Asas quebradas
Como andorinhas com as asas quebradas e cheias de dor, os habitantes da Ponta do Abunã – principalmente os de Extrema - choram por mais uma desilusão. A emancipação não veio, a expectativa da nomeação de um prefeito tampão foi para as cucuias, assim como a realização de uma eleição definindo prefeito e vereadores, que era aguardada para outubro deste ano.
Só politicagem
Com a revolta da população da região do Abunã, que teve seus sonhos postergados, mesmo com a realização de um plebiscito amplamente favorável, aqueles deputados que fizeram politicagem por lá, ao invés de votos, poderão levar umas pedradas. Quem diria, os “pais da emancipação” – mas ainda precisa de DNA para descobrir quem é quem, né? – acabaram se transformando em vilões.
Monte de entulhos
Por falar em politicagem, que o caro leitor fique atento nesta temporada de caça aos votos: todo aquele entulho – propineiros, sanguessugas, ambulancioneiros, laranjeiros, fiteiros, doleiros e lameiros em geral – esta de volta para tentar cadeiras na Assembléia legislativa e Câmara Federal. E pasmem: alguns já são favoritos na peleja. É lamentável.
Tatu com chuteiras
As reclamações com relação ao estado da BR-364, que corta Rondônia de Norte a Sul, aumentam, e como disse o deputado estadual Euclides Maciel, em recente pronunciamento: para percorrer a rodovia até os tatus precisam de chuteiras. Alguns trechos, de fato, já estão mais danificados, devido ao rigoroso inverno amazônico.
Mesma estratégia
O pré-candidato do PMDB Confúcio Moura usa a mesma estratégia – precipitada até – de campanha do rival Expedito Junior (PSDB) queimando etapas. As visitas agora já atingem estabelecimentos comerciais, faculdades, feiras livres e as caminhadas, no estilo corpo a corpo, como se faz na reta final das eleições. Em Cacoal, Confúcio fez replay de Júnior.
Ponte fechada
Quem pretende viajar no próximo final de semana, por conta do feriado do Dia do Trabalho, que se prepare: além da tradicional Romaria da Terra que envolve manifestações ruidosas, já correm preparativos para o fechamento da ponte sobre o Rio Machado, em Ji-Paraná, como forma de protesto, por conta do embrômaichan da conclusão das obras.
Espaço do PPS
Moreira Mendes gritou, berrou e levou. O seu PPS, agora tem espaço no governo de João Cahulla, emplacando Moreirinha, na Casa Civil e conquistando algumas secretarias regionais, que poderão ser importantes na sua batalha pela reeleição. Mesmo assim a reeleição de Moreirão está bem complicada, já que tem predadores ferozes no seu encalço.
Na base aliada
No contexto da base aliada, o ex-prefeito de Ouro Preto Carlos Magno (PP) esta atropelando Moreirão no Vale do Jamari. Na região central e do Café, dificilmente o dirigente do PPS levará a melhor sobre o ex-deputado federal Nilton Capixaba (PTB). Enfim, Moreirão que desenvolve um trabalho produtivo em Brasília, esta ameaçado de cair do poleiro.
Voduzando Neodi
Agora, além do ex-senador Odacir Soares (PSL), temos também o deputado federal Rubens Moreira Mendes (PPS) voduzando o deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa Neodi de Oliveira, indicado como vice na chapa de João Cahulla. Acredita-se que Moreirão também sonhe em ser vizir no lugar do vizir, ou seja: ele também esta na briga para ser vice de Cahulla...
Do Cotidiano
Drogados: prisão e dependência
Os dependentes químicos aumentam dia a dia como ervas daninhas. Eles se multiplicam geometricamente e vão ampliando as estatísticas das internações hospitalares por conta de acidentes de trânsito e atos violentos. Ao mesmo tempo, vão ocupando no sistema prisional vagas que deveriam ser destinadas a prisioneiros cujos crimes não derivaram da dependência química. Aos dependentes químicos (DQs) deveria caber um tipo especial de detenção, com acompanhamento psiquiátrico.
Cadeia alguma vai recuperar um dependente químico apenas com a reclusão, mesmo porque as cadeias são antros enfumaçados, onde o cigarro comum – “careta”, como dizem – é considerado válido para “relaxar” o detento. Entretanto, o cigarro é apenas um mantenedor da dependência. Ao cabo de anos a fio de reclusão, logo nas primeiras horas o dependente vai novamente atrás do alívio ilusório que a droga traz aos DQs.
Não é por acaso que a droga introduziu uma das questões centrais do debate sobre a segurança pública no País: cabe às famílias cuidarem de seus dependentes químicos ou eles devem ser internados à força, antes que cometam crimes?
No Rio de Janeiro, um jovem viciado em crack matou uma amiga sob o efeito da droga. O pai do dependente declarou ser impossível tratar o filho, pois ele recusa ser internado. Nesse caso, não parece restar outra opção a não ser a chamada “internação involuntária”.
Polêmica, a proposta vai, no entanto, ganhando força, na medida em que o doente perde completamente o discernimento e não tem condições de saber o que é melhor para si, tornando-se perigoso tanto sob o efeito da droga quanto sem ela. “Bola” os mais diversos meios, legais ou ilegais, para conseguir dinheiro e se drogar, desde simular o próprio sequestro até extorquir dinheiro dos pais e amigos sob ameaças.
A internação involuntária se destina aos que não aceitam se afastar do vício. O tratamento é uma iniciativa tomada por membros da família do dependente químico ou de álcool com a intenção de conscientizá-lo sobre a desintoxicação. Muitos são contra, porque a decisão de internar um familiar à força pode ter motivações menores que ajudar o doente, envolvendo a apropriação de seus bens.
“Porém, quando o dependente já não tem discernimento do que é melhor para ele nesse momento e perde o controle de sua própria vida, ou seja, não responde mais de forma responsável pela sua vida familiar, profissional e social, é necessário intervir”.
Via Direta
*** O PT ainda aposta numa aliança com o PDT para reforçar suas paliçadas rumo à conquista do Palácio Presidente Vargas *** Como se vê, a novela de alianças entre os partidos vai até as convenções de junho, já que também o PMDB conversa com as duas siglas trabalhistas *** Depois de sucessivas altas o preço do aluguel começa a cair em Porto Velho.