Domingo, 19 de outubro de 2008 - 19h20
Estamos celebrando neste penúltimo domingo de Outubro o 82º. Dia Mundial das Missões, com orações, iniciativas e coletas em todas as comunidades pelas Missões da Igreja no mundo inteiro. O Papa Pio XI criou em 1922 as Pontifícias Obras Missionárias, para ser um instrumento de cooperação missionária de toda a Igreja; estimulou a criação de novas Missões e ordenou os primeiros bispos indianos e chineses. No ano de 1926 publicou uma Encíclica sobre as Missões, Rerum Ecclesiae, reafirmando a importância dos objetivos missionários de seu pontificado e aprovou o pedido de celebração do Dia Mundial das Missões.
O Papa Bento XVI em sua Mensagem para este Domingo Mundial das Missões convida todos os cristãos a refletirem acerca da urgência que subsiste em anunciar o Evangelho e afirma que o mandato missionário continua a constituir uma prioridade absoluta para todos os batizados, chamados a ser servos e apóstolos de Jesus Cristo". Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade" (EN n.14). Ele indica São Paulo, o Apóstolo das nações, como modelo deste compromisso apostólico, uma vez que no corrente ano celebramos um Jubileu especial a ele dedicado. Trata-se do Ano Paulino, que nos oferece a oportunidade de familiarizar com este insigne Apóstolo, que recebeu a vocação de proclamar o Evangelho, conforme o mandato do Senhor.
O documento de Aparecida nos convoca para uma Missão Evangelizadora que comprometa todas as forças vivas do Povo de Deus presente em nossas Comunidades e na Igreja da América Latina e que envolva os bispos, sacerdotes, religiosos e leigos. Trata-se de uma Missão Continental capaz de promover ações missionárias permanentes para que o espírito missionário penetre toda nossa vida e as estruturas da Igreja.
Essa missão evangelizadora abraça com o amor de Deus a todos e especialmente aos pobres e aos que sofrem. Por isso, não pode se separar da solidariedade com os necessitados e de sua promoção humana integral: Mas se as pessoas encontradas estão em uma situação de pobreza, diz-nos ainda o Papa, é necessário ajudá-las, como faziam as primeiras comunidades cristãs, praticando a solidariedade, para que se sintam amadas de verdade. O povo pobre das periferias urbanas ou do campo necessita sentir a proximidade da Igreja, seja no socorro de suas necessidades mais urgentes, como também na defesa de seus direitos e na promoção de uma sociedade fundamentada na justiça e na paz. Os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho. (DA 550)
É através da nossa prática de solidariedade que as pessoas chegam à possibilidade da fé num Deus-Amor e num mundo para todos. (P.Suess)
A Missão é uma questão de amor, afirma Bento XVI neste Dia Mundial das Missões, por conseguinte, anunciar Cristo e a sua mensagem salvífica constitui um dever premente para todos. "Ai de mim afirmava São Paulo se eu não anunciar o Evangelho!" (1 Cor 9, 16). No caminho de Damasco, ele tinha experimentado e compreendido que a redenção e a missão são obra de Deus e do seu amor. O amor de Cristo levou-o a percorrer os caminhos do Império Romano como arauto, apóstolo, anunciador e mestre do Evangelho, do qual se proclamava "embaixador aprisionado" (Ef 6, 20). A caridade divina tornou-o "tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo" (1 Cor 9, 22). Considerando a experiência de São Paulo, compreendemos que a atividade missionária é a resposta ao amor com que Deus nos ama. O seu amor redime-nos e impele-nos rumo à missão ad gentes; é a energia espiritual capaz de fazer crescer na família humana a harmonia, a justiça, a comunhão entre as pessoas, as raças e os povos, à qual todos aspiram (Doc. Deus Caritas est, 12).
É Deus, que é amor, quem conduz a Igreja rumo às fronteiras da humanidade e quem chama os evangelizadores a beberem "da fonte primeira e originária que é Jesus Cristo, de cujo Coração brota o amor de Deus" (Doc. Deus Caritas est 7). Somente deste manancial se podem haurir a atenção, a ternura, a compaixão, o acolhimento, a disponibilidade e o interesse pelos problemas das pessoas, assim como aquelas outras virtudes necessárias para que os mensageiros do Evangelho deixem tudo e se dediquem completa e incondicionalmente a difundir no mundo o perfume da caridade de Cristo.
Evangelizar sempre: enquanto a primeira evangelização em não poucas regiões do mundo permanece necessária e urgente, a escassez de clero e a falta de vocações afligem hoje várias Dioceses e Institutos de vida consagrada. É importante reiterar que, mesmo na presença de dificuldades crescentes, o mandato de Cristo de evangelizar todos os povos permanece uma prioridade. Nenhuma razão pode justificar uma sua diminuição ou uma sua interrupção, dado que "a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja" (EN 14). Esta missão "ainda está no começo e devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço" (RM 1). Como deixar de pensar aqui no Macedónio que, tendo aparecido em sonho a Paulo, clamava: "Vem à Macedónia e ajuda-nos"? Hoje são inúmeros aqueles que esperam o anúncio do Evangelho, aqueles que se sentem sequiosos de esperança e de amor. Quantos se deixam interpelar profundamente por este pedido de ajuda que se eleva da humanidade, abandonam tudo por Cristo e transmitem aos homens a fé e o amor por Ele! (Doc.S.Salvi, 8).
O Papa conclui sua mensagem, dizendo que somos chamados a participar na difusão do Evangelho de maneira cada vez mais relevante e que se abre para nós um areópago complexo e multifacetado a ser evangelizado: o mundo. É preciso o testemunho com a própria vida, do fato de que os cristãos "pertencem a uma sociedade nova, rumo à qual caminham e que, na sua peregrinação, é antecipada" (SS 4).
Nossa Igreja necessita de seguidores de Jesus Cristo que sejam verdadeiros missionários, pois a realidade eclesial aponta para a necessidade de evangelizadores, a fim de que a fé, trazida pelos primeiros missionários, não desapareça, mas cresça e se multiplique. A Igreja deverá fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reverter a situação atual de descrença e abandono da Igreja, para que o Continente latino-americano não perca a sua característica cristã,
que nasceu sob o signo da cruz redentora e da devoção mariana.
(G.L.B.Hackmann)
Que a celebração do Dia Missionário Mundial encoraje todos para uma renovada consciência da urgente necessidade de anunciar o Evangelho. As Pontifícias Obras Missionárias apóiam as Comunidades, de maneira especial às mais jovens. Elas constituem um válido instrumento para animar e formar missionariamente o Povo de Deus e alimentam a comunhão de pessoas e de bens entre os vários membros do Corpo místico de Cristo.
A Coleta, realizada neste Dia Missionário Mundial em todas as paróquias, é um sinal de comunhão e de solicitude recíproca entre as Igrejas. É o momento culminante da Campanha Missionária, é a ocasião da colaboração e gestos concretos de todos os católicos do mundo inteiro para com o trabalho missionário no mundo inteiro.
Fonte: Pastoral da Comunicação
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