Domingo, 4 de outubro de 2015 - 00h02
Hoje, dia de São Francisco de Assis, a Igreja inicia no Vaticano a 14ª Assembleia ordinária do Sínodo, que reforçará acima de tudo a centralidade da família na comunidade cristã (04-25/10).
Neste “Domingo das famílias”, a lógica do Reino de Deus é o amor. A Palavra de Deus nos dá o fundamento do projeto de Deus: a criação do ser humano como homem e mulher (IHU). Deus os criou para que reconheçam serem extensão um do outro e vivam na igualdade e mútua complementaridade (VP). No coração das leituras deste domingo, o matrimônio segundo o Projeto de Deus e as relações entre o homem e a mulher.
Jesus recusa ver o matrimônio a partir de permissões ou restrições legalistas (Mc 10,2-16). Ele reconduz o matrimônio ao seu sentido fundamental: aliança de amor e, como tal, abençoada por Deus e com vocação de eternidade. Ensina, tomando como referência o Gênesis, que o ser humano foi criado na diferença para o reconhecimento e igualdade: “é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2,18-24).
Diante desse princípio fundamental, marido e mulher são igualmente responsáveis por uma união que deve crescer sempre, e os dois se equiparam quanto aos direitos e deveres (BP). Devem formar uma comunidade de amor, estável e indissolúvel, que os ajude mutuamente a se realizarem e serem felizes. Esse amor, feito de doação e entrega, será para o mundo um reflexo do amor de Deus. Um casamento fiel faz parte do seguimento de Jesus!
Na semana da criança, Jesus ordena: “Deixem as crianças vir a mim. Não lhes proíbam porque o Reino de Deus pertence a elas”. São, precisamente, os pequenos e indefesos, os primeiros que terão acesso a Jesus. No reino de Deus e no grupo de Jesus, os que incomodam não são os pequenos, mas os poderosos e dominadores (Pagola). Como está nossa solidariedade com os excluídos e empobrecidos de nossas cidades?
Na Carta aos Hebreus, o testemunho daquele que nos santificou por sua fraternidade conosco, Cristo Jesus (Hb 2,9-11), manifestando a misericórdia do Pai e fazendo-se solidário com cada mulher e homem, levando-os à perfeição. Pais e filhos são chamados a expressar cotidianamente o amor trinitário, promovendo os valores do diálogo, do respeito mútuo, da igualdade e da paz.
O documento de trabalho (Instrumentum Laboris) do Sínodo, com o tema “A Vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo” sublinha a importância das famílias na sociedade e na Igreja, com uma abordagem de “misericórdia” pelas que vivem maiores dificuldades.
Durante o Encontro Mundial das Famílias, em Filadélfia, papa Francisco disse: “não posso esconder a minha preocupação pela família, que está ameaçada, talvez como nunca antes; as relações fundamentais foram postas em discussão, bem como o próprio fundamento do matrimônio e da família; posso apenas repropor a importância e, sobretudo a riqueza e a beleza da vida familiar”.
Vivemos numa cultura que impele os jovens a não formarem uma família, porque lhes faltam possibilidades para o futuro. Mas esta mesma cultura apresenta a outros tantas opções que também eles são dissuadidos de formar uma família.
O Sínodo dos Bispos é um grande organismo eclesial que trata da vida e da missão da Igreja à luz dos grandes temas do Concílio, no espirito de comunhão, participação e colegialidade dos bispos com o Papa. Participam deste Sínodo 400 pessoas, incluindo 267 padres sinodais com direito a voto e delegados de mais de 110 conferências episcopais.
Durante o Sínodo sobre a família, papa Francisco vai canonizar no dia 18 de outubro, os pais daquela que disse certa vez: “Passarei meu céu fazendo o bem sobre a terra”, Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões (01/10). Louis Martin (1823-1894) e Zélie Guérin Martin (1831-1877) foram declarados beatos pelo Papa emérito Bento XVI, no dia 19 de outubro de 2008.
