Uma coluna sem papas na língua 26/02/10

 

Missas encomendadas

A briga pelas duas vagas ao Senado em Rondônia já começou e promete golpes abaixo da cintura na temporada. Tem até missas encomendadas pelos governistas rezadas, pela aldeia afora com o propósito de botar na conta do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) um eventual atraso no funcionamento do hospital regional de Cacoal.

Pau no barbudo

Que o barbudo queixada compre armadura de ferro e se equipe com capacete resistente para suportar o tranco. Ele esta disputando uma parada dura com Cassol e com o PT de Fátima Cleide que também joga duro. Por conseguinte terá pauladas dos dois lados e com abundancia durante a campanha 2010, que começa agora já em ritmo de turbulências.

Muito estranho...

As eleições 2010 mostram coisas estranhas em Rondônia: na base aliada, de sustentação ao governo dois candidatos disputando uma vaga ao segundo turno, sem brigar. Na oposição, Confúcio Moura, Acir Gurgacz e Eduardo Valverde, disputando uma outra vaga ao segundo turno, agindo como coleguinhas. Muito estranho, já era para estar quebrando o pau com todo mundo! Teremos uma campanha atípica?

Boas tiradas

Durante a semana vi duas boas tiradas, que servem para o folclore regional. Uma do deputado estadual Euclides Maciel dizendo que logo logo, nem tatu com chuteira consegue andar pela BR-364. A segunda é do jornalista Alan Alex definindo o peso de uma composição entre Cahulla como postulante ao governo e Odacir Soares a vice. “Seria uma chapa pesada como um Antonov (aquele avião russo, o mais pesado do mundo) carregada de chumbo”.

É coisa de louco!

Não tenho percorrido a BR-364, mas não creio que o Dnitt vai deixar a coisa chegar a esse ponto, ou seja de prejudicar a passagens dos tatus. Do lado de Cahulla aceitar o raposão de vice, só se El Bigodon estiver louco varrido, o que eu tenho certeza que não está. Por conseguinte não creio numa “Frente Antonov”.

Bicadas no ninho

Não bastasse o rompimento dos vereadores do Partido Verde com a base de apoio do prefeito Roberto Sobrinho, eis que a bancada petista entrou em guerra, repleta de fogueiras de vaidades. O próprio presidente do Poder Legislativo José Hermínio, o rabo de galo, anda tascando a lenha na administração municipal. Sobrinho precisa se benzer!

Combate a corrupção

O projeto Ficha Limpa ainda tem um longo caminho pra ser votado no Congresso Nacional. Somente gora foram iniciados os trabalhos em audiência pública para discutir o projeto que cria regras de inegibilidade para os candidatos condenados ou denunciados. Para que a lei passe a valer ainda nas eleições de 2010, vai ser preciso um milagre.

A crise do leite

A economia regional se ressente com uma nova crise do leite, conforme denuncia o deputado estadual Professor Dantas (PT- Ouro Preto do Oeste). Segundo ele, os produtores amargam enormes prejuízos com os preços pagos pelos laticínios, o que vem inviabilizando a atividade, principalmente junto aos pequenos produtores.

Grande sacada

Foi uma boa sacada da Câmara Municipal de Porto Velho marcar as sessões legislativas pela parte da manhã. É até estratégico: Com a medida os vereadores da capital terão mais espaço na mídia e isso faz a diferença em temporada eleitoral, já que muitos disputam a ALE. Quando realizadas a tarde as sessões tinham menos cobertura em virtude do fechamento dos jornais que ocorrem antes das 18 horas. 

Do Cotidiano

A natureza em fúria

Quem não lembra da natureza em fúria em março de 2004 abrindo sucessivas tragédias climáticas no Brasil? Naquele ano, o feroz furacão Katrina atingiu o Sul do Brasil. Foi o primeiro furacão da história registrado no Atlântico Sul. “Nós aprendemos nos livros escolares de meteorologia que furacões não ocorrem no Atlântico Sul”, avaliou o meteorologista Carlos Nobre, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) de São Paulo. “O Katrina mudou esse paradigma. Agora temos que enfrentar uma nova realidade e estudar a probabilidade de se repetirem furacões no Atlântico Sul”.
Uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia, dos Estados Unidos, sugere que os furacões são mais frequentes atualmente no Oceano Atlântico do que em qualquer outra época dos últimos mil anos. No estudo, publicado na revista Nature, os pesquisadores examinaram camadas de sedimento criadas por furacões que cruzaram a costa na América do Norte e Caribe.
O registro sugere que a atividade dos furacões atualmente é incomum, mas pode ter sido ainda mais alta mil anos atrás. De qualquer forma, a possível influência da mudança climática do planeta na ocorrência de furacões tem sido um assunto polêmico nos últimos anos. Para o líder do estudo, Michael Mann, apesar de a pesquisa não esclarecer isso, acrescenta mais uma peça muito útil ao quebra-cabeças.
A seu ver, a ocorrência de furacões “tem sido debatida acaloradamente e várias equipes já usaram modelos diferentes, criados por computador, e apresentaram respostas diferentes”, disse o cientista. “Eu diria que este estudo apresenta alguns dados paleoclimáticos úteis”.
Furacões atingem o continente com ventos de cerca de 300 km/h, fortes o bastante para recolher areia e terra da costa e levar para o continente. Em locais onde há uma lagoa próxima da praia, isto faz com que o material da praia seja depositado na lagoa, onde forma uma camada no sedimento. Os pesquisadores estudaram oito lagoas perto de praias onde os furacões do Atlântico passam, sete delas nos Estados Unidos e uma em Porto Rico.
A equipe de cientistas acredita que, com o tempo, o número de furacões que passa por estes locais é semelhante ao total de furacões que se forma. Por isso, a análise destas regiões forneceria um registro de como a frequência dos furacões mudou durante os séculos.
Os níveis atuais da frequência de furacões são iguais ou superados apenas pelos registrados durante uma anomalia ocorrida na Idade Média, também conhecida como Período Medieval Quente, há mil anos. 



Via Direta

*** A Era Cassol festeja mais uma proeza: Rondônia já é o segundo maior produtor rural de feijão na região Norte *** Depois de um período em pé de guerra, o deputado Lebrão busca a conciliação com os religiosos no Vale do Guaporé *** Ele criticou a presença estrangeira na região, lembrando que muitos índios e quilombolas estavam nascendo com olhos azuis *** Muita gente se indignou achando que ele se referia aos padres. 

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br 
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