Domingo, 7 de setembro de 2008 - 16h42
A Igreja Católica, através da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, reafirma seu apoio ao Projeto Lei de Iniciativa Popular que tem como objetivo alterar a Lei de Inelegibilidade, tornando inelegíveis as pessoas com condenação em primeira instância por crimes graves ou, no caso dos detentores de foro privilegiado, com denúncia recebida por um tribunal e os que tenham renunciado para fugir de possíveis cassações. A CNBB é uma das trinta e sete entidades que compõem o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral MCCE.
Para tanto, a Campanha Ficha Limpa está sendo intensificada, especialmente nesta Semana da Pátria. Trata-se da 1ª Mobilização Nacional para a Coleta de assinaturas. De acordo com dados do MCCE, hoje já existem mais de 200 Comitês 9840, espalhados pelos estados e municípios brasileiros, que oferecem esclarecimentos a respeito do projeto de lei e coletam assinaturas. Novos postos de coleta de assinaturas para o Projeto de Lei (PL) sobre a vida pregressa dos candidatos estão sendo criados em todas as regiões do país; até o mês de agosto, o Movimento tinha ultrapassado 200 mil assinaturas. Para que o projeto seja enviado à Câmara dos Deputados é necessário alcançar um milhão e trezentas mil assinaturas, o que equivale a 1% do eleitorado brasileiro.
Visando o combate à corrupção eleitoral, a Seccional de Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Arquidiocese de Porto Velho, em parceria com outras entidades de classe da sociedade civil promoveram no dia 18 de agosto, um ato cívico de apoio aos Comitês de Combate a Corrupção Eleitoral e um debate com a sociedade organizada, os candidatos e seus dirigentes partidários e a população em geral sobre a importância da ética na política.
Através do programa diário da Ave-Maria, através da Rádio Caiari, estamos convidando todos os cidadãos e cidadãs de Porto Velho e municípios a assinarem o Abaixo-assinado de Combate à Corrupção Eleitoral, que se encontra à disposição nas secretarias paroquiais da Arquidiocese e no Centro de Pastoral arquidiocesano. Durante o Grito dos Excluídos, que está sendo realizado neste domingo, em várias paróquias, o eleitor tem a oportunidade de assinar o abaixo-assinado. Para participar é preciso o número do título, por isso a necessidade de ter o título de eleitor em mãos durante esta semana de mobilização.
Em sua 14ª edição, o Grito dos Excluídos deste ano repercute a Campanha da Fraternidade-2008 ao adotar o tema Vida em primeiro lugar, com direitos e participação popular. Em diversos estados do país, as entidades continuam com os preparativos. Promovido pela Pastoral Social da Igreja Católica, com o apoio do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e de movimentos sociais, o Grito dos Excluídos constitui-se numa mobilização com três sentidos: denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
O Grito se define, portanto, não como um movimento nem como uma campanha, mas como um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças. As atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos, e se estendem por todo o território nacional. Na Arquidiocese de Porto Velho, o Grito vai acontecer em cada Paróquia, sob a assessoria da Comissão Justiça e Paz.
O Grito dos Excluídos deste ano, segundo o secretário nacional do Grito, Ari Alberti, quer questionar o modelo econômico que privilegia os grandes negócios em detrimento do pequeno e médio empreendimento e das iniciativas comunitárias. Questiona também as ações que não colocam o ser humano em primeiro lugar e destroem a biodiversidade; é um protesto contra as políticas compensatórias que substituem a implantação de políticas sociais públicas e um protesto veemente contra as chacinas e a limpeza urbana, contra a repressão policial e a falta de liberdade para os moradores de rua nas grandes cidades.
Com este tema afirma-se ainda a inversão de prioridades, de modo que a vida seja colocada acima do mercado, do lucro, do capital, e, ao mesmo tempo, trazendo à pauta dos grandes debates nacionais a preocupação com a vida. Cientistas e movimentos sociais não se cansam de apontar os danos de uma cultura econômica marcada pela maximização da produção, do consumo e do lucro, baseada numa tríplice exploração: da força humana, dos recursos naturais e do patrimônio cultural dos povos. As primeiras vítimas da banalização da vida costumam ser os pobres, porque estes não têm como se proteger dos riscos crescentes que tais mudanças promovem.
A CNBB, através da Comissão Episcopal para a Justiça, a Caridade e a Paz, manifestou o apoio ao Grito, que surgiu como fruto da Campanha da Fraternidade da CNBB, em 1995, afirmando que o Grito dos Excluídos nos Estados, municípios, dioceses e paróquias, as iniciativas visam somar esforços em defender todas as formas de vida, desde o seu início até o seu declínio natural. O grito visa também: lutar contra as formas de exclusão e as causas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e muitas vezes sem perspectiva de futuro; denunciar a política econômica que privilegia o capital financeiro em detrimento dos direitos sociais básicos; construir alternativas que tragam esperança aos excluídos e perspectivas de vida para as comunidades locais; promover a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia; multiplicar assembléias populares para discutir a organização social a partir do Município, fortalecendo o poder popular em tempos de eleições municipais. Diante de situações de exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e o direito a uma vida digna para todo o ser humano. O compromisso com esta causa nos compromete no esforço de superação da exclusão em nosso País, participando da construção de uma sociedade justa e solidária. (D.Pedro L. Stringhini)
O grito é uma forma de linguagem. Em geral, é expressão forte de alguém que pede socorro. Todo grito é uma forma de questionar. Questiona o grito oprimido da mulher sob o machismo do homem. Questiona o grito silencioso da criança sob a violência do adulto. Questiona o grito desesperado do jovem sob o domínio do desemprego ou da droga. Questiona o grito do trabalhador sob o peso da exploração. Questiona o grito mudo do migrante sob a discriminação da lei e do mercado. Questiona impotente do cidadão nas filas das unidades de saúde. O Grito deste dia 07 de Setembro propõe celebrar uma consciência cidadã não apenas espectadora, mas consciente e responsável. Propõe descer das arquibancadas e entrar no campo, levando em conta que o jogo do destino e do futuro do país exige de todos e de todas uma participação ativa (Pe. A.Gonçalves).
Fonte: Pastoral da Comunicação
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