Quinta-feira, 17 de julho de 2014 - 11h40
De 23 a 28 de julho de 2013, realizou-se no Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que teve como frase motivadora: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”(Mt 28,19). Dela participaram, especialmente nos dois últimos dias, três milhões e setecentos mil jovens do Brasil e de outros países do mundo.
Ao final do Ano Santo de 1984, o papa João Paulo II disse: “quero entregar essa Cruz aos Jovens para que levem-na a percorrer o mundo em preparação às Jornadas Mundiais da Juventude”. A primeira JMJ realizou-se em Roma em 1986. A partir daí, esse evento já aconteceu em cidades de vários continentes. No ano passado, foi no Rio de Janeiro, quando recebemos a visita do Papa Francisco.
Fazendo parte da programação preparatória, a Cruz da Jornada e o ícone de Nossa Senhora chegaram a Porto Velho, em agosto de 2012, depois de terem visitado as dioceses do Estado do Amazonas e Roraima. A Cruz que procedia de Lábrea (AM) foi recebida junto à estrada de ferro Madeira Mamoré com muita solenidade. Ali, estavam centenas de jovens que, vibrantes e alegres, entoavam hinos e acompanharam a Cruz até a Catedral, onde foi celebrada a Santa Missa. As orações tiveram continuidade até às 23h. No dia seguinte, grupos de jovens de Escolas Católicas e de outras, se reuniram no auditório da Catedral para meditar a Palavra de Deus e descobrir o significado da palavra e Jesus: “se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará. Com efeito de que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo?” (Lc 9,23-25). A Cruz e o ícone de Nossa Senhora visitaram o presídio feminino, o Colégio das Irmãs Marcelinas, o Presídio Urso Branco, o Hospital João Paulo II, a Paróquia de S. José Operário, o Santuário N. S. Aparecida na Zona Leste e, finalmente, veio para o Campo da 17ª Brigada Militar onde foi celebrada a Santa Missa com a participação de milhares de Jovens e, após, aconteceu shwoo “Bote Fé”. No dia seguinte, a Cruz visitou Ariquemes e em seguida foi entregue a Guajará-mirim.
A partir daquele momento, intensificamos os encontros com jovens em vista de organizar o setor Juventude na arquidiocese. Unido às dioceses em todo o Brasil, Porto Velho preparou e assumiu a semana missionária de 13 a 21 de julho. Em Porto Velho, aos 125 jovens da cidade somaram-se 27 que vieram da diocese de Besançon (França) para seguirem depois para o Rio de Janeiro. Os jovens puderam visitar muitas casas nos bairros Bom Sucesso, Nacional e na Zona Leste, além da Casa Família Rosetta. Os jovens da França também passaram um dia em União Bandeirantes ajudando no mutirão para a construção da Igreja de Nossa Senhora dos Migrantes.
Na avaliação, todos destacaram a alegria de visitar as famílias, de ser missionário, de se sentir responsáveis em uma grande missão: descobrir os sinais de Deus na vida e nas realidades onde as pessoas vivem; ver bem de perto tanto sofrimento nesses bairros, mas também a fé que anima essas pessoas e famílias; sentir que o chamado de Deus chega até os jovens para que vivam a missão da solidariedade e vençam o individualismo, o consumismo e o relativismo; fazer a experiência do envio que Jesus fez aos apóstolos: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Agradecemos muito a Deus por todos os jovens que estiveram presentes nessa semana missionária, pelas paróquias que acolheram as visitas e pela coordenação.
Participar da JMJ foi uma experiência divina. Mais de mil e quinhentos jovens da arquidiocese (paróquias e movimentos) foram à JMJ. Ali, todos pudemos ver e ouvir bem de perto jovens de tantos lugares do Brasil e do mundo e acompanhar o Papa Francisco em sua abertura, simplicidade e testemunho de fé. E o Papa, na missa de encerramento, na praia de Copacabana, diante daquela multidão de jovens, ele deixou a mensagem:
“Queridos jovens! «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.
Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).
Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor”.
Para nossa arquidiocese, a JMJ deixou bons frutos: o fortalecimento do setor juventude; o trabalho de elaboração da primeira cartilha que já está nas mãos dos jovens em todas as paróquias e movimentos a fim de que possam refletir e rezar a partir dos textos bíblicos e testemunhos aí indicados e encontrarem pistas de ação em nível pessoal, do seu grupo e da comunidade eclesial. Esse subsídio traz como tema: o encontro pessoal com Jesus Cristo e evangelização libertadora. Os demais temas escolhidos a partir da pesquisa realizada com mais de 500 jovens são:
a) Vocação e Missão;
b) Espiritualidade Católica: unidade na diversidade;
c) Pertença à Igreja e transformação da sociedade.
O Espírito Santo continue iluminando a vida dos jovens para que sejam testemunhas de Jesus missionário especialmente entre os jovens onde residem, onde trabalham, onde estudam, onde celebram a fé: por toda a parte. Deus os abençoe e lhes conceda força e entusiasmo e nós adultos e pessoas com maior idade possamos animá-los no seguimento a Jesus missionário.
Um grande abraço.
D. Esmeraldo.
Dom Esmeraldo Barreto de Farias Um planta, outro rega. “O importante é aquele que faz crescer: Deus”. (1Cor 3,7). S. Paulo, escrevendo à comunidade
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