A visita da equipe da Secretaria de Portos e Hidrovias da Presidência da república para avaliar a situação do Porto Organizado de Porto Velho foi altamente positiva para o estado. A coordenadora da equipe, Sônia Mariano, não poupou elogios ao governo Confúcio Moura pela organização do porto. Resultado: foram liberados R$ 23 milhões para investimentos em ampliação e equipamentos. Desse total, R$ 4,9 milhões serão liberados imediatamente para o estado de Rondônia. Algo plenamente justificável, considerado o grande incremento das exportações pela hidrovia do Madeira nos últimos anos.
A informação é do diretor presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia, José Ribamar da Cruz Oliveira, que mostrou à equipe de Brasília todas as instalações portuárias e visitou também a área na qual o grupo Amaggi já está construindo o novo terminal graneleiro, na região conhecida como Porto Chuelo, que irá desviar da área urbana de Porto Velho a maioria das carretas pesadas utilizadas no transporte de grãos oriundos de Mato Grosso e sul de Rondônia.
Oliveira acompanhou a equipe em uma visita ao porto de Guajará-Mirim, que também vai integrar o sistema Soph, e deverá receber em 2014 investimentos da ordem de R$ 18 milhões para novas instalações e equipamentos. Ele esclareceu que a iniciativa partiu do senador Valdir Raupp e da deputada Marinha Raupp, em atendimento à reivindicação da Associação Comercial e lideranças de Guajará.
O presidente da Soph esclareceu que informações equivocadas criaram um clima negativo junto à Secretaria de Portos e Hidrovias da Presidência, onde o trabalho aqui realizado era visto com desconfiança. Daí a surpresa da equipe que visitou Rondônia, pois ficou demonstrado que a realidade é muito diferente, inclusive em decorrência de investimentos de mais de R$ 2 milhões realizados pelo estado com recursos próprios. Foram adquiridas ambulância, barcos, grua e pá-carregadeira para dinamizar o trabalho ali realizado.
Com os recursos agora liberados poderão ser ampliadas as condições de atendimento às empresas operadoras, com a construção de um armazém para algodão, silo, escritórios para utilização pelas empresas, rampas automáticas, empilhadeiras e todos os demais equipamentos necessários à operacionalização de cargas com maior rapidez e condições de conforto para os usuários.
Na avaliação de Sônia Mariano, todo esse trabalho poderá consolidar o porto organizado de Porto Velho, juntamente com o expressivo volume de cargas movimentado pela Hidrovia do Madeira, numa posição acima do porto de Paranaguá. Oliveira acrescenta que isso não é tarefa difícil de se concretizar. Basta que tenha continuidade o esforço que vem sendo desenvolvido por todos – operadoras, produtores e governo – para que a meta seja atingida e inclusive rapidamente superada, já que a demanda por serviços de qualidade não para de crescer, acompanhando o desenvolvimento do Estado.