A queda de braço
Constata-se, por Rondônia afora, uma verdadeira queda de braço entre o governador Ivo Cassol (PP) e o senador cassado Expedito Júnior (PSDB). Ivo tenta demonstrar a Expedito e seu grupo político, que é o vice João Cahulla que reúne as melhores condições pra enfrentar a oposição. Já, Expedito, evitando confrontos maiores, se garante como a melhor opção.
Nova blitz na roça
Nas últimas semanas o governador e o vice desenvolveram verdadeiras blitze justamente onde Júnior obteve suas melhores votações ns eleições passadas. Chama atenção a estratégia que impulsiona Cahulla no meio rural: estão envolvidos nas visitações nas propriedades o deputado da região, além do secretário regional, indicando que o candidato do governador é Cahulla.
Reabertura dos trabalhos
A Assembléia Legislativa reabriu ontem os trabalhos do ano com a maioria dos deputados – só dois não vão disputar a reeleição – tendo as atenções voltadas às eleições de outubro. Uma das expectativas ontem era com relação a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito –CPI que vai investigar a construção e contrapartidas das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio.
Goela abaixo
As decisões emanadas do 4º Congresso Nacional do PT sugerem que o partido de Lula e Dilma Roussef está cada vez mais parecido com as outras agremiações. Uma das deliberações petistas foi justamente intervir nos diretórios estaduais que não aceitarem composições nos estados com outras legendas, leia-se com o PMDB, seu aliado preferencial.
Valverde garantido?
Com a decisão intervencionista o que se vê é a candidatura do deputado federal Eduardo Valverde ao governo do estado com possibilidade de ser sacrificada, já que o PT tem compromisso com os caciques peemedebistas de apoiar alguns dos seus candidatos ao governo como retribuição à aliança nacional em favor de Dilma Roussef. Valverde, no entanto, voltou de Brasília afirmando que esta “garantido e com apoio de Lula”. Será mesmo?
Jogo embolado
Com o jogo sucessório embolado e cada vez mais indefinido, não se tem nem como fazer pesquisas fidedignas para aferir o panorama regional. Afinal quem será, de fato, o candidato da base aliada? No caso de uma aliança PMDB/PT, quem seria o cabeça de chapa? Sem estas respostas não dá nem para escalar as “equipes” que vão entrar em campo...
Aliança forte
De qualquer forma, quem quer que seja o candidato da aliança PMDB/PT, poderá entrar com um pé num já previsível segundo turno e vai deixar para os demais postulantes, uma batalha encarniçada, para a segunda vaga. Sendo unificada, a base aliada será favorita para outra vaga ao segundo turno, caso contrário às chances dos demais candidatos da oposição vão crescer muito na peleja 2010.
Novo quadro
Um novo quadro regional deve ser pintado a partir de março com todas as definições a caminho, inclusive com a desincompatibilização ou não do prefeito de Ji-Paraná José Bianco, um outro nome que se constitui também numa peça importante neste verdadeiro jogo de xadrez.
Jogo de estratégia
No jogo de estratégia dos governadoráveis, o que se vê é o prefeito de Ariquemes Confúcio Moura praticamente acampado em Porto Velho, o maior colégio eleitoral do estado. Tudo indica que o peemedebista quer decidir a parada – no mínimo um lugar no segundo turno - por aqui para descontar alguma diferença desfavorável na região central ou na Zona da Mata.
Do Cotidiano
Economia e vida
Lançada há poucos dias pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB em conjunto com as igrejas Episcopal Anglicana do Brasil, Evangélica da Confissão Luterana, Sirian Ortodoxa de Antioquia e Presbiteriana Unida, a Campanha da Fraternidade 2010 se posiciona claramente contra a Teologia da Prosperidade, uma das bandeiras de congregações evangélicas mais recentes.
Com o tema “Economia e Vida: Vocês Não Podem Servir a Deus e ao Dinheiro” a coalizão que sustenta a campanha da fraternidade coloca na alça de mira a economia e o capitalismo.
Como explica o reverendo Luiz Alberto Barbosa, secretário-geral do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs: a campanha pretende nos ajudar a reconhecer nossa omissão em relação à injustiça social que causa exclusão e miséria.
Mas então como explicar essa posição socialista, se a própria Igreja Católica é dona de um banco e de empresas e outros negócios? A CNBB explica: o representante da entidade, Dom José Alberto Moura, presidente da Comissão de Ecumenismo diz que a economia não é algo do diabo. “É o modo de usá-la que está em questão. Não criticamos uma ou outra pessoa, mas uma mentalidade de concentração de renda”, justifica.
Para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a campanha deste ano, antes de tudo, é um apelo á solidariedade dos cristãos para com as pessoas mais pobres. O próprio cardeal arcebispo de São Paulo critica a Teologia da Prosperidade, defendida por grupos evangélicos que dão ênfase ao dinheiro. Ele entende que a idolatria do dinheiro sacrifica valores éticos, como a partilha dos bens, que devem servir tanto as pessoas como aos países, em defesa da vida na terra.
Os objetivos da Campanha da Fraternidade foram bem definidos pelo arcebispo de Rondônia Dom Moacir Grecchi, na semana passada, que por ser um defensor da Amazônia também, criticou a ambição desmedida e o próprio avanço do arco da soja na floresta, cujas plantações empobrecem a terra da região.
Se de um lado a CNBB e as igrejas envolvidas no evento criticam a acumulação de capital e os grandes negócios, por outro lado, também não propõe uma mudança de modelo econômico. A luta se concentra na busca da justiça social e melhor distribuição de renda entre os brasileiros.
Via Direta
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)