Assim como a oficialização e ampliação do Decreto 8243/2014, assinado pela presidência, que institui a Política Nacional de Participação Social e o Sistema Nacional de Participação Social, a criação de outros mecanismos de participação social estão causando desconforto numa parcela do cenário político brasileiro.
A 2ª edição da cartilha sobre o Projeto de Lei de Iniciativa Popular de Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, intitulada “Por um sistema político identificado com as reivindicações do povo”, de responsabilidade da Coalização Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, formado por um conjunto de forças institucionais (CNBB, OAB e outras), vem fortalecer os esforços na Coleta de assinaturas em prol da aprovação do Projeto de Reforma política proposto como Lei de iniciativa popular.
O texto da reforma política propõe, principalmente, o afastamento do poder econômico das eleições, proibindo a doação de empresas para os partidos e para os seus candidatos; a necessidade de reformular o sistema político, incluindo a questão de gênero; a regulamentação do artigo 14 da Constituição, em favor da democracia direta; o estímulo à participação dos grupos sociais minoritários; a melhoria do sistema político partidário, aumentando a participação de militantes e filiados em torno de um programa político, além da fidelidade partidária programática.
Uma parte significativa da população brasileira tem uma visão mais ampla dos grandes problemas do país e anseia por reformas políticas.
As eleições deste ano tem um significado especial. Pessoas que já tiveram condenação judicial em 2ª instância foram impedidas de se apresentarem como candidatas. Esse fato, resultado da chamada “Lei da Ficha Limpa” (Lei 135/210) é fruto da mobilização e participação política dos brasileiros que, no exercício de sua cidadania, fizeram valer seu desejo de não serem representados por quem não encarne os valores da ética e do compromisso com a sociedade. Essa lei criou a possibilidade de uma efetiva renovação, já que vários políticos, acostumados a usar cargos eletivos como profissão e a se beneficiarem do exercício de suas funções para proveito próprio e não como serviço ao público, foram forçados a deixar a disputa eleitoral. Esta é uma importante conquista para a democracia brasileira (Mens.CNBB).
Na liturgia de hoje, Jesus, para nos instruir sobre nossas próprias escolhas, conta-nos a parábola dos dois filhos que mudaram de atitude (Mt 21,28-32). Deus nos fez livres. A salvação que ele nos oferece é puro dom. Cabe-nos responder “sim” ou “não” a esse convite. O livre-arbítrio possibilita ao ser humano acolher em sua vida o bom ou o mau caminho. Há sempre a possibilidade de mudar de rumo (VP).
O profeta Ezequiel fala da conversão à Palavra (Ez 18,25-28), pois “é a vossa Palavra, Senhor, que nós dá vida” (Antífona da Comunhão). Hoje, DIA DA BÍBLIA, proclamamos com o salmo 24/25: Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, ensinai-me as vossas veredas. Guiai-me na vossa verdade!
O Apóstolo Paulo recorda aos Filipenses a dinâmica interior que deve prevalecer em cada cristão e na própria comunidade: ter o mesmo sentimento que havia em Cristo Jesus (Fl 2,1-11). Jesus é, por excelência, fiel a Deus. Nessa fidelidade, conduz sua vida até às últimas consequências na cruz. Assumindo radicalmente a humanidade, esvaziou-se a si mesmo, esvaziou-se de toda vanglória para anunciar o Reino que é acolhido por quem se esforça em viver como Cristo.
Na Exortação Apostólica Verbum Domini, sobre “a Palavra de Deus na vida e missão da Igreja”, encontramos fortes motivações para viver o caminho segundo a Palavra de Deus e anunciar Cristo que é a Verdade e a Vida:
Nunca devemos esquecer que, na base de toda a espiritualidade cristã autêntica e viva, está a Palavra de Deus anunciada, acolhida, celebrada e meditada na Igreja.
A intensificação do relacionamento com a Palavra divina acontecerá com tanto maior decisão quanto mais cientes estivermos de nos encontrar, quer na Escritura quer na Tradição viva da Igreja, em presença da Palavra definitiva de Deus sobre o universo e a história.
Como nos leva a contemplar o Prólogo do Evangelho de João, todo o ser está sob o signo da Palavra. O Verbo sai do Pai e vem habitar entre os Seus e regressa ao seio do Pai para levar consigo toda a criação que n’Ele e para Ele fora criada. Agora a Igreja vive a sua missão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc 16, 15).
Vivemos um tempo de uma nova escuta da Palavra de Deus e de uma nova evangelização. É que descobrir a centralidade da Palavra de Deus na vida cristã nos faz encontrar o sentido mais profundo da missão e empreender com todas as forças a nova evangelização. É o Espírito Santo que desperta em nós fome e sede da Palavra de Deus e nos torne zelosos anunciadores e testemunhas do Evangelho.
À imitação do grande Apóstolo das Nações, que ficou transformado depois de ter ouvido a voz do Senhor (At 9,1-30), escutemos também nós a Palavra divina que não cessa de nos interpelar pessoalmente aqui e agora. O Espírito Santo reservou para Si Paulo e Barnabé para a pregação e a difusão da Boa Nova (cf 13,2). Também hoje de igual modo o Espírito Santo não cessa de chamar ouvintes e anunciadores convictos e persuasivos da Palavra do Senhor.
Quanto mais soubermos nos colocar à disposição da Palavra divina, tanto mais poderemos constatar como o mistério do Pentecostes se realiza ainda hoje na Igreja de Deus. O Espírito do Senhor continua a derramar os seus dons sobre a Igreja, para que sejamos guiados para a verdade total, desvendando-nos o sentido das Escrituras e tornando-nos anunciadores credíveis da Palavra de salvação.
Na Palavra de Deus, também nós escutámos, vimos e tocamos o Verbo da vida. Por graça, acolhemos o anúncio de que a vida eterna se manifestou, de modo que agora reconhecemos que estamos em comunhão uns com os outros, com quem nos precedeu no sinal da fé e com todos aqueles que, espalhados pelo mundo, escutam a Palavra, celebram a Eucaristia, vivem o testemunho da caridade. Recebemos a comunicação deste anúncio – recorda-nos o apóstolo João – para que “a nossa alegria seja completa” (1 Jo 1,4).
Portanto, o anúncio da Palavra cria comunhão e gera a alegria. Trata-se de uma alegria profunda que brota do próprio coração da vida trinitária e nos é comunicada no Filho. Trata-se da alegria como dom inefável que o mundo não pode dar. Podem-se organizar festas, mas não a alegria. A alegria é fruto do Espírito Santo (Gl 5,22), que nos permite entrar na Palavra e fazer com que a Palavra divina entre em nós e frutifique para a vida eterna.
Anunciando a Palavra de Deus na força do Espírito Santo, queremos comunicar também a fonte da verdadeira alegria, não uma alegria superficial e efêmera, mas aquela que brota da certeza de que só o Senhor Jesus tem palavras de vida eterna (Jo 6,68;VD 121-123).
Para o papa Francisco, a Palavra possui, em si mesma, uma tal potencialidade, que não a podemos prever. O Evangelho fala da semente que, uma vez lançada à terra, cresce por si mesma, inclusive quando o agricultor dorme (Mc 4,26-29). A Igreja deve aceitar esta liberdade incontrolável da Palavra, que é eficaz a seu modo e sob formas tão variadas que muitas vezes nos escapam, superando as nossas previsões e quebrando os nossos esquemas.
A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2,10). O Apocalipse fala de “uma Boa-Nova de valor eterno para anunciar aos habitantes da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos” (Ap 14, 6; EG 22-23).