Sábado, 30 de janeiro de 2010 - 06h30
Blitz de Valverde
O pré-candidato ao governo do PT, deputado federal Eduardo Valverde abriu uma verdadeira blitz no estado nos últimos dias dando a sua largada na temporada de caça aos votos. Valverde com isso, demarca território, já que existem boatos incômodos circulando na aldeia dando conta de um acordão nacional entre PT e PMDB que poderia trocá-lo na convenção de junho.
A consolidação
A necessidade faz o sapo pular. Por isso Valverde pretende consolidar seu nome perante as bases, já que no Diretório Regional, ele tem total controle dos convencionais que vão votar na homologação do nome petista para as eleições de outubro. Ocorre que com total apoio da militância rondoniense ficará difícil para o comando nacional do PT alterar as decisões regionais.
Pré-candidatos
Os demais pré-candidatos ao governo também começam a se movimentar Rondônia afora. Confúcio Moura (PMDB) reforça suas paliçadas no Vale do Jamari e na Bacia Leiteira, Expedito Júnior (PSDB) trabalha na reorganização dos diretórios municipais e João Cahulla (PPS) tem sido onipresente no estado, entregando obras e percorrendo os municípios.
Voltando aos trabalhos
Depois de duas sessões extraordinárias para votar projetos de interesse do Poder Executivo, a Assembléia Legislativa só volta aos trabalhos depois das folias de Momo. Existem pautas definidas para votações só depois do dia 20 de fevereiro, enquanto isso os deputados estaduais visitam as bases no interior buscando garantir a reeleição.
Pequenos municípios
Por falar em Assembléia Legislativa, pequenos municípios que conseguiram emplacar representantes, como Urupá, com Edson Martins (PMDB) que substituiu Chico Paraíba, transformado em conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e Lebrão (PTN-São Miguel do Guaporé), que assumiu no lugar de Alex Testoni, terão dificuldades em manter a representação. Eles tem predadores fortes em suas regiões.
Turismo avança
Com as recentes medidas adotadas pela superintendente de turismo Claudia Carvalho, o setor começa a avançar em Rondônia, depois de décadas de paralisação. Algumas ações ainda estão engatinhando, mas outras darão mais visibilidade no aproveitamento de nossas riquezas naturais e dos monumentos históricos como a Estrada de Ferro, o Forte Príncipe da Beira e o Museu Rondon.
Desmatamento em queda?
Para o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, o desmatamento teve uma drástica redução na Amazônia. Com certeza ele não estava computando o desmatamento nos parques nacionais, reservas indígenas e biológicas, onde madeireiros, fazendeiros, grileiros e garimpeiros agem cada vez mais descaradamente.
Blocos em formação
Os blocos em formação, para a disputa das oito vagas à Câmara Federal, começam a fazem as contas para uma disputa encarniçada. Na base aliada, o bicho esta pegando, já que Nilton Capixaba, Odacir Soares e Carlos Magno, vem jogando bruto e são ameaças para as cadeiras de Lindomar Garçon e Moreira Mendes.
PT encolhe?
Existe uma previsão inicial sobre um possível encolhimento do PT em Rondônia. Valverde não larga como favorito ao governo, Raupp tem mostrado mais força que a senadora Fátima Cleide na briga ao Senado e a chapa petista a Câmara Federal que vem aí, não esta a altura daquela que elegeu dois deputados federais em 2006. Lembrando que o PT esta acostumado a desmentir nas urnas qualquer tipo de previsão com suas zebras...
Do Cotidiano
Uma fábrica de votos
Intensamente debatido, o programa Bolsa Família foi recomendado por um ideólogo do neoliberalismo, Albert Hirschman, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em sua posse. Programa Municipal experimental em Campinas, foi adotado pelo governo federal na forma do Bolsa Escola, depois transformado em Bolsa Família. Para o governo, é uma fábrica de votos. Para a oposição, um inimigo a combater. Mas enquanto a BF é amplamente discutida, amada e detestada, fica oculto um tema que não parece motivar o menor interesse dos governantes, parlamentares e juristas: o “Bolsa Imposto” – ou seja, a pesadíssima carga tributária brasileira, uma das piores do mundo, que incide mais sobre os pobres.
Os brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais precisaram trabalhar 197 dias no ano passado para pagar seus impostos. Quem recebeu mais de 30 salários mínimos também contribuiu forte, mas precisou de 106 dias para honrar os compromissos com tributos. No fim das contas, quase a metade do que os pobres pagaram.
No entanto, a propaganda que chega aos pobres é que eles estão sendo socorridos pelos governos. Jamais se dirá na TV ou em comícios que os políticos estão “garfando” dinheiro dos pobres e o entregando aos trens da alegria, às múltiplas atividades que enriquecem as empreiteiras, prestadores de serviços terceirizados à administração, mesmo que não se toque em corrupção, fraudes e mau uso do erário.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), organismo do governo federal, os 10% mais pobres do País gastam 33% do que recebem para pagar tributos, enquanto os mais ricos destinam 23% da renda. Com base na carga tributária de 2008, o estudo mostra que esse desequilíbrio histórico da economia vem aumentando e está longe de ser resolvido.
De 2004 para 2008, o comprometimento da renda com o pagamento de tributos dos brasileiros aumentou mais para os pobres, crescendo a distância que separa dos brasileiros mais ricos. No ano passado, estima o Ipea, as famílias com renda de até dois salários mínimos comprometeram 53,9% de tudo que ganharam com o pagamento de impostos. Em 2004, essas famílias gastavam 48,8%. Um salto de quase cinco pontos percentuais em apenas quatro anos Já para as famílias mais ricas, o peso dos tributos sobre a renda cresceu menos: subiu no período de 26,3% para 29%.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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