Quinta-feira, 16 de agosto de 2012 - 06h04
Estamos no mês de agosto celebrando o dia dos Pais e iniciando a Semana Nacional da Família (12-18/8/2012), com o tema: “A Família: o trabalho e a festa”.
E como já estamos em contagem regressiva, pois falta menos de um ano para a realização da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, com jovens do mundo todo para um encontro de fé, oração e diálogo cultural entre os jovens e com o papa Bento XVI, esta semana vai unir famílias e jovens de Porto Velho para acolher os símbolos da Jornada.
A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora chegam de barco, vindos de Lábrea e Humaitá, dia 16 (5ª feira), às 16h, na Estação Madeira-Mamoré; em seguida, a Caminhada, Missa e Vigília na Catedral com a participação dos jovens, famílias, pastorais, comunidades, movimentos, associações e toda a população. São momentos de peregrinação e renovação da fé. O Show “Bote Fé” marca o encerramento no dia 18, domingo, a partir das 16h no Campo da 17ª Brigada.
É com alegria que constatamos que a Jornada Mundial da Juventude já começou em Porto Velho e nossos jovens estão cumprindo as palavras de João Paulo II, de serem “sentinelas do amanhã”, levando os símbolos da Jornada em peregrinação, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora.
A Cruz da Jornada Mundial da Juventude foi entregue aos jovens pelo papa João Paulo II, em 1984, para que a levassem a todo o mundo, em cada local e em cada tempo, atravessando gerações, fronteiras e limites geográficos, políticos e de fé, proporcionando a muitos jovens um encontro pessoal com Cristo.
Ao entregá-la aos jovens, o papa pronunciou estas palavras: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.
A Cruz é sempre um indicativo de Jesus Cristo para convocar os jovens a se encontrarem com Cristo. O jovem é a igreja hoje e a renovação das forças para a igreja do amanhã, além da alegria que a juventude tem e que a igreja precisa.
O Ícone de Nossa Senhora indica a presença materna da Mãe de Jesus junto aos seguidores de Cristo. Onde está Jesus, está a sua mãe. Onde Está a Igreja, que é a comunidade dos discípulos, ali está a mãe do Senhor, a mãe dos discípulos.
Semana da Família
A 1ª Semana Nacional da Família foi realizada em 1992, e todos os anos traz um tema que defende os valores familiares e cristãos. Trata-se de um evento extraordinário que mobiliza a Pastoral Familiar, e outros movimentos e grupos de famílias de todo Brasil.
O tema deste ano está em sintonia com as reflexões do 7º Encontro Mundial das Famílias com o papa, em Milão (30/05 a 03/06/2012), e visar contribuir para que cada família viva melhor a relação com o trabalho, sem ser absorvida e estraçalhada, pelas necessidades e exigências do mundo do trabalho. Está ainda em sintonia com o tema do 2º Simpósio da Família e da 4ª Peregrinação Nacional das Famílias, ambos realizados em Aparecida, de 28 a 29 de abril. E, também, com a 4ª Peregrinação de nossas famílias ao Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora Aparecida, de Porto Velho, no dia 29 de abril deste ano.
“A Família: o trabalho e a festa”: o tema põe em relação o casal, um homem e uma mulher, com os seus estilos de vida: o modo de viver as relações (a família), de habitar o mundo (trabalho) e de humanizar o tempo (festa). São três valores interligados entre si: a família, o trabalho, a festa; são três dimensões humanas: só o ser humano constitui família, só o ser humano trabalha e promove a festa. São três dons, três dimensões complementares que se justificam e iluminam mutuamente.
O trabalho e a festa são modos no qual a família habita no espaço social e vive no tempo humano. A 1ª reflexão se baseia no modo de viver em casa, pois, as casas são espaços de acolhimento, lugares onde é construída uma profunda unidade entre o casal e seus filhos. A 2ª reflexão aborda a vida cotidiana a partir do trabalho, que não pode ser somente meio de sustento econômico, mas deve se tornar um lugar de identidade pessoal e de relação social.
