Domingo, 7 de outubro de 2012 - 09h59
O mês de outubro traz novos significados e chances de mudança. Para os eleitores/as que hoje estão cumprindo seu dever de cidadão e fazendo uso do seu voto livre e limpo em vista da promoção do bem comum (GS 75), passadas as eleições, deverão acompanhar a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha.
Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.
A campanha do Voto Limpo promovida pelo TSE deu um passo importante porque prima pela consciência na escolha dos candidatos baseado na vida pregressa (história de vida) dos candidatos e na análise da viabilidade das propostas por eles apresentados. Ao lançar a campanha “Voto Consciente – Eleições 2012”, a CNBB se somou ao TSE nessa tarefa de conclamar os eleitores ao cumprimento de seu direito-dever de votar bem e, assim, contribuir para o fortalecimento da democracia brasileira.
Neste domingo, na celebração eucarística, somos chamados a ser solidários como Jesus, que não se envergonha de chamar-nos “irmãos”, colocando no centro de nossas atenções os empobrecidos e marginalizados, amigos e preferidos de Jesus Cristo.
Estamos encerrando a Semana Nacional da Vida (1-7/10/2012) com o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”. O tema está em sintonia com a CF 2012 e corresponde a uma das 5 urgências da ação pastoral no Brasil: “Igreja ao serviço da vida plena para todos”. O dia 08 de outubro é consagrado à defesa da vida, à defesa do nascituro, aquela criança que está no útero materno e vai nascer.
O papa Bento XVI preside hoje a abertura da 13ª. Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em Roma. Aproximadamente 170 bispos do mundo inteiro, representantes do clero, religiosos, leigos, assessores e peritos estudarão até dia 28 de outubro o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
Tanto a abertura do Ano da Fé (11 de outubro) e o Sínodo dos Bispos sobre o tema da Nova Evangelização convergem em reafirmar a vontade da Igreja de se empenhar com mais coragem e ardor missionário para que o Evangelho chegue a todos, sem distinção.
Estamos no mês missionário e a Campanha das Missões Mundiais tem como tema em 2012: “Eles precisam de Cristo, a paz que liberta”. O profeta Miquéias anunciava a paz através da vinda do Messias, esperança de Israel, em uma época muito difícil para aquela população. Assim como os povos daquela época, hoje as nações ainda precisam da paz que liberta! Aqui no Brasil, o tema do mês missionário é “Brasil Missionário, Partilha a tua Fé”.
Em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, o papa citando o documento do Ano da Fé “Porta Fidei”(6) lembra-nos que somos “chamados a fazer brilhar a Palavra de verdade” e Cristo “hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra” (7). E faz um apelo, para que “retomemos o mesmo ímpeto apostólico das primeiras comunidades cristãs, que, pequenas e indefesas, foram capazes, com o anúncio e o testemunho, de difundir o Evangelho em todo o mundo até então conhecido”.
No próximo dia 11, véspera da Festa da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida e do dia das Crianças, vamos celebrar 50 anos da inauguração oficial do Concílio Vaticano II. No dia 11 de outubro de 1962, para o papa João XXIII, em seu discurso de abertura conciliar, “todos os Concílios celebrados na história, testemunham claramente a vitalidade da Igreja Católica e constituem pontos luminosos da sua história”.
“A Igreja, disse ele na ocasião, iluminada pela luz deste Concílio, como esperamos confiadamente, engrandecerá em riquezas espirituais e, recebendo a força de novas energias, olhará intrépida para o futuro”.
“No presente momento histórico, a Providência está nos levando para uma nova ordem de relações humanas, que, por obra dos homens e o mais das vezes para além do que eles esperam se dirigem para o cumprimento de desígnios superiores e inesperados; e tudo, mesmo as adversidades humanas, dispõe para o bem maior da Igreja”.
E quanto ao objetivo do Concilio, o papa esclareceu de forma categórica:
“A finalidade principal deste Concílio não é, portanto, a discussão de um ou outro tema da doutrina fundamental da Igreja, repetindo e proclamando o ensino dos Padres e dos Teólogos antigos e modernos, que se supõe sempre bem presente e familiar ao nosso espírito”.
“Para isto, não havia necessidade de um Concílio. Mas da renovada, serena e tranquila adesão a todo o ensino da Igreja...” o espírito cristão, católico e apostólico do mundo inteiro espera um progresso na penetração doutrinal e na formação das consciências; é necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo.
E em suas palavras conclusivas, ouvimos: “o Concílio Ecumênico Vaticano II se propõe, ao mesmo tempo em que une as melhores energias da Igreja e se empenha por fazer acolher pelos homens mais favoravelmente o anúncio da salvação, como que prepara e consolida o caminho para aquela unidade do gênero humano, que se requer como fundamento necessário para que a cidade terrestre se conforme à semelhança da celeste “na qual reina a verdade, é lei a caridade, e a extensão é a eternidade” (S.Agostinho).
“O Concílio, que agora começa, surge na Igreja como dia que promete a luz mais brilhante. Estamos apenas na aurora: mas já o primeiro anúncio do dia que nasce de quanta suavidade não enche o nosso coração! Aqui tudo respira santidade, tudo leva a exultar! Contemplemos as estrelas, que aumentam com seu brilho a majestade deste templo; aquelas estrelas, segundo o testemunho do Apóstolo são João (Ap 1, 20) sois vós mesmos; e convosco vemos brilhar aqueles candelabros dourados à volta do sepulcro do Príncipe dos Apóstolos, isto é, as igrejas a vós confiadas (Ap 1, 20). Pode dizer-se que o céu e a terra se unem na celebração do Concílio: os santos do céu, para proteger o nosso trabalho; os fiéis da terra, continuando a rezar a Deus; e vós, fiéis às inspirações do Espírito Santo, para procurardes que o trabalho comum corresponda às esperanças e às necessidades dos vários povos (Joao XXIII).
Os 16 Documentos foram preparados por especialistas, enriquecidos pelos Padres Conciliares e após aprovação dos Bispos, apresentados ao Papa Paulo VI, que os promulgou com a fórmula: “nós, juntamente com os veneráveis Padres e o Espírito Santo, os aprovamos, decretamos e estatuímos”. Testemunhou-se assim, em pleno século XX, a experiência da Assembleia Apostólica de Jerusalém, no final da qual os Apóstolos divulgaram suas conclusões com esta declaração: “Decidimos, o Espírito Santo e nós...” (At 15,28).
A Igreja no Brasil, com o seu Plano de Pastoral de Conjunto (1966-1970), aprovado pela CNBB nos últimos dias do Concílio, acolheu com entusiasmo as decisões conciliares. Com as outras Igrejas Particulares da América-Latina abriu caminhos para uma recepção fiel e criativa do Concílio, nas Conferências Continentais do Episcopado: Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida.
Os frutos desse Concílio manifestam-se nos mais diversos âmbitos da vida eclesial: na compreensão da Igreja como povo de Deus, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo; na abertura aos desafios do mundo atual, partilhando suas alegrias, tristezas e esperanças; na colegialidade dos Bispos; na renovação da liturgia; no conhecimento e na acolhida da Palavra de Deus; no dinamismo missionário e ministerial das comunidades; no diálogo ecumênico e inter-religioso...
A Igreja convida-nos a redescobrir a riqueza do Concílio Vaticano II e a avaliar seus frutos ao longo desses 50 anos pós-conciliares. Possa esta celebração do cinquentenário conciliar e a volta aos seus documentos nos levar ao discernimento sobre o que o Espírito Santo continua a dizer à Igreja, as nossas comunidades e à humanidade nas circunstâncias atuais.
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