falecido a sete de Dezembro de 43 a.C., foi um filósofo, orador, escritor, advogado e político romano.
Cícero é considerado uma das mentes mais versáteis e esclarecidas da Roma antiga.
E, pelo que se vê no noticiário, de hoje também.
Fonte: Blog do CHA
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)