É absolutamente procedente a manifestação dos moradores de Jaru, que exigem providências governamentais para solucionar o problema das perigosíssimas curvas da BR-364 na região. São duas curvas que parecem disputar entre si para ver qual delas produz mais acidentes e mortes. Pior é que solução existe. O projeto de recuperação da BR-364 naquele trecho contempla a correção geométrica de ambas as curvas. Pior ainda: o projeto foi realizado e inserido no PAC quando Miguel de Souza ainda era diretor do DPP/DNIT. Pois bem. Os recursos para a obra – R$ 80 milhões para aquele trecho – já foram liberados, a licitação foi realizada e a empresa vencedora foi a Construtora Castilho, que muito pouco pode fazer, pois que não vai receber.
Então, o que diabos está pegando? Acontece que houve uma questão judicial que retardou a licitação em mais de um ano. Agora, com tudo certo, com a ordem de serviço emitida, com a empreiteira instalada no canteiro de obras, vem o problema da greve dos servidores do DNIT. A presidAnta Dilma vem tratando os servidores como crianças. Ela e seus acólitos (só para explorar mais um pouco a visita do Papa) se esquecem de que estão ali apenas de passagem - que espero seja muito breve - mas os servidores são permanentes. São profissionais capacitados e orgulhosos por integrar talvez a mais importante autarquia desse país anárquico. Quando o governo federal faz esta verdadeira molecagem com eles, está ofendendo também a este blogueiro, a você que lê e a cada família que perdeu ali seus entes queridos e a cada um daqueles moradores de Jaru que participaram da manifestação. Filha de quem a abominável senhora presidAnta?
É mais que passada a hora do senador Valdir Raupp intervir na busca de negociação e solução para o fim da greve. Presidente do partido que possui a maior bancada do Senado, justamente com a qual o governo luta para reatar o bom relacionamento, Raupp reúne as credenciais necessárias para exigir em nome de Rondônia uma solução para o impasse. Da mesma forma o senador Acir Gurgacz pode pressionar seu colega senador Fernando Collor, que tem andado aos beijos com Dilma Rousseff – como gosta de mulher feia o sujeito – para resolver o problema.
O que não pode acontecer é o governador Confúcio Moura ser forçado a assumir cada obra abandonada pelo governo federal. Lúcio Mosquini é bastante capaz para solucionar rapidamente o problema naquele trecho da rodovia. Mas cada metro de asfalto ali colocado será desviado de outras áreas igualmente necessitadas e, estas sim, de responsabilidade do estado. Cada macaco, portanto, no seu galho. O Governador não tem que ir a Brasília oferecer soluções. Ele tem que exigir providências de quem, no próximo ano, certamente voltará aqui, na maior cara-de-pau, pedindo votos para a reeleição, sua ou de Lula.
PENSANDO BEM...
Cláudio Humberto deve andar lendo o Blog do CHA. Ele comentou sexta-feira que “de tanto retroceder em decisões ‘irrevogáveis’, o Brasil vai cair de costas no abismo”. Inspirado, contudo, nas lições de humildade dadas pelo Papa, este blogueiro admite ter plagiado por antecipação a aquele sim renomado colunista.
ALERTA GERAL
Em resposta aos vários desafios recebidos, alguns um tanto mal humorados, mas que não podem ser desconsiderados já que leitor não se despreza, informo que pretendo reproduzir – e comentar – cada um. Acontece que, embora seja praticamente ilimitado o espaço do Blog, não posso cansar o público tão arduamente conquistado. Nem mesmo eu, que leio, profissional e compulsivamente, tenho lá muita paciência com textos verborrágicos. Mas lembro que agosto mal começou. Os quadrilheiros de plantão devem economizar os fogos de artifício. Muita festa ainda pode rolar, como por exemplo, as apresentações na Flor de Maracujá.
DESABAFO
“A inocência não se envergonha de nada”, disse Hermínio Coelho, que parece ter embevecido a todos os servidores convocados para a "efeméride" de sua volta, que imaginou triunfal por ter citado Rousseau. Eu não estava lá e não posso dizer se citou. Nem se, em caso positivo, ele teria pronunciado “russô” ou “russeau”. Ele de fato não se envergonha por usar um pensamento tão fora do contexto quando a ênclise do pronome oblíquo “se” no “saúde-se” da piada. O que, de fato, os “pensadores” de Hermínio tentaram fazer foi construir um silogismo, se é que existe alguma lógica naquele ninho: “A Inocência não se envergonha de nada. Eu não me envergonho de nada. Logo, sou inocente”. É coisa para rolar de rir. De qualquer forma, ainda acredito que a Operação Apocalipse ainda vai ficar de bom tamanho para ele se, no final, não for obrigado a testemunhar pessoalmente a quadratura do círculo solar.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)