Domingo, 28 de maio de 2017 - 09h55
No Dia Mundial das Comunicações Sociais somos convidados a desenvolver “uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade”.
A mensagem do papa Francisco para este dia destaca a necessidade, neste tempo de incertezas, de esperança e confiança; a necessidade de ultrapassarmos “o sentimento de resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível por limites ao mal”.
Num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção e, por conseguinte não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero.
A todos, mas, principalmente aos profissionais da comunicação, a mensagem sugere “um estilo comunicador aberto e criativo, que não se prontifique a conceder papel de protagonista ao mal, mas evidencie as possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia”.
Nos últimos anos, as forças políticas conservadoras desenvolveram uma decidida campanha para retomar o poder no Brasil a qualquer preço. Frustrados em seus intentos, aliaram-se aos maiores grupos de Mídia para, sob a bandeira do combate à corrupção, alimentar uma indústria de denúncias de corrupção, noticiadas quase diariamente com alarde monumental. Os patrocinadores do golpe levaram ao Executivo e ao Congresso uma pauta de retrocessos. A criminalização de movimentos e organizações sociais, em especial os que trabalham com a demarcação de terras para povos indígenas, como é o caso da CPI da FUNAI/INCRA, indicam que há claro interesse em promover uma limpeza de território para garantir o interesse de ruralistas (CONIC).
Nesta Declaração do Conselho Nacional das Igrejas Cristã (CONIC) sobre o atual momento político do Brasil (19/05/2017) a afirmação que “essas reformas constituem um retrocesso e não são medidas que modernizam a economia; tomaram o poder prometendo combater a corrupção; esta, todavia, dominou o novo governo”.
Para o CONIC as revelações do último dia 17 de maio que vieram a público e que envolvem o presidente em exercício e lideranças de seu governo praticando atos de corrupção no exercício do cargo, são as provas de que falta a esse governo a legitimidade para conduzir os destinos da nação, especialmente, quando se discutem propostas que afetam a vida de toda a população nos próximos 50 anos.
Diante desse quadro complexo, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil vem a público exigir: o fim da repressão aos movimentos sociais, às manifestações populares; a imediata suspensão da votação das reformas em andamento no Congresso; a realização de eleições diretas para a Presidência da República e para as duas casas do Legislativo federal, com vistas a restaurar a legitimidade da representação popular.
Conclamamos as igrejas-membros do CONIC e a todas as pessoas cristãs que se coloquem em oração de intercessão pelo Brasil e, também, em atitude de resistência profética em favor da democracia, que garanta o acesso universal à saúde, à educação, à previdência social e ao emprego.
Queremos uma democracia que garanta a distribuição de riquezas, garantia de direitos aos povos indígenas, taxação sobre grandes fortunas e que nos permita sonhar por novo céu e nova terra. Nenhum direito a menos! “É o amor de Cristo que nos move” (www.conic.org.br).
Hoje celebramos a Solenidade da Ascensão de Jesus e é no contexto desta Festa que o papa Francisco conclui a sua Mensagem: A esperança fundada na boa notícia que é Jesus nos faz erguer os olhos e nos impele a contemplá-Lo no quadro litúrgico da Festa da Ascensão. Em Cristo, que eleva a nossa humanidade até ao Céu, cada homem e cada mulher consegue ter plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus. Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade (Hb 10,19-20). Através da força do Espírito Santo, podemos ser testemunhas e comunicadores duma humanidade nova, redimida, até aos confins da terra (At 1,7-8).
Quem, com fé, se deixa guiar pelo Espírito Santo, torna-se capaz de discernir em cada evento o que acontece entre Deus e a humanidade, reconhecendo como Ele mesmo, no cenário dramático deste mundo, esteja compondo a trama duma história de salvação. O fio, com que se tece esta história sagrada, é a esperança, e o seu tecedor só pode ser o Espírito Consolador.
Também hoje é o Espírito que semeia em nós o desejo do Reino, através de muitos canais vivos, através das pessoas que se deixam conduzir pela Boa Notícia no meio do drama da história, tornando-se como que faróis na escuridão deste mundo, que iluminam a rota e abrem novas sendas de confiança e esperança.
A Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC), que começa hoje (28/05 a 04/06), tem como tema (inspirado na Evangelii Gaudium) “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos move - Celebração do 500° Aniversário da Reforma”, e por finalidade conclamar cristãos de todas as denominações à comunhão e unidade.
Promovida mundialmente pelo Conselho Pontifício para Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a Semana acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios: no hemisfério norte, o período para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é de 18 a 25 de janeiro.
O Texto Base e os subsídios foram preparados pela Comissão Ecumênica Alemã, país considerado um dos berços da Reforma, que definiu dois destaques: uma celebração do amor e da graça de Deus, a “justificação da humanidade somente pela graça”, refletindo a ideia principal das Igrejas marcadas pela Reforma e o reconhecimento da dor das subsequentes e profundas divisões que afligiram a Igreja, assumindo abertamente as culpas e ofertando oportunidades para dar passos na direção da reconciliação.
No Brasil, o texto e subsídios foram adaptados pelo Regional do CONIC no Rio Grande do Sul. Grandes Celebrações conjuntas estão programadas para esta semana em todas as Regiões do país, assim como, momentos penitenciais, de louvor e preces ecumênicas; as ofertas simbolizam o comprometimento das pessoas com o ecumenismo e é uma forma concreta de mostrar que cremos na unidade dos cristãos, contribuindo pelo trabalho do Conselho Nacional dos Cristãos.
Estamos encerrando o mês mariano preparando-nos para a Festa de Pentecostes. A vinda do Espírito Santo sobre os discípulos é o cumprimento da promessa de Jesus: “Recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8).
Participando do encerramento da Visita Jubilar de Nossa Senhora Aparecida na Estrada de Ferro Madeira Mamoré (24/05), percebemos o grande amor do povo de Rondônia a Nossa Senhora e a acolhida das CEBs à Maria, Mãe de Jesus.
Esta imagem nos aproxima do centro da vida de tantos irmãos nossos. Vejo rostos de pessoas que desde muito cedo até um considerável início da noite saem para ganhar a vida. E o que mais dói é ver que saem para enfrentar a inclemência gerada por um dos pecados mais graves que, hoje, açoita o nosso Continente: a corrupção, essa corrupção que arrasa vidas, submergindo-as na mais extrema pobreza. Corrupção que destrói populações inteiras, submetendo-as à precariedade. Corrupção que, como um câncer, vai corroendo a vida cotidiana de nosso povo(Carta do Papa aos Bispos reunidos na 36ª Assembleia do CELAM; El Savador, 09 a 12/05).
Destacando a importância da presença de Nossa Senhora Aparecida na vida das comunidades e do continente latino-americano, conclui: Isto ajudará a revelar a dimensão misericordiosa da maternidade da Igreja que, a exemplo de Aparecida, está entre os “rios e a lama da história”, acompanhando e animando a esperança para que cada pessoa, ali onde está, possa se sentir em casa, possa se sentir filho amado, buscado e esperado. Na medida em que nos envolvemos com a vida de nosso povo fiel e sentimos a profundidade de suas feridas, podemos olhar sem “filtros clericais” o rosto de Cristo, ir a seu Evangelho para rezar, pensar, discernir e nos deixar transformar, a partir de Seu rosto, em pastores de esperança.
Pentecostes: Comunidades de rosto humano!
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