A depender dos resultados da reunião programada para o dia 22 em Brasília, os sindicatos dos servidores públicos de Rondônia prometem realizar um verdadeiro “badernaço” no estado em protesto contra o governo federal, passando por nossa bancada em Brasília. Os servidores querem resultados, exigem que as decisões judiciais e políticas até agora conseguidas sejam efetivamente cumpridas pelo governo federal, que demonstra não ter o menor interesse em fazê-lo. Ao contrário, o que o governo pretende é empurrar com a barriga até quando possível e os sindicatos parecem já ter caído na real: mesmo recorrendo à justiça, o que implica retardar por anos o processo, eles não têm qualquer garantia de que o governo vá cumprir uma decisão favorável à incorporação dos servidores à folha da União.
O certo, acreditam os sindicalistas, pelo menos por enquanto, será a realização de uma grande campanha contra a reeleição de Dilma e de toda a nossa bancada federal. Nesse sentido, será conveniente a presidente reavaliar sua decisão de vir a Rondônia para a inauguração da ponte sobre o rio Madeira, a única obra do PAC concluída no estado. Se ela comparecer, sem que tenha sido solucionada a favor dos servidores a transposição, Dilma corre o risco de ser agredida por manifestações, que podem incorporar além de cartazes, faixas e até outdoors, vaias e palavras de ordem como as que foram ouvidas nos estádios durante a copa. Um sindicalista explica que embora considere uma baixaria, isso não está descartado: “parece que é somente dessa forma que a população consegue ser ouvida por uma presidente que sempre recorre à audição seletiva para ouvir somente o que quer” – disse.
E MAIS:
1 – A propósito da baixaria que mais uma vez compareceu em meio à torcida domingo, na final da copa, não se pode desconsiderar que o tiro pode sair pela culatra: ao invés de Dilma ir para aonde a mandavam, há o risco de continuarmos lá, todos nós. Não se deve esquecer que Dilma Rousseff é presidente de todos os brasileiros, muito embora ela e o PT não pensem assim. E, se não ela, pelo menos o cargo que ocupa deve ser respeitado.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)