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Carlos Henrique

Rua da Beira: manifestação convence prefeito, que teima, mas teme


 Rua da Beira: manifestação convence prefeito, que teima, mas teme - Gente de Opinião 

Embalada pelo cenáriona cional, que representa clara advertência aos administradores públicos sobre a imperiosa necessidade de se ouvir a “voz rouca das ruas”, a manifestação promovida pelos empresários da Rua da Beira, em Porto Velho, atingiu seus objetivos. Se não é possível conseguir pelo diálogo alguma atitude sensata do nosso digníssimo prefeito, a alternativa foi assustá-lo. A ponto de fazê-lo declinar de sua obstinação teimosa e burra de assegurar para a Prefeitura a administração dos recursos remanescentes das obras dos viadutos. Como já foi dito aqui, tanto o governo do estado como o DNIT têm soluções para o problema. Só quem não os tem é o senhor Mauro Nazif “et caterva”, como já ficou exaustiva e sofridamente demonstrado para a população.
 
O recuo do prefeito, cujo irmão, Gilson Nazif, participou da reunião promovida pelo governo no DER e aceitou a intervenção estadual para solucionar o problema em poucos dias, pode resolver aquele problema específico. Mas quando as ruas se manifestam é alguma coisa parecida com CPI: sabe-se como começa mas é absolutamente imprevisível o final. Este blog modestamente já antecipou: Lúcio Mosquini pode e sabe como resolver a parada em poucos dias. A Superintendência Regional do DNIT também. Tanto que tem até um projeto emergencial para aquela área. Só o prefeito e sua assessoria meia sola imaginavam poder empurrar o caso com a barriga até conseguir colocar as mãos ávidas nos recursos de R$ 60 milhões que imaginam ter destinados às obras. Resta esperar, agora, para ver onde vai desaguar a manifestação popular em Porto Velho.
 
 
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 A reunião entre Confúcio, Mosquini e os empresários da Rua da Beira resultou em boa perspectiva para a solução do problema. Até Garçom saiu feliz por aparecer na foto sem ter nada a ver com o assunto
 
 
 
 
E MAIS:
 
1- Ainda não é para queimar os fogos de artifício. A queda de 8% na popularidade de Dilma Roussef, confirmada ontem pelo Ibope, não é nova: é a mesma registrada pelos demais institutos, muito embora tenha deixado dona Dilma de cabelos em pé, pois representam uma tendência com todos os ingredientes necessários à confirmação. O certo é que os índices em queda, a inflação em alta, as vaias ainda reverberando em seus ouvidos e as manifestações que pipocam por todo o país, a presidenta correu para São Pauloem busca da orientação de Lula. O problema foi conversas com ele debaixo da mesa onde está escondido.
 
2 Os efeitos das manifestações são imediatos.  Menos de seis horas após declarar que revogar o aumento da tarifa de ônibus poderia ser uma "decisão de caráter populista", o prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, se viu obrigado a recuar. Desgastado nas ruas e encurralado pelo próprio partido, Haddad colher sua primeira grande derrota política no comando da cidade. Segundo dirigentes do PT, Haddad sai do episódio desgastado com o eleitorado, com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, fiador de sua eleição. Só que o remédio amargo não acabou. Ainda tem prá muita gente.
 
3 Feliciano é hilário. O projeto chamado de “cura gay” pelo qual psicólogos podem propor tratamento para homossexualidade, embora aprovado pela  Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados não passa no plenário. Ele sabe disso. Mesmo assim caiu de pau em cima da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, ameaçando com uma rebelião evangélica caso o governo interfira para evitar que o protesto prospere na casa.
 
4 O problema é que este mal, se é que pode ser chamado assim (muitos afirmam ser um bem), não tem cura. Pode até ser novamente encapsulado (epa!) no armário. Mas cura não tem. Os opositores da “cura gay” dizem que não há cura pra quem não está doente. O que não admitem é serem obrigados ao tratamento. Posso garantir que o que temem é a humilhação, já que coragem certamente não lhes falta.
 
5O assunto me lembra um episódio ocorrido em Juiz de Fora. A bicha mais famosa do pedaço, conhecidíssima como “Tazinho” foi submetida a um tratamento com um medicamento poderoso adquirido a peso de ouro pelo pai, médico renomado,  na Alemanha. O remédio fez efeito. “Tazinho” começou a criar pelos e engrossar a voz. Dizia que seu nome era Carlos Eduardo e que “Tazinho” tinha morrido nas águas de Cabo Frio. Mas o remédio não fez mais efeito e o tratamento exigia doses cada vez maiores, colocando em risco a vida do paciente. E veio a recaída. “Tazinho” ficou mais viado do que era antes. Só que barbudo.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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