Domingo, 20 de outubro de 2013 - 00h01
Outubro aproxima-nos, de modo particular, das crianças, professores e jovens. Deus dá a cada pessoa uma missão a cumprir: qual é a sua? Viver a própria missão é uma dimensão que diz respeito a todos os aspectos de nossa vida cristã.
Quão sublime a missão do professor e da professora que vivem a identidade de sua própria vocação! São mais de dois milhões de educadores, com total dedicação à formação e ao ensino de jovens e crianças em nosso país.
Aos médicos, cuja data foi celebrada no dia de São Lucas (18/10), a mensagem de João Paulo II é atual e valoriza a sua missão de “salvaguardar e promover a saúde”: Enquanto médicos, isto é, como servidores da vida, encontrais no cumprimento da vossa profissão uma ocasião privilegiada para contribuir para a edificação de um mundo que corresponde cada vez mais à dignidade do ser humano. A medicina entendida autenticamente fala a linguagem universal da partilha, pondo-se à escuta de cada homem sem distinção e acolhendo todos para aliviar os sofrimentos de cada um. Sede orgulhosos da identidade cristã, que vos caracteriza no serviço aos doentes e de promoção da vida. Sabei reconhecer em cada doente o próprio Cristo, colaborando com quantos estão comprometidos na pastoral dos enfermos. Ao contributo insubstituível da vossa profissão, acrescentai o coração, o único capaz de humanizar as estruturas.
Neste Dia Mundial das Missões (20/10), missionários leigos, sacerdotes e religiosos lembram-nos que “a Missão nasce do impulso de compartilhar a própria experiência de salvação com outros, de plenitude e alegria feita com Jesus Cristo; acompanha todo o processo, conforme a própria vocação e o grau de amadurecimento humano e cristão de cada um” (CNBB, Doc 87,92).
Envolvidos pela beleza da piedade mariana, celebramos através da Jornada Mariana, Nossa Senhora com seus “diversos nomes e santuários” espalhados pelo mundo (no Brasil: Aparecida, Rosário, Nazaré e outros) “que testemunham a presença de Maria” tão próxima às pessoas (DAp 269), sempre reunindo os filhos e integrando os povos ao redor de Cristo (DAp 265).
Inspiram-nos neste mês missionário e mariano, santos e mediadores como Santa Terezinha e Tereza d’Ávila, S. Benedito e Francisco, S. Lucas e Judas Tadeu, Santa Edwiges, S. Antônio Galvão e tantos outros. “Suas vidas são lugares privilegiados de encontro com Jesus Cristo” (DAp 273).
Mas há outros acontecimentos que merecem destaque pela sua importância na vida e missão da Igreja:
1. HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE: Durante dois dias (11-12/10), profissionais da saúde, agentes de pastoral, ministros da Comunhão e da Palavra, participaram das palestras ministradas pelo docente e coordenador do Centro Universitário São Camilo, Pe. Anísio Baldesin que abordou temas como Políticas de Humanização Hospitalar e da saúde pública, a missão e organização da Pastoral da Saúde, o cuidado e a Visitação aos Enfermos. Autor de diversos livros editados pela Ed. Loyola, no livro “Entre a vida e a morte, Medicina e religião”, ele testemunha a sua experiência de mais de 20 anos prestando assistência religiosa como capelão, no Hospital das Clínicas de São Paulo. Para os membros da Pastoral da Saúde, estes momentos formativos contribuíram para o fortalecimento de sua missão de defender a saúde como um direito fundamental da pessoa; e de sua atuação na pastoral e humanização da Saúde, abrangendo a dimensão solidária, comunitária e político-institucional.
2. DIA NACIONAL DA JUVENTUDE: A 28ª edição do DNJ acontece sempre no último domingo de outubro, contudo, em muitas dioceses está sendo celebrado hoje, porque no dia 27/10 será realizado em todo o Brasil o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Com o tema: “Juventude e missão” e o lema: “Jovem: levanta-se, seja fermento”, o DNJ 2013 em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a CF 2013, quer chamar a juventude à missão propondo um caminho missionário. Trata-se de um momento dedicado à evangelização da juventude, celebrado desde 1985, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o Ano Internacional da Juventude.
