Sábado, 15 de novembro de 2014 - 19h44
O mês de novembro é um convite para avaliar a nossa caminhada de fé e verificar que rumo estamos dando à nossa vida.
Diante de nós o desafio de revitalizar nosso modo de ser católico e nossas opções pessoais pelo Senhor, para que a fé cristã se estabeleça mais profundamente no coração das pessoas. O documento de Aparecida considera a nossa opção uma escolha entre caminhos que conduzem à vida ou caminhos que conduzem à morte (Dt 30,15).
Caminhos de morte são os que levam a dilapidar os bens que recebemos de Deus através daqueles que nos precederam na fé. São caminhos que traçam uma cultura sem Deus, animada pelos ídolos do poder, da riqueza, a qual termina sendo uma cultura contra o ser humano e contra o bem dos povos. Os caminhos de vida plena para todos, caminhos de vida eterna, são aqueles abertos pela fé que conduzem à plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina, também se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural. Essa é a vida que Deus nos participa por seu amor gratuito, porque é o amor que dá a vida (DAp 13).
A liturgia pede-nos que sejamos cada vez mais vigilantes e comprometidos com o projeto do Reino de Deus, dedicando-lhe o nosso serviço, dons e talentos (Mt 25,14-30). A proposta de Jesus é de inclusão de todos no seu Reino, e, para isso, ele conta com o empenho dos seus seguidores (VP).
Somos chamados a viver a fidelidade e a vigilância e contribuir para a construção de um mundo de fraternidade e justiça. Paulo Apóstolo fala de nossa responsabilidade no seguimento de Jesus: “Portanto não durmamos, mas sejamos vigilantes e sóbrios” (1Ts 5,1-6), tendo uma vida pautada no temor ao Senhor e utilizando sabiamente o tempo (Pr 31,10-13.19-20.30-31).
Um cristão que recebe o dom da fé no Batismo, mas não leva adiante este dom na estrada do trabalho, se transforma num cristão sem força, infecundo, considerou o papa Francisco nestes dias. É uma vida desperdiçada. O caminho contrário ao caminho de Deus é uma insensatez, conduz longe da vida. Destrói qualquer fraternidade humana.
O que faço neste pequeno planeta que me é concedido viver junto com os outros e com a inteira comunidade terrenal? questiona-nos Leonardo Boff. O que realmente vale é ser um ouvinte da Palavra essencial que, em cada tempo e em cada espaço, se faz ouvir. E aí há que ser inteiro como a raiz que mergulha no solo escuro, mas fecundo da realidade para tirar a seiva necessária para a vida e seu sentido, tão ameaçada pelos absurdos de toda ordem.
Nessa trajetória, somos, segundo o teólogo Rahner, ontologicamente sempre abertos ao Infinito e ouvintes permanentes da Palavra. Ser cristão, portanto, não é uma carga, mas um dom (DAp 23). Voltando nosso olhar para a realidade de nossa gente “com seus valores, suas limitações, suas angústias e esperanças”, sofremos e nos alegramos, permanecemos no amor de Cristo, vendo nosso mundo e procurando discernir seus caminhos com alegre esperança e gratidão (DAp 22).
No próximo domingo celebraremos a solenidade de Cristo, Rei do Universo, o Dia Nacional dos Leigos, encerramento do ano litúrgico e inicio da Campanha para a Evangelização.
A juventude de Porto Velho celebra hoje o Dia Nacional da Juventude (DNJ) com o tema “Feitos para sermos livres, não escravos” e o lema “Eis o que diz o Senhor: Praticai o direito e a justiça, e livrai o oprimido das mãos do opressor” (Jr 22,3a). Esta celebração já aconteceu no Regional Ariquemes (19/10) com a expressiva participação da juventude dos municípios vizinhos.
O Auditório da Catedral começa a receber os jovens a partir das 14h, para este momento forte de celebração, música, depoimentos, palestras sobre a temática, apresentações culturais. Participe com sua família!
O Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas (23/11) está sendo preparado mediante encontros de reflexão, celebrações e confraternização nas paróquias e comunidades. O subsídio, elaborado pelas equipes da Comissão do Laicato e Conselho dos Leigos, tem como referência o doc. Estudos da CNBB, 107: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade, Sal da Terra e Luz do Mundo”.
A Igreja se alegra com todos os que assumem a sua vocação batismal e a dimensão eclesial da própria fé no exercício de um ministério eclesial e na presença transformadora e santificadora no mundo. Todo cristão é chamado a ser um autêntico sujeito eclesial (DAp 497), na medida em que exerce com consciência, clareza e autonomia sua missão na Igreja e no Mundo, sendo testemunha fiel de Cristo, vivendo sua fé em seu trabalho profissional, nas variadas formas de serviços, pastorais, movimentos, associações e comunidades.
O Concílio Vaticano II resgatou o papel fundamental dos leigos, “incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos povo de Deus e, a seu modo, feitos partícipes do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, que exercem sua parte na missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (LG 31).
O papa João Paulo II escreveu na Exortação Apostólica Christifideles Laici: Trilhando os caminhos do Concilio e abrindo-se à luz das experiências pessoais e comunitárias de toda a Igreja, os padres sinodais, enriquecidos por sínodos precedentes, abordaram de forma específica e ampla o tema: a vocação e a missão dos leigos na Igreja e no mundo. De olhos postos no pós-Concílio, puderam constatar como o Espírito tem continuado a rejuvenescer a Igreja, suscitando novas energias de santidade e de participação em tantos fiéis leigos. Prova-o, entre outras coisas, o novo estilo de colaboração entre os sacerdotes, religiosos e leigos; a participação ativa na liturgia, no anúncio da Palavra de Deus e na catequese; a multiplicidade de serviços e de tarefas confiadas aos fiéis leigos e por eles assumidas; o radioso florescimento de grupos, associações e movimentos de espiritualidade e de empenho laicais; a participação cada vez maior e significativa das mulheres na vida da Igreja, e o progresso da sociedade.
Em 1970, em sua 11ª Assembleia Gera, com o tema sobre os leigos, a CNBB propôs a criação de um Organismo que representasse e articulasse o laicato do Brasil. Em 1975, o Papa Paulo VI lançou a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, na qual retoma e amplia o ensinamento sobre o Laicato: “O campo próprio dos leigos é o mesmo mundo vasto e complicado da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos meios de comunicação e, ainda, outras realidades abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento”(70).
O Conselho Nacional de Leigos, como Organismo de comunhão, foi criado pela CNBB em 1976. O Sínodo de 1987 teve como tema: “Vocação e Missão dos Fiéis Leigos na Igreja e no Mundo”. Em 1992, a Conferência de Santo Domingo (CELAM), retomou o tema, aprofundou e definiu: “Que todos os leigos sejam protagonistas da nova evangelização, da promoção humana e da cultura cristã. É necessário a constante promoção do laicato, livre de todo clericalismo e sem redução ao intra-eclesial” (DSD 97).
Os Encontros nacionais de Movimentos e Associações Laicais e Novas Comunidades têm demonstrado a potencialidade e a força do Laicato no Brasil, na medida em que se articula, se organiza, recebe formação, aprofunda na espiritualidade, assume a vocação e a missão na Igreja e no mundo.
Para Aparecida, os fiéis leigos são homens e mulheres da Igreja no coração do mundo, e do mundo no coração da Igreja. Sua missão própria e específica se realiza no mundo, de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade, contribuam para a transformação das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho (DAp 209-210).
Possam nossos leigos, presentes nas comunidades, responder com entusiasmo o chamado “a evidenciar a missão da Igreja no mundo e viver sua vocação de procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus e, assim, contribuir para a santificação do mundo(doc CNBB 62,99). Reino de Deus que se realiza no mundo: “A vinha é o mundo inteiro (Mt 13,8), que deve ser transformado segundo o plano de Deus em ordem ao advento definitivo do Reino de Deus” (CFL, Intr). E, diante da variedade dos carismas e dos modos de vivenciá-los, possamos viver como admoesta Santo Agostinho: “No essencial, unidade; no acidental, liberdade; em tudo, caridade”!
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