Quarta-feira, 17 de outubro de 2012 - 13h37
Para quem amargou uma nada honrosa 5º colocação nas eleições em Porto Velho, o PT está falando grosso e esbanjando arrogância com sua “maior bancada eleita para a Câmara dos Vereadores”. A risível nota oficial do partido, divulgada ontem pelo dirigente petista Edson Silveira para repudiar as declarações do candidato Lindomar Garçom, tenta mostrar que o candidato, vencedor do primeiro turno, poderá perder os “milhares de eleitores” que o PT efetivamente não obteve ao desdenhar o apoio do partido.
Da mesma forma os sindicatos filiados à CUT e ao PT declararam seu apoio a Nazif, respeitado no meio sindical pelo trabalho parlamentar em defesa das categorias em greve. Ao que parece, todos querem que ele permaneça onde está, já que o mesmo apoio foi destinado a Fátima Cleide, cujo time escapou por pouco do rebaixamento para a segunda divisão nestas eleições.
Seria de esperar que, com o verdadeiro fiasco eleitoral registrado pelo partido em Porto Velho, seus dirigentes caíssem na real e se postassem com um mínimo de humildade. Mas isso seria esperar muito do PT. Garçom realmente disse que não quer o apoio da cúpula do PT, pois isso significaria o continuísmo de uma administração fracassada. Mas deixou claro que aceita, com humildade, os poucos votos que o partido obteve. Tanto que o vereador mais votado da coligação de Fátima Cleide, Edwilson Negreiros, pertence ao PR e está fechado com Garçom.
E mais: no momento em que esculhambou Lindomar Garçom e deixou implícita sua opção preferencial por Mauro Nazif, o comando petista não deverá ter deixado o candidato do PSB nada satisfeito com a manifestação. Ele quer, sim, o apoio petista, desde que ninguém fique sabendo.
Eis a nota, reproduzida exatamente como a recebi, com todos os ataques a Garçom e ao vernáculo:
Candidato a prefeito rejeita suposto apoio que não teve e nem jamais teria
O Partido dos Trabalhadores (PT), em respeito aos seus filiados, simpatizantes e à sociedade em geral, vem a público repudiar as declarações do candidato Lindomar Garçon que afirmou que “rejeita o apoio do PT”. Ao mesmo tempo, apresentamos alguns esclarecimentos sobre os motivos que nos impedem de apoiar tal candidato, seja agora ou no futuro:
1) O referido candidato jamais foi procurado por dirigentes do Partido dos Trabalhadores, no primeiro e nem no segundo turno, para qualquer aliança; pois tal possibilidade foi sequer cogitada;
2) As alianças política desse candidato, desde o primeiro turno dá-se, principalmente, com legendas mais conservadoras do espectro político brasileiro, que normalmente se posicionam contra os interesses dos trabalhadores e as medidas que representam avançam sociais;
3) A experiência administrativa e política do candidato pode ser considerada insuficiente, pois foi prefeito de um município pequeno, que conta com recursos garantidos da Usina de Samuel e mesmo assim não implantou nenhuma política inovadora na área social ou administrativa. Quanto a atuação parlamentar, ficou mais conhecido pela tentativa risível de mandar recursos de emenda parlamentar para um município no Estado de Minas Gerais;
4) Ele não reúne condições pessoais e políticas para buscar parcerias e recursos junto ao Governo Federal da Presidenta Dilma, que é do PT que ele diz rejeitar;
5) As declarações destemperadas, inoportunas e despropositadas de Lindomar Garçon representam uma agressão gratuita ao PT, aos seus filiados, aos simpatizantes e aos milhares de eleitores que votaram no Partido em 2012 e elegeram a maior bancada de vereadores entre todos os partidos;
6) O despreparo desse candidato se revela nas referidas declarações, pois ele não leva em consideração duas questões importantes: primeiro, se ele chegasse a ser eleito precisaria de apoio na Câmara dos Vereadores; entretanto, ele já se indispõe com a maior bancada; segundo, Porto Velho depende de novos e maiores recursos do Governo Federal, que também é do PT que ele rejeita.
Diante do exposto o PT deixa claro aos seus filiados, simpatizantes e à sociedade em geral que jamais existiu, existe ou existirá qualquer possibilidade de apoio ao candidato Garçon; portanto, ele não pode se dar ao luxo de rejeitar o que não tem e nem lhe será oferecido.
Você, leitor, já ouviu falar do “Efeito Dunning-Kruger”? Trata-se do princípio definido em 1999, a partir do estudos de dois psicólogos americanos,
DNIT não cancela ponte Brasil-Bolívia
“Suspender é diferente de cancelar”, esclarece importante autoridade ligada ao gabinete do senador Confúcio Moura. É o que também deixam claro os di
Prejudicado no MDB, Roberto Alves concorre em Cacoal pelo Avante
"A democracia é a pior forma de governo" - teria ironizado o então primeiro ministro inglês, Winnston Churchill, para acrescentar: - "Exceto por t
Rachadão do Pix: o vôo de Ícaro de Lira
O parlamento brasileiro deveria agradecer ao ministro Flávio Dino, antes de condená-lo pelo bloqueio das “emendas Pix”. A quem, afinal, esperam conv