Domingo, 25 de março de 2012 - 18h59
Então?
Quem sabe nós todos não conseguimos encontrar, com a força do raciocínio de todos, uma solução para questões de extrema gravidade, como o trânsito de Porto Velho, já caótico, mas que promete ser catastrófico após a inauguração dos prédios do CPA e da Assembléia na Explanada das Secretarias?
Porto Velho vai virar um só e imenso engarrafamento. O desabamento da BR-364 vai ser pinto perto disso.
A propósito
A culpa pelo desabamento da BR-364 é das usinas do Madeira. Explico: quando foi iniciado o projeto de duplicação, no final dos anos 90, aquela área em frente ao Tênis Clube era um pasto com vários pequenos igarapés, nem todos desaguando naquele que provocou o desastre. O velho bueiro foi reformado e dimensionado para o volume de águas da região.
As usinas criaram a demanda habitacional e a área foi aterrada e ocupada por milhares de casas, telhados, cimento e asfalto. Todas as águas, dos pequenos igarapés, agora aterrados, mais as águas e dejetos domésticos, mais as águas pluviais, sem pasto para infiltração no solo.
Tudo foi conduzido para aquele igarapé, resultando na erosão e na cratera.
Efeito manada
Meu amigo Sérgio Pires escreve sobre a necessidade de uma investigação sobre a péssima qualidade da obra de duplicação da rodovia.
Toda a nossa mídia e outros tantos diletantes têm seguido o mesmo raciocínio. Não tenho procuração para defender empreiteira, mas a obra foi licitada em 2001 e, claro, realizada sobre um projeto anterior, com algumas pequenas revisões no percurso.
Não é preciso bola de cristal para afirmar que o problema vai se repetir com freqüência cada vez maior em todas as regiões do estado, caso as Prefeituras continuem a desconsiderar os efeitos da ocupação desordenada de áreas urbanas .
Do contrário, todo o mundo corre o risco de ficar sem saber o que fazer, como foi o caso do general diretor geral do DNIT, que parece ter ouvido o corneteiro tocar mas não sabe onde fica o rancho.
Fonte: Blog do Cha, do Jornalista de Opinião Carlos Henrique Ângelo
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