Sexta-feira, 7 de agosto de 2009 - 20h50
Nosso mês Vocacional foi marcado pelo falecimento de Padre Alexandre na celebração do Dia do Padre, 04 de agosto, festa de São João Maria Vianney,o Santo Cura d’Ars. Amigo de todos, Pe. Alexandre nos foi dado segundo o coração de Deus (Jer 3, 15); durante os 68 anos de seu sacerdócio acolheu e indicou o caminho da fé; somos testemunhas de sua pertença e dedicação à Igreja Particular de Porto Velho por mais de quatro décadas, sobretudo de seu espírito missionário, verdadeiro filho de Dom Bosco.
Hoje, Dia dos Pais, estamos iniciando a 13ª Semana Nacional da Família com o tema: “Família, Igreja Doméstica, Caminho para o Discipulado”. Com esta iniciativa queremos manifestar nosso apreço à família, nossa determinação em promovê-la e defendê-la das agressões e ameaças a que tem sido exposta pelas profundas transformações da sociedade e da cultura.
Desde 1992, a CNBB através da Pastoral Familiar lança o subsídio “Hora da Família”, esse ano em articulação com a CF 2009 e a Comissão Bíblico-Catequética num compromisso conjunto com o Ano Catequético.
Na convicção de que quando uma família transmite a religião aos filhos, está cumprindo sua missão de Igreja doméstica, a Pastoral Familiar Arquidiocesana convida a todos para participarem ativamente em suas paróquias, com orações, reflexão dos oito temas propostos, vigílias, hora santa em favor das famílias, mostrando a toda sociedade a importância e o seu valor em nossas vidas e na construção de uma sociedade mais sadia e fraterna. Convida ainda as famílias a se integrarem na Pastoral Familiar, dedicando-se na defesa e promoção da vida e das famílias, que precisam, para o bem de toda a sociedade, reassumir seu insubstituível papel sócio transformador, seja na ação pastoral da Igreja, bem como na elaboração das políticas públicas nos diversos âmbitos do Estado brasileiro.
Queremos também convocar todas as pastorais e movimentos, inclusive nossos catequistas que ajudem neste Ano Catequético a aprofundar a relação entre família e catequese, pois os pais são os primeiros catequistas. São nossas famílias acolhedoras que ajudam a encaminhar os jovens para a Catequese da Crisma e envolvem novas pessoas nos movimentos pastorais e serviços da Igreja; orientam os noivos e casais, atuam junto às escolas e associações de bairros; trabalham em parcerias com órgãos públicos como a educação, saúde, segurança, Conselho Tutelar; etc..
Convocamos todas as famílias, num gesto concreto a se integrarem na Campanha FICHA LIMPA, que vai apresentar ao Congresso Nacional o novo Projeto de Lei de iniciativa popular que trata da vida pregressa dos candidatos. Superamos muitas barreiras até atingir um milhão de assinaturas. Agora precisamos concluir nossas atividades de COLETA, obtendo as 300 mil assinaturas que ainda faltam. Fazemos um apelo às organizações e redes que participam ou apóiam o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) para que centrem todos os seus esforços a fim de promoverem uma ampla coleta de assinaturas entre os dias 7 de agosto e 7 de setembro. É a etapa 300 em 30 da Campanha Ficha Limpa (300 mil assinaturas em 30 dias). Entrem em contato com a Comissão Justiça e Paz e a Coordenação de Pastoral Arquidiocesana (3221.2270), levem os Abaixo-assinado para suas comunidades, todas as assinatura deverão ser enviadas ao MCCE até o dia 09 de setembro.
Contamos com as famílias; a sociedade necessita da família para não se desumanizar, afirmou o papa Bento XVI na cidade de Nazaré em maio deste ano, recordando que “Deus quis entrar na história da humanidade como um ser humano, como cada um de nós, se encarnando e a partir daí desenvolvendo sua vida em um contexto familiar”.
