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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10


 
Pesquisas voando 

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoNeste estágio inicial de campanha, repleto de indefinições alguns candidatos ao governo de Rondônia colocaram seus institutos de pesquisa em campo para aferir em quantos anda suas posições no ranking regional. Poderiam poupar seu rico dinheirinho, já que nesta época do ano só decola mesmo o Rei Momo. 

Estratégias diferentes

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoVejo estratégias diferentes dos possíveis pré-candidatos rondonienses ao governo neste inicio de ano. O representante da base aliada João Cahulla (PPS), o petista Eduardo Valverde e o peemedebista Confúcio Moura desenvolvem blitz no estado para impulsionar seus nomes. Já, o tucano Expedito reduziu seu ritmo, aguardando definições sobre a cassação de Ivo e Cahulla. 

Catimbando o jogo

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoOs dois cardeais da BR, o ex-governador e atual prefeito de Ji-Paraná José Bianco (DEM) e o senador Acir Gurgacz (PDT) catimbam o jogo no vestiário, buscando a melhor hora de entrar em campo. Rosangela Cipriano (PSOL) e Melki Donadon (PHS) buscam composições, alianças etc. A coisa só deve esquentar mesmo depois do carnaval. 

Pode se esgoelar 

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoFontes petistas me disseram ontem à tarde: o senador Valdir Raupp e o PMDB podem se esguelar todos que o partido de Lula não vai mudar a configuração de candidaturas em Rondônia: Eduardo Valverde é o pré-candidato ao governo e Fátima Cleide ao Senado e fim de papo. E que vá voduzar os petistas lá na China! 

Efeito devastador

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoA intervenção do governador Ivo Cassol pró-Cauhlla na base aliada foi devastadora na campanha do senador cassado Expedito Júnior. Prefeitos, deputados e partidos da base de sustentação ao governo migram em revoada para a campanha do vice-governador. Ivo, como uma sucuri enorme, asfixia a postulação de Júnior, mas lhe dando sobrevida: aceita que ele seja seu candidato de escuderia ao Senado nas eleições de outubro. 

O Laço da sucuri

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoO laço final da sucuri foi dado em Expedito. É um estrangulamento com carinho? Nos bastidores Ivo encena negociação com Melki para dobradinha ao Senado. Trocado em miúdos: temos aí um recado para Júnior se decidir logo, senão nem dobradinha terá. Como é a política: há alguns meses atrás a posição era invertida. Expedito era uma sucuri gorda dando o laço em Ivo. Depois da cassação a coisa se inverteu. 

Precisa de reação

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoDo lado de Expedito, ele precisa reagir já e desatar as amarras. Uma saída para não esvaziar de vez sua corrida ao Palácio Presidente Vargas em Rondônia seria trazer com urgência o presidenciável José Serra para cá numa busca de revitalização de sua campanha perante as lideranças regionais ou, enfim, criar fatos novos. 

Vendendo o peixe

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoO ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon (PHS), o caudilho da soja, continua vendendo seu peixe para se transformar em candidato a vice governador de alguém. Ele persegue isso desesperadamente e negocia com todos credos políticos, do PT de Valverde, ao PSDB de Expedito, sem esquecer o PMDB de Confúcio e o PPS de João Cahulla. 

Apoio furado

Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de OpiniãoMelki é daqueles políticos que brilha sozinho e não consegue transferir votos em eleições majoritárias. Quem não lembra a “enterrada” que ele proporcionou ao favorito de 1998, o então governador Valdir Raupp? Mesmo assim ele consegue vender o seu peixe prometendo vitória no Cone Sul a quem firmar aliança com seu clã. Demora... 



Do Cotidiano

Os dependentes químicos


Eles chamam a si mesmos de “malucos”, mas talvez mais maluca seja a sociedade que os fabrica. Seja como for, eles se multiplicam, na paisagem urbana, e vão aumentando as estatísticas das internações hospitalares por conta de acidentes de trânsito e atos violentos. Ao mesmo tempo, vão ocupando no sistema prisional vagas que deveriam ser destinadas a prisioneiros cujos crimes não derivaram da dependência química. Aos dependentes químicos (DQs) deveria caber um tipo especial de detenção, com acompanhamento psiquiátrico.
Cadeia alguma vai recuperar um dependente químico apenas com a reclusão, mesmo porque as cadeias são antros enfumaçados, onde o cigarro comum – “careta”, como dizem – é considerado válido para “relaxar” o detento. Entretanto, o cigarro é apenas um mantenedor da dependência. Ao cabo de anos a fio de reclusão, logo nas primeiras horas o dependente vai novamente atrás do alívio ilusório que a droga traz aos DQs.
Não é por acaso que a droga introduziu uma das questões centrais do debate sobre a segurança pública no País: cabe às famílias cuidarem de seus dependentes químicos ou eles devem ser internados à força, antes que cometam crimes?
No Rio de Janeiro, um jovem viciado em crack matou uma amiga sob o efeito da droga. O pai do dependente declarou ser impossível tratar o filho, pois ele recusa ser internado. Nesse caso, não parece restar outra opção a não ser a chamada “internação involuntária”.
Polêmica, a proposta vai, no entanto, ganhando força, na medida em que o doente perde completamente o discernimento e não tem condições de saber o que é melhor para si, tornando-se perigoso tanto sob o efeito da droga quanto sem ela. “Bola” os mais diversos meios, legais ou ilegais, para conseguir dinheiro e se drogar, desde simular o próprio sequestro até extorquir dinheiro dos pais e amigos sob ameaças.
A internação involuntária se destina aos que não aceitam se afastar do vício. O tratamento é uma iniciativa tomada por membros da família do dependente químico ou de álcool com a intenção de conscientizá-lo sobre a desintoxicação. Muitos são contra, porque a decisão de internar um familiar à força pode ter motivações menores que ajudar o doente, envolvendo a apropriação de seus bens.
Porém, quando o dependente já não tem discernimento do que é melhor para ele nesse momento e perde o controle de sua própria vida, ou seja, não responde mais de forma responsável pela sua vida familiar, profissional e social, é necessário intervir, garantem os psicólogos. 


Via Direta


*** O hábito dos cara-pálidas rondonienses em fechar a BR-364 em ato de protesto chegou aos índios da região **Uma coluna sem papas na língua 03/02/10 - Gente de Opinião* Com a diferença que eles fazem à coisa de forma mais humana, até mais inteligente *** Carlinhos Camurça e Lindomar Garçon, que eram aliados de primeira hora Expedito já viraram cicerones de João Cahulla nos bairros de Porto Velho *** Em ritmo de revoada...

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br 
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