3. SEMANA MISSIONÁRIA DA AMAZÔNIA: Na 47ª assembleia da CNBB (2009), os bispos aprovaram o projeto permanente da Semana Missionária para as Igrejas na Amazônia. É um período de estudo, oração e reflexão sobre a realidade da Igreja na Amazônia, mediante acompanhamento e subsídios preparados pela Comissão Episcopal da Amazônia e pelas Pontifícias Obras Missionárias. Acontece sempre na última semana de outubro, como continuidade do mês missionário. Apesar de ter sido assumida por toda a Igreja do Brasil, muitas dioceses e prelazias da Amazônia ainda carecem de missionários, ajuda econômica para a formação, presença mais concreta e solidária do projeto Igreja-irmã. Compete à Comissão da Amazônia acompanhar a Semana missionária nas prelazias e dioceses do Brasil, incentivando as comunidades, escolas, universidades a somar forças pela preservação da vida na Amazônia (Plano Pastoral 2011-2015).
4. I ENCONTRO DA AMAZÔNIA LEGAL: Durante a Semana Missionária, os bispos dos 06 Regionais da CNBB que formam a Amazônia Legal (Norte 1, N2, N3, Oeste 2, Noroeste e Nordeste 5), o Núncio Apostólico no Brasil, representantes do CELAM e CEA, coordenadores de pastoral, religiosos e leigos participarão do I Encontro da Amazônia Legal(28-31/10) em Manaus. Na pauta a conjuntura política, social, econômica, cultural e religiosa da região amazônica e a contribuição da Igreja para a promoção e a defesa da vida dos habitantes da região e de sua rica biodiversidade.
No Regional Noroeste (Acre, Sul do Amazonas e Rondônia), a preocupação está no impacto que os grandes projetos do governo federal e as pequenas Centrais Hidrelétricas estão gerando aos centros urbanos: exploração sexual, impactos às comunidades tradicionais, ribeirinhas e ao meio ambiente. Os conflitos de terra também estão presentes. Segundo a CPT, atualmente 295 pessoas estão ameaçadas de morte, 67% delas encontram-se na Amazônia Legal.
No Norte 1 (Norte do Amazonas e Roraima), há a preocupação com a acolhida aos imigrantes haitianos, com as populações tradicionais e ribeirinhas, com os povos indígenas da Raposa Serra do Sol. No Reg. Norte 2 (Amapá e Pará), bispos, religiosos e agentes de pastoral estão ameaçados de morte por denunciarem o tráfico internacional de mulheres, o trabalho escravo em usinas de carvão, os conflitos em terras indígenas. Para D. Erwin Krautler, bispo prelado do Xingu, no Pará, a nossa dívida com os povos indígenas e seus antepassados ainda está longe de ser quitada. A pobreza, o tráfico de mulheres e o trabalho escravo também estão presentes nos regionais Centro Oeste (parte do Tocantins, Goiás e Distrito Federal) e Oeste 2 (parte do Tocantins e Mato Grosso). No Nordeste 5, Maranhão é o penúltimo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País.
Ao participar da reunião da Comissão Episcopal para a Amazônia (22-23/08) em preparação a este encontro, juntamente com Dom Erwin, D.Sérgio Castriani, D. Jaime Rocha e o cardeal D. Cláudio Hummes, presidente da Comissão, recordamos as palavras do Papa Francisco aos bispos brasileiros durante a Jornada Mundial da Juventude. Na ocasião, o papa apresentou a Amazônia “como teste decisivo, banco de prova para a Igreja e a sociedade brasileiras”.
Diante da relevância do Encontro, a Signis Brasil (Associação Católica de Comunicação) e a Rede Católica de Rádio (são 230 emissoras em todo o País, além dos Jornais, Revistas e TVs católicas) preparam ampla cobertura do evento.
5. ENCONTRO NACIONAL DE COMUNICADORES: O 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação acontece em Natal, RN (27/10 a 1º/11/2013), com a presença de comunicadores de todo o Brasil. Através de conferencias, seminários e oficinas, os profissionais da comunicação e agentes de pastoral estarão refletindo sobre a democratização e as políticas de comunicação, as perspectivas das relações entre a Igreja Católica, a sociedade brasileira e a cultura contemporânea no campo da Comunicação Social. A 1ª Conferência é sobre o tema do Mutirão: “Comunicação e participação cidadã: meios e processos”. Os Mutirões converteram-se em oportunidade valiosa para a partilha de iniciativas que brotam de diversos lugares, contribuindo para superar obstáculos e experimentar a cultura da comunicação que leva os agentes culturais a perceber a necessidade de atribuir a importância devida aos meios e processos da comunicação, para que estes contribuam para uma sociedade mais justa e fraterna (CNBB).
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