Domingo, 9 de agosto de 2015 - 09h56
Num quadro crítico para a atual presidente Dilma Rousseff, com o dólar subindo, inflação galopante, partidos em debandada da base aliada do Palácio do Planalto, recursos da caderneta de poupança minguandos, falta de credibilidade do governo, queda de popularidade, previsões pessimistas para a economia, já se conspira para o afastamento da mandatária brasileira nos corredores do Congresso Nacional.
Com manifestações de rua programadas, levantes de funcionalismo público e insatisfação em todos os quadrantes do País, a presidente luta pela sobrevivência, enquanto paga pelos pecados do seu mentor, Luís Inácio Lula da Silva, o precursor dos escândalos do Mensalão, Petrolão, etc.
De um lado, o PMDB louco para tomar o poder, de outro o PSDB conclamando por novas eleições no País, e grupos diversos clamando pelo impeachment. O próprio PT se vê encurralado e convoca sua militância, para rebater o que consideram de tentativa de golpe das elites, para o ato Pró-Dilma dia 20. Temos um agosto repleto de turbulências.
Calor dos infernos!
As queimadas aumentaram este ano geometricamente, o calor está infernal e Rondônia respira um ar quente e poluído. Pior que no interior do estado, esta na capital, cujas temperaturas têm passado dos 38 graus, açoitando o lombo da população.
Quem lembra do ano passado, recorda de um quadro climático quase aprazível em Porto Velho. Choveu mais, tivemos menos desmatamentos e queimadas. Como consequência, as doenças respiratórias não foram tão intensas. Em 2015, as farmácias, prontos-socorros e hospitais infantis estão lotados com o agravamento da situação atmosférica, sem contar as infecções contraídas pelos idosos, também sensíveis à situação.
Desde que desembarquei em Porto Velho, há mais de três décadas, que ouço falar em campanhas de conscientização a respeito de queimadas urbanas, do hábito de se jogar entulhos nas ruas, etc. Muitas campanhas já foram feitas e nada adiantou, e a cada ano se vê mais gente queimando bagaceiras no quintal ou jogando sofás velhos, carcaças de geladeira nos igarapés. É preciso, portanto, uma legislação mais rigorosa contra os sujismundos e infratores.
Os clãs políticos
Os clãs políticos se voltam às eleições de 2016, já se organizando. Em algumas cidades com chances, noutras encontrando dificuldades para se firmar depois de tantas denúncias de corrupção ao longo dos últimos 30 anos.
Em Ariquemes, o clã Amorim se prepara para voltar ao pódio com o ex-senador Ernandes Amorim, ou com sua filha Daniela (PTB). O clã não terá vida fácil, com o atual prefeito Lorival, que vai à reeleição; e contra o favorito, o deputado Adelino Folador (DEM).
Em Jaru, os Muleta estudam um nome dentro da família para enfrentar a prefeita petista, Sônia Cordeiro, fragilizada por uma péssima gestão. Lá, será uma disputa onde a oposição deverá levar vantagem, já que os petistas estão em baixa.
Em Vilhena, como o atual prefeito Zé Rover não poderá disputar mais uma reeleição, o quadro fica favorável para o ex-prefeito, Melki Donadon, patrono de um clã tradicional no Cone Sul. Mas impedido pela Justiça, ele estuda entre a esposa ou o filho para a missão de retomar o Palácio Parecis.
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