A Festa de São Francisco de Assis, que faz parte da tradição de nossa Capital e de milhares de comunidades, desde a sua origem é marcada pela peregrinação, celebrações e procissão em honra do padroeiro da Ecologia. A novena teve inicio no dia 25 de setembro, reunindo na fé os devotos de São Francisco e as pastorais da arquidiocese, que refletiram o tema: “A alegria de viver o evangelho”. Ao encerrar a novena no sábado, as 18h, Pe Fontinele, pároco da Catedral reflete um tema muito caro a São Francisco: “a irmã Morte”.
E hoje, na capela da Comunidade São Francisco, missa às 06.30h presidida pelos frades capuchinhos e, às 18h procissão e missa solene na Catedral, encerrando com a tradicional quermesse (1-4/10).
Destacamos neste mês missionário as grandes celebrações daquela que faz parte da caminhada de fé do povo de Deus, com inúmeros nomes e títulos: Maria, estrela da nova evangelização; dia 07: Nossa Senhora do Rosário; dia 12, Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia e Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Você pode participar da novena em sua comunidade ou paróquia e ainda, através da TV Aparecida, às 19h.
Na Semana Nacional da Vida (01-07/10), próximo ao dia da Conceição Aparecida, a Igreja celebra o Dia do Nascituro, ou seja, aquele que está para nascer; é o que todos fomos um dia, no útero de nossa mãe, onde teve início a nossa existência. Nesse “Dia pelo direito de nascer” (08/10), a Igreja reafirma sua posição favorável à vida desde o seio materno até o seu fim natural, bem como a dignidade da mulher e a proteção das crianças.
Outubro, mês do rosário, mês das missões. As 276 dioceses e prelazias do Brasil intensificam a Campanha Missionária com o tema “Missão é servir” e o lema bíblico “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44), ambos em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2015.
A Novena Missionária, que será realizada em todas as CEBs e Grupos de Reflexão, faz parte da Campanha e retrata situações vivenciadas pelos missionários, no decorrer de sua missão de servir. No Dia Mundial das Missões, celebrado sempre no penúltimo domingo de outubro (18/10), é realizada a Coleta Missionária, em favor das comunidades eclesiais em terra de missão.
Papa Francisco, em sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões, destaca “o seguimento de Jesus, que motivou a aparição da vida consagrada na Igreja”, como a “resposta ao chamado para se tomar a cruz e segui-Lo, imitar a sua dedicação ao Pai e os seus gestos de serviço e amor, perder a vida a fim de reencontrá-la”.
Quem segue Cristo não pode deixar de tornar-se missionário, e sabe que Jesus “caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele; sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária” (EG 266).
Quem acolhe, pela graça de Deus, a missão, é chamado a viver de missão. Para tais pessoas, o anúncio de Cristo, nas múltiplas periferias do mundo, torna-se o modo de viver o seguimento d’Ele e a recompensa de tantas canseiras e privações.
Aos jovens, “que ainda são capazes de testemunhos corajosos e de empreendimentos generosos” o papa pede “não deixeis que vos roubem o sonho duma verdadeira missão, dum seguimento de Jesus que implique o dom total de si mesmo”.
Ao nos questionar: “Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evangélico”, responde: “os pobres, os humildes, os doentes, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não te podem retribuir” (Lc 14,13-14). “Não os deixemos jamais sozinhos” (EG 48).
O papa conclui sua mensagem dizendo que “a paixão do missionário é o Evangelho”. A missão dos servidores da Palavra é colocar todos, sem excluir ninguém, em relação pessoal com Cristo.
No campo missionário da Igreja, cada batizado é chamado a viver o melhor possível este seu compromisso. Sejamos uma Igreja que vive a alegria de ser missionária; uma Igreja em saída, que frutifica e cujas características são ir ao encontro dos irmãos, dos que sofrem, dos excluídos e preferidos de Deus.
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