A estrela brilhou
A estrela do governador Ivo Cassol, aquela que segue o rolimorense desde quando ele era motorista de caminhão, carregando bananas para Manaus, pela BR-319, no final dos anos 70, mais uma vez brilhou com intensidade. Desta vez, com a absolvição pelo Tribunal Superior Eleitoral–TSE que já determinou o arquivamento do seu processo de cassação.
Situações difíceis
Ivo aparenta mais uma vez ser um cara imbatível. Nos momentos mais difíceis da sua trajetória, a estrela brilhou e ele salvou o couro. Quem não lembra do processo de impeachment? Raramente um governador consegue reverter uma situação como aquela. E o linchamento moral no Senado, numa cama de gato urdida pelos políticos rondonienses e acreanos?
Última esperança
A última esperança dos adversários, que era a cassação de Ivo, como forma de enfraquecimento político, acabou não ocorrendo e a absolvição deve ter reflexos positivos também na postulação do vice João Cahulla ao governo. Como ambos ficaram com a ficha limpa, devem ganhar um novo impulso. O clima que se viu ontem no Palácio Presidente Vargas era de festa na base aliada.
Reflexos nas eleições
Na verdade não eram apenas os adversários que torciam para a cassação da dupla Ivo/Cahulla. O ex-senador Expedito Junior era o principal interessado, já que com, Cahulla fora do páreo teria o caminho livre para ser o candidato da base aliada. Agora esta alternativa ficou mais difícil, pelo próprio fortalecimento do vice.
Epidemia de crak
O crak encontrou um campo fértil pra crescer em Porto Velho e tem se popularizado, atingindo a todas as classes sociais. Vai ser preciso uma atitude muito forte envolvendo todas as esferas de governo para enfrentar um problema sério e que tem refletido seriamente no aumento da criminalidade na capital. Os pontos de vendas da droga têm aumentado dia a dia.
Projeto Ficha Limpa
O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral pressiona o Congresso Nacional pra que o projeto Ficha Limpa será incluído na votação ainda no Mês de abril. Existe uma grande mobilização para sua aprovação, mas não se pode ter muito otimismo quanto a sua valdiade nas eleições de outubro, já que na Câmara Federal, muitos parlamentares seriam prejudicados com a proposta.
Entidades envolvidas
Ao todo já são 44 instituições envolvidas no Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral, destacando-se entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil- OAB, a Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Associação Brasileira de Procuradores da Republica, entre tantas outras empenhadas na moralização da política brasileira.
Carrada de ex-deputados
Nunca vi tantos ex-deputados estaduais tentando voltar ao parlamento estadual. A coisa vai desde Porto Velho com Edison Gazoni (PDT), a Francisco Salles (Ariquemes), Dedé de Melo (Guajara Mirim), Leudo Buritis (Ji-Paraná), Batista da Muleta Jaru), Ronilton Capixaba (Ouro Preto), Sueli Aragão (Cacoal), Milene Motta (Rolim de Moura), Lucia Tereza ( Espigão do Oeste). E por aí vai..
Conflito na Guiana
O conflito entre garimpeiros brasileiros e a Polícia Francesa na Guiana, esta mobilizando a Câmara Federal na busca de uma solução visando reduzir a tensão que se abateu na fronteira do Brasil com aquele país, desde o confronto da semana passada. Cerca de oito mil garimpeiros permanecem ilegais na Guiana sofrendo repressão.
Do Cotidiano
Omissão e desrespeito
As angústias causadas à população brasileira pelas recentes tragédias acumuladas pelo excesso de chuvas certamente não foram causadas propositalmente, pois seria algo desumano demais até para imaginar. Mas o descuido com a aplicação de recursos para a prevenção e o desprezo aos alertas dos técnicos e pesquisadores preocupa: no mínimo está havendo omissão e desrespeito diante de vidas e patrimônios familiares que se perdem, prejudicando suas comunidades e os municípios em que ocorrem.
Casas destruídas, famílias vitimadas, desabrigo e muito sofrimento psíquico têm sido o passivo dos recentes episódios de enchentes, deslizamentos e desabamentos. Até porque os fenômenos da natureza são constantes e as chuvas acima da média não são nenhuma novidade, já que a média é que não é constante, o orçamento da União contempla recursos para um programa federal destinado a prevenir os danos e prejuízos provocados por desastres.
O programa prevê a execução de obras como contenção de encostas e canalização de rios. Na esfera do Ministério da Integração Nacional, no ano passado esse programa, especificamente voltado à “prevenção e preparação para desastres”, foi limitado a R$ 91,3 milhões de um orçamento total de R$ 646,6 milhões, segundo um levantamento do site Contas Abertas junto ao Siafi, sistema que registra receitas e despesas da União.
“Pouca fé” − Mais que em outros setores do governo, justamente nesse programa ocorreu uma limitação tão grande, mesmo se sabendo que os desastres são periódicos e de prevenção mais sistemática. Ou seja: sabe-se que eles vão acontecer, sabe-se como resolver, mas os recursos para a prevenção ficam retidos e só depois que acontece vem algum socorro emergencial, as tradicionais mobilizações solidárias e os voos das autoridades por cima da destruição.
Em todos os casos, o “conjunto da obra”, incluindo a falta de prevenção, é atribuído à natureza, “São Pedro” e à “pouca fé”, mas são, muitas vezes, fruto da imprevidência e da desorganização. É o que vêm sugerir um grupo de especialistas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para os quais os desastres são recorrentes no País por falta de uma cultura de prevenção e proteção civil.
Via Direta
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)