Uma coluna sem papas na língua 25/03/10

O laço da sucuri 

Como uma sucuri bem nutrida, o governador Ivo Cassol prepara mais um laço para provocar a asfixia e a desistência do ex-senador Expedito Junior (PSDB) na disputa ao governo do estado. Teria até um ultimato: se até o dia 31, o tucano não desistir e se transformar em candidato ao Senado, passará a ser tratado como adversário publicamente. Júnior continua resistindo bravamente as pressões.

Música para oposição 

O processo e autofagia da base aliada, dividida entre duas candidaturas – João Cahulla e Expedito Júnior – é como uma boa música para os ouvidos da oposição. Nem por encomenda, os oposicionistas esperavam tamanha facilidade. Acreditava-se nos meios oposicionistas que no final de tudo Ivo Cassol, Expedito Júnior e João Cahulla ficassem no mesmo palanque.

Coisas inesperadas

Mas se a base de apoio governista rachou, também a oposição esta se fracionando entre várias candidaturas. Os cassolistas acreditavam desde o inicio que PT e PMDB estariam no mesmo palanque, já no primeiro turno, o que acabou não acontecendo. Menos mal, então, para Cahulla e Expedito que começam uma batalha encarniçada por uma vaga no segundo turno.

Primeiras pesquisas

Com um panorama ainda nublado na corrida sucessória estadual, as primeiras pesquisas rondonienses continuam apontando elevado índice de indecisos. Isso decorre de uma série de indefinições, já que Bianco também anuncia a possibilidade de entrar na jornada 2010. Com as desincompatibilizações definidas até o inicio de abril, então teremos um quadro mais definido.

Clãs regionais

Os clãs políticos regionais estão invertendo suas dobradinhas para as eleições de outubro. Em Jaru, o deputado estadual José Amauri entra na peleja por uma vaga à Câmara Federal, enquanto que seu irmão Batista da Muleta trabalha no seu retorno a Assembléia Legislativa. Em Ariquemes, o clã Amorim projeta a deputada Daniela à Câmara Federal, com o deputado federal Ernandes na peleja por uma vaga a ALE.

As motivações

No caso da dinastia dos “Muletas”, de José Amauri a opção foi definida pelo PMDB que estima a eleição de três federais: Marinha, Natan e José Amauri. Já, o clã dos Amorim (PTB) vê mais facilidades para o caudilho da roça se eleger a ALE, onde vai tentar se eleger presidente da Casa na próxima legislatura. Já, o clã Cassol terá Ivo ao Senado, César á deputado federal e Jaqueline a Assembléia Legislativa.

Propaganda eleitoral

O Diretório Nacional do PSB apresentou consulta ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE sobre a interpretação d lei 9.504/1997 (Lei das Eleições) que estabelece a distribuição do tempo de rádio e televisão entre os candidatos. A sigla sugere uma nova interpretação como forma de coibir distorções e evitar a utilização do espaço destinado ás campanhas como “moeda de troca”.

Siglas de aluguel

O PSB sustenta que o tempo na TV não pode ser utilizado como moeda de troca pelos partidos que não tem candidatos, como tem ocorrido muito com as siglas de aluguel, um caso muito comum em Rondônia, também. Segundo os socialistas a lei não foi criada para facilitar um balcão de negócios entre as coligações “sem pé nem cabeça”.

Projeto ficha limpa

O Movimento Contra a Corrupção Eleitoral comemora a decisão do presidente da Câmara Federal Michel Temer em colocar em pauta para votação o projeto ficha limpa em 7 de abril. O único problema é que os líderes dos partidos querem alterar o texto do projeto para salvar a pele de inúmeros parlamentares com culpa em cartório na justiça eleitoral... 

Do Cotidiano

As pirâmides da Amazônia

Teria havido uma arquitetura globalizada na antiguidade? É coincidência ou há um fio de integração na existência de pirâmides em locais tão diferentes quanto o Egito e a América Central?
Elas ocorrem, sempre cercadas de mistérios, não só nos monumentos egípcios – as Pirâmides de Gizé são a única das Sete Maravilhas do mundo antigo que ainda permanece – nem nas escassamente conhecidas Pirâmides de Guímar, nas Ilhas Canárias, mas também no México, onde floresceu a civilização asteca, e entre os maias, que habitaram a Guatemala e países vizinhos. 
Igualmente misteriosos são os sinais de que a Amazônia também teve sua antiga civilização desaparecida e, com ela, suas próprias pirâmides. As suposições de que a Amazônia também foi “sucursal” ou parte da Atlântida reforçam as teorias fantasiosas ou “conspiratórias” de que essa arquitetura piramidal globalizada tenha origem na Atlântida, uma hipotética, remotíssima e evoluída civilização humana que, a exemplo de maias, astecas e incas, mais recentemente, teria sucumbido ao egoísmo e à imprevidência da humanidade em uma etapa decisiva de seu desenvolvimento.
As perguntas são formuladas a cada passo. De onde teriam se originado os elementos de contato da civilização inca, na América do Sul, com outras culturas, ao Leste? Vieram das bandas do Oceano Pacífico ou, como se acredita com mais convicção, seus ancestrais transitaram e viveram em toda a extensão da Amazônia, de Leste a Oeste, até se radicar nas regiões das lendas douradas em que seus remanescentes foram liquidados?
Antecedentes −As atenções do mundo foram novamente atraídas pela Amazônia quando a prestigiosa revista científica Science, a rede inglesa BBC e a agência alemã Reuters deram eco a descobertas arqueológicas – aliás, contínuas – documentadas no Alto Xingu: um complexo de habitações antigas nas quais viveram cerca de 50 mil pessoas. Conjuntos de casas e pequenos vilarejos ligados por uma complexa rede de estradas, grandes muralhas e conectados por largas praças centrais, além de represas e lagos artificiais, segundo os cientistas que analisaram as imagens da região tomadas por satélite. A moderníssima tecnologia lançando luzes sobre os mistérios do passado.