Segunda-feira, 5 de janeiro de 2009 - 20h02
O Fórum Social Mundial acontece entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro de 2009, em Belém, Estado do Pará e tem por objetivos: a construção de um mundo de paz, justiça, ética e respeito pelas espiritualidades diversas, livre de armas, especialmente as nucleares; a libertação do mundo do domínio do capital, das multinacionais, da dominação imperialista patriarcal, colonial e neo-colonial e de sistemas desiguais de comércio, com cancelamento da dívida dos países empobrecidos; o acesso universal e sustentável aos bens comuns da humanidade e da natureza, pela preservação de nosso planeta e seus recursos, especialmente da água, das florestas e fontes renováveis de energia; a democratização e descolonização do conhecimento, da cultura e da comunicação, pela criação de um sistema compartilhado de conhecimento e saberes, com o desmantelamento dos Direitos de Propriedade Intelectual; a dignidade, diversidade, garantia da igualdade de gênero, raça, etnia, geração, orientação sexual e eliminação de todas as formas de discriminação e castas; a garantia dos direitos econômicos, sociais, humanos, culturais e ambientais, especialmente os direitos à alimentação, com garantia de segurança e soberania alimentar, saúde, educação, habitação, emprego, trabalho digno e comunicação; a construção de uma ordem mundial baseada na soberania, na autodeterminação e nos direitos dos povos, inclusive das minorias e dos migrantes; a construção de uma economia democratizada, emancipatória, sustentável e solidária, com comércio ético e justo, centrada em todos os povos; a construção e ampliação de estruturas e instituições políticas e econômicas realmente democráticas, com a participação da população nas decisões e controle dos assuntos e recursos públicos; a defesa da natureza, da Amazônia e outros ecossistemas como fonte de vida para o Planeta Terra e aos povos originários do mundo:indígenas, afro-descendentes, tribais, ribeirinhos, que exigem seus territórios, línguas, culturas, identidades, justiça ambiental, espiritualidade e bom viver.
O Fórum Social Mundial 2009 inaugura uma nova modalidade de participação de entidades, movimentos e organizações da sociedade civil que não poderão estar presentes em Belém, mas desejam expressar sua participação no processo FSM. O Conselho Internacional do FSM, reunido em Setembro em Copenhagem, aprovou um convite para a participação nas atividades de Belém Expandida. Qualquer organização, movimento, grupo ou entidade em qualquer parte do planeta poderá inscrever e realizar uma atividade na sua própria cidade ou país podendo estabelecer conexões com outras atividades do FSM 2009. Um território virtual está sendo disponibilizado para abrigar iniciativas descentralizadas e conexões com o território amazônico, promovendo a troca de experiências, a construção de convergências e o fortalecimento das alianças. Dessa forma,os momentos de interconexão entre as atividades poderão ser feitos através da Internet:em chats de texto, áudio ou videoconferências, ou utilizando outras formas de comunicação (transmissões de rádio, cartas e outros).
O Fórum Social Mundial (FSM) será precedido de um pré-fórum com o tema "Fé religiosa e defesa da vida na Amazônia", em Belém do Pará, durante os dias 24 e 27 de janeiro de 2009. Considerando o rico contexto interinstitucional da tarefa evangelizadora no Brasil e particularmente na Amazônia, assim como o caráter global do FSM, será um encontro com diversas ordens religiosas, igrejas e confissões religiosas a fim de refletir em conjunto sobre a importância da relação prática entre fé religiosa e defesa da vida; promover e estreitar os vínculos entre os participantes e entre os projetos, instituições ou organizações a que pertencem, para fortalecer programas e ações que façam operativas e visíveis as exigências da Fé fortalecendo a luta pela vida digna para todos e para Tudo na Amazônia e no mundo; marcar uma presença significativa no FSM, fazendo visível nesse evento a fecundidade da Fé que se faz vida e as exigências que a vida e sua defesa colocam para os todos os crentes. Nesse processo de interação entre fé e compromisso com um desenvolvimento integral das pessoas e das comunidades, com seus recursos naturais e sociais, a fé se vê enriquecida e as lutas são fortalecidas, abrindo-se ambas a novas dimensões.
Em Porto Velho, nesse mesmo período acontece a quarta e ultima Reunião Ampliada em preparação ao 12º. Intereclesial das CEBs, cuja realização esta programada para 21 a 25 de julho de 2009. O Intereclesial é a reunião das pessoas e comunidades na beleza e riqueza de sua diversidade humana e cultural, oriundas das diferentes regiões do País, de várias igrejas e práticas, na vivência da fé indígena, cabocla e multiracial, na igualdade, na partilha e fraternidade e visa o fortalecimento, a articulação e a comunicação das CEBs; o aprofundamrnto de sua identidade, comunhão e espiritualidade missionária e ecológica à luz da V Conferencia de Aparecida.
Recentemente Dom Bruno Forte destacou a importância de que a Igreja esteja presente no meio da aldeia global e fale de Deus tanto nas sociedades pós-modernas ocidentais, como no mundo dos pobres. Neste novo Ano que estamos iniciando, é importante captar os sinais de aurora como uma espécie de busca do sentido perdido, uma redescoberta do outro e também do "Último". A palavra da fé deve olhar nesta direção para falar da melhor forma a linguagem do tempo real; a teologia cristã deve continuar vivendo a dupla e única fidelidade, ao tempo e ao Eterno, ao presente dos homens e ao amanhã de Deus, na companhia do povo eleito pelo Senhor para ser, no meio dos povos, a Igreja do amor, a comunidade da esperança mais forte que a dor e a morte. Em tempos de crise, tudo conspira para levar os homens a não pensar mais, a fugir do esforço e da paixão pelo verdadeiro, para abandonar-se ao que se pode desfrutar imediatamente; estamos enfermos de ausência, freqüentemente carentes de esperança, porque nos falta a verdade, tornaram-nos incapazes de amar.
A novidade das profundas transformações, que acontecem também em nosso país, diferentemente do ocorrido em outras épocas, é que elas têm alcance global que, com diferenças e matizes, afetam o mundo inteiro", atingindo todas as dimensões da vida humana. Como se costuma dizer, a história se acelerou e as próprias mudanças se tornam vertiginosas, visto que se comunicam com grande velocidade a todos os cantos do planeta configurando uma mudança de época, mais que uma época de mudanças.
É o sentido que unifica toda a experiência humana. O contexto sócio-cultural contemporâneo comprova o fenômeno de uma crescente fragmentação dos referenciais de sentido e relativização dos valores, gerando critérios parciais e múltiplos na consideração das realidades da vida, nas opções religiosas e nos relacionamentos pessoais. Tornou-se difícil perceber a unidade de todos os fragmentos dispersos que nos chegam. No entanto, na medida em que nenhum desses critérios parciais consegue nos oferecer um significado adequado a toda a realidade, gera uma crise de sentido, levando as pessoas a sentirem-se frustradas, ansiosas e angustiadas pela dificuldade de poder influir nos acontecimentos.(DAEIB,13-16)
A realidade interpela-nos e exige coerência com as promessas e os imperativos do Evangelho e "um compromisso com a realidade" (DA 491). Nossa missão nessa realidade é sempre uma missão evangelizadora e se manifesta como vida nova em todas as dimensões da existência pessoal e social e no abraço a todos, especialmente aos pobres e aos que sofrem (P.Suess). Por isso, não podemos nos separar da solidariedade com os necessitados e da sua promoção humana integral" (DA 545).
Fonte: PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
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