O documento da V Conferencia de Aparecida alerta que uma parte importante da população está afetada por difíceis condições de vida que ameaçam diretamente a instituição familiar. Somos chamados a trabalhar para que esta situação seja transformada e a família assuma seu ser e sua missão no âmbito da sociedade e da Igreja. Cremos que a família é imagem de Deus que, em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família. Na comunhão de amor das três Pessoas divinas, nossas famílias têm sua origem, seu modelo perfeito, sua motivação mais bela e seu último destino. Em toda diocese se requer uma pastoral familiar intensa e vigorosa para proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados. E que os legisladores, governantes e profissionais da saúde, conscientes da dignidade da vida humana e do fundamento da família em nossos povos, defendam-na e protejam-na dos crimes abomináveis do aborto e da eutanásia; esta é sua responsabilidade. (DAp 432-437).
Quando falamos de crise de paternidade, nosso olhar se volta para uma realidade que é o esquecimento dos filhos que marca nosso tempo. Convivemos com aumento assustador de crianças abandonadas, meninos de rua, jovens separados dos pais. Em nossas sociedades os filhos são colocados fora de casa, longe dos pais, apenas completados os 18 anos de idade, enquanto os pais velhos e anciãos são abandonados em asilos ou casas de idosos. Tudo isso, a nosso ver está profundamente ligado com a crise da imagem paterna, que tem sua raiz no afastamento de Deus-Pai, da paternidade divina, uma vez que denuncia o enfraquecimento de nossas próprias raízes. Segundo Clara Bingemer, nossa geração é ao mesmo tempo uma geração de filhos sem pai. Há ausência de pai em termos terrenos e celestes ou, em outras palavras, sociais e religiosos. O vazio da figura paterna deixou caminho livre nas sociedades mais avançadas ao crescimento deste subproduto que são as seitas, substituindo as religiões tradicionais. A falta do pai nas instituições de base, como a família, repercute na estrutura política, através do avanço dos sistemas totalitários e de conexas figuras carismáticas, nas quais é legível, a nível simbólico, a busca daqueles atributos paternos que são o ser juiz, protetor, etc. Para superar o mal-estar geral de uma cultura que vive em curto circuito com os seus próprios fundamentos radicais, importa resgatar as raízes bíblicas da revelação de Deus como Pai que se manifesta luminosamente no Filho de Deus, Jesus Cristo.
Façamos de nossas famílias espaço privilegiado de encontro com Deus. Sendo a família uma comunidade dos filhos e filhas de Deus, ela se realiza lá onde estiver algum participante dessa família: pai, mãe e irmãos. O “ser família” acompanha a todos porque está na própria constituição das pessoas que escolheram essa opção. Está no sangue. E o sangue não se pode fazer de conta que não existe. Tanto assim que os membros de uma mesma família, diz-se que são ligados por “laços de consangüinidade”. Um laço não se desfaz pela simples mudança de lugar. Assim, os membros componentes de uma família, sobretudo da família cristã, não podem deixar de ser família no trabalho, na rua, em casa ou não importa onde tenham sua presença. E, claro, que todos esses lugares são lugares de encontro com Deus. Porque a graça divina - que é vida - não se desprende ou foge se estou dentro ou fora de casa. Pois se trata do amor. E o amor encharca toda a pessoa, em todo o lugar e em todas as circunstâncias (Pe. Beraldo). Tudo isso é verdade. Mas há um lugar privilegiado de encontro da família cristã com Deus. Note-se que esse “encontro” constitui-se, também, numa nova “experiência” de Deus a cada dia e cada instante. A esse lugar do encontro familiar e da experiência de Deus, convencionamos chamar de “recesso do lar”. Um lugar onde vivem – e não só se encontram de vez em quando – os membros da mesma família. Um lugar que favorece o encontro de uns com os outros. Um lugar de comunhão à mesa e de união entre pais e filhos. Um lugar de intimidade. Um lugar de diálogo. Um lugar de prazer e de alegria. É ai que a família encontra ou deveria descobrir, a cada dia, a cada hora e cada momento, o lugar privilegiado de encontro com Deus, com a sua Palavra lida, refletida e vivida em comum. Queridos pais, que na alegria da convivência e dos momentos de intensa presença de Deus na família, “a alegria do Senhor seja a sua força” (Ne 8,10).
Fonte: Pascom
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