Sábado, 5 de setembro de 2015 - 05h35
Não é possível entender o legado que o prefeito de Rolim de Moura, Luizão do Trento (PSDB) recebeu dos seus antecessores, que é uma dívida de R$ 18 milhões. A cidade já teve três governadores – Valdir Raupp, Ivo Cassol e João Cahula – conta com dois senadores e dois deputados federais e o que foi feito por estes representantes para salvar a capital da Zona da Mata do despenhadeiro?
Quando renunciou, o prefeito César Cassol caiu atirando para todos os lados e se queixando da falta de apoio dos representantes locais no Congresso. È a mesma reclamação dos seus antecessores. Luizão do Trento assumiu demitindo quase 300 servidores e agora foi obrigado a cortar um terço do próprio salário e 20 por cento dos comissionados para tentar pelo menos colocar o pagamento do funcionalismo em dia.
Na falta de apoio – o divisionismo político de lá é grande como o de Porto Velho – Luizão esta recorrendo ao presidente da Assembléia Legislativa Maurão de Carvalho e ao governador Confúcio para sair do atoleiro.
No ramo alimentício
A choradeira é generalizada em Porto Velho com o sumiço do dinheiro. Mas alguns ramos não se ressentem ainda por aqui da recessão e alta do dólar. È é o caso dos supermercados. Uma nova filial da Rede Gonçalves foi inaugurada, na avenida Jorge Teixeira com 7 de Setembro, uma outra unidade foi reformada e também reinaugurada na Avenida Guanabara, e a rede Centronorte já concluiu mais uma sede, que será aberta na populosa região do Conjunto Marechal Rondon e Grenvilles.
Afinal, todo mundo precisa comer e, além dos supermercados, os restaurantes mais tradicionais também não tiveram o movimento alterado como o Peréas (na região do centro administrativo), o Zizas (São Cristovão), ou o recém inaugurado Senhor das Costelas. No entanto, nos bairros periférico no entanto já temos queda de movimento.
Em outros estados já se observa queda de consumidores em supermercados e na busca de almoço nos restaurantes. Agravando-se a recessão – vamos torcer que não – a queda de consumo nestes segmentos poderá chegar aqui rapidamente.
A janela da mudança
A partir de agora, com a aprovação da reforma política, os deputados e senadores poderão trocar de partido sem serem punidos com a perda dos mandatos. A janela que permite a mudança vai acelerar o troca-troca de siglas já com vistas às eleições municipais deste ano e em Rondônia as acomodações partidárias já estão começando.
Mas não será apenas esta alteração nas regras eleitorais para os próximos pleitos. Temos várias delas – desde o financiamento de campanhas cujas doações foram impedidas para empresas, até a liberação da exigência do domicilio eleitoral. Até agora, o político com base eleitoral em Vilhena, por exemplo, só poderia disputar o pleito na sua cidade, agora, se quiser poderá participar da eleição de Porto Velho, Guajará ou Ji-Paraná.
Enfim, o que se vê foi é um afrouxamento da legislação eleitoral quanto ao instituto da fidelidade partidária. Para acelerar a farra de mudanças dos políticos é que foi criada a “janela”. Com isto, poderão surgir mais e mais legendas políticas. Já são 32 e o Rede de Sustentabilidade poderá ser o 33º, já que está obtendo seu registro do Superior Tribunal Eleitoral.
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