A 3ª Reflexão trata dos diferentes modos das famílias festejarem, lembrando que no contexto atual muitos deixaram de ver o domingo como tempo de festa. As famílias precisam colocar no seu jeito de viver, o sentido da festa, vendo no domingo também um momento para o encontro da comunidade.
À luz da revelação, o mistério de Deus também se apresenta como família. A família humana é reflexo da comunhão trinitária divina e expressa humanamente, o mistério de Deus. Partindo da experiência da família humana, dizemos que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
A Família e o segredo de Nazaré: Jesus pede que a família seja lugar que acolhe e gera a vida em plenitude. A família torna-se capaz de “gerar” quando faz circular os dons recebidos, quando conserva o ritmo da existência cotidiana entre trabalho e festa, entre afeto e caridade, entre compromisso e gratuidade.
A Família gera a vida: No casal existe admiração, acolhimento, dedicação, aliança e gratidão pelas obras maravilhosas de Deus. E deste modo ela torna-se terreno fértil onde a vida humana é semeada, germina e vem à luz. Acolhendo tanto um como o outro, o casal humano realiza o seu destino ao serviço da criação e, tornando-se cada vez mais semelhante ao seu Criador, percorre o caminho rumo à santidade.
A Família vive a provação: É pedido para aquelas famílias que sofrem pressões e provações, um empenho pastoral mais generoso, inteligente e prudente, a exemplo do Bom Pastor.
A Família anima a sociedade: Muitas famílias abrem a porta de casa à hospitalidade, cuidam da pobreza do próximo, ou simplesmente, batem à porta ao lado, para perguntar se há necessidade de algo. Ela oferece como dom à sociedade o precioso fruto do amor gratuito que se reveste de docilidade, de bondade, de serviço, de abnegação e de estima recíproca.
O trabalho e a festa na Família: Criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26) o homem, como Deus, trabalha e descansa. O tempo tranquilo do descanso e jubiloso da festa é também o espaço para dar graças a Deus, criador e salvador. É urgente lembrar que o dia do Senhor é também o dia de repouso do trabalho. É no dia consagrado a Deus que o homem compreende o sentido da sua existência e também do trabalho (CDSI 258; SCa 74).
O trabalho, recurso para a Família: O trabalho constitui o fundamento sobre o qual se edifica a vida familiar, que é um direito fundamental e uma vocação do homem.
O trabalho, desafio para a Família: Às vezes os pais excedem ao evitar qualquer dificuldade aos filhos. Eles não devem esquecer que a família é a primeira escola de trabalho, onde se aprende a ser responsável por si mesmo e pelos outros, pelo ambiente comum de vida. A vida familiar, com as suas incumbências domésticas, fortalece a vontade em vista do bem-estar comum.
A Festa, tempo para a Família: O encontro com Deus e com o outro é o centro da festa. A mesa dominical, em casa e com a comunidade, é diferente daquela de todos os dias: a de cada dia serve para sobreviver, mas a do domingo serve para viver a alegria do encontro.
A Festa, tempo para o Senhor:O domingo nasce como “memória” semanal da ressurreição de Jesus, celebra a “presença” real do Senhor ressuscitado, cumpre a “promessa” da sua vinda gloriosa. Para experimentar a “presença” do Senhor ressuscitado, a família deve deixar-se iluminar pela eucaristia dominical.
A Festa, tempo para a Comunidade: A festa e o domingo constituem o momento para renovar a vida eclesial, de tal modo que a comunidade dos fiéis assuma o clima da vida familiar, e a família se abra à comunhão eclesial.
Na paróquia as famílias, que são “igreja doméstica”, fazem com que a comunidade paroquial seja uma igreja no meio das casas do povo. A vida cotidiana, com o ritmo de trabalho e de festa, permite ao mundo entrar na casa, abrindo a casa ao mundo.
Fonte: Arquidiocese
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