Terça-feira, 5 de agosto de 2008 - 12h49
O Tema central da 12ª Semana Nacional da Família, que começa na próxima semana, é: "Escolhe, pois, a vida" (Dt. 30,19), em sintonia com o compromisso assumido na Campanha da Fraternidade deste ano.
Com a Semana Nacional, a Pastoral Familiar Arquidiocesana quer, uma vez mais, salientar a importância da família. É fundamental um olhar atento dirigido à família, patrimônio da humanidade que deve ser considerada "um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora" (DG 128). Na verdade, tudo passa pela família. Para o ser humano tudo começa na família; ela é a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade. Participa decisivamente no desenvolvimento da sociedade. É o lugar privilegiado para forjar no coração do homem os valores perenes, sejam eles espirituais ou civis.
Fatores sociais, culturais, políticos, econômicos e religiosos influem nas famílias, tornando-as vulneráveis aos desequilíbrios, principalmente quando nossas famílias não são alimentadas com os verdadeiros valores humanos e cristãos. A fé nos mostra que o matrimônio instituído por Deus no vínculo do amor e elevado por Cristo à dignidade do Sacramento deve corresponder ao plano divino. A família, "Igreja Doméstica" no seio da Igreja Universal, tem um papel insubstituível a desempenhar vivenciando o Evangelho. Constata-se que muitos jovens se apresentam desesperançados, buscando a vivência a dois sem qualquer compromisso civil e religioso, temendo responsabilidades. Verifica-se que muitos pais não assumem a responsabilidades de orientar seus filhos para o casamento.
É preciso ajudar as atuais e futuras famílias a descobrir e redescobrir os valores inalienáveis do casal cristão, célula primeira da Igreja: um casal construído no amor, amor humano retomado e transfigurado por Cristo no Sacramento do Matrimônio. Esta visão de fé não esconde as realidades por vezes dolorosas da vida familiar, mas permite abordá-las com uma esperança invencível.
Com a Semana Nacional, a Igreja "consciente de que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, quer fazer chegar sua voz e oferecer sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família, procura vivê-lo fielmente; a quem, incerto e ansioso, anda a procura da verdade e a quem está impedido de viver livremente o próprio projeto familiar", afirma o Assessor da Comissão Episcopal para a Vida e Família da CNBB, Pe. Luiz A. Bento. Sustentando os primeiros, iluminando os segundo e ajudando os outros, a Igreja oferece seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimônio e da família (FC 1; GS 52).
Um dos meios encontrado pela Igreja para concretizar este serviço é a Semana Nacional da Família (de 09 a 15 de agosto). A nova edição da "Hora da Família", com roteiros a serem usados nas celebrações nas famílias, grupos e escolas já está à disposição de todos no Centro de Pastoral da Arquidiocese de Porto Velho.
É na família também que se inicia a educação para o valor da vida, de cada ser humano, onde se aprende o valor da liberdade consciente, para o sentido da dor e da morte, forma-se a consciência, para o repúdio à mentalidade e prática abortista, às pesquisas com embriões humanos, à eutanásia, e para o desenvolvimento da solidariedade e respeito aos idosos. Por meio da educação ao autocontrole, à renúncia e ao alegre exercício da liberdade na verdade, do amor e da responsabilidade, os pais forjam nos filhos a semente de uma escolha vocacional madura e responsável, pois são preparados para a comunhão plena com Deus, fora da qual não pode existir nenhuma felicidade verdadeira (FC 28-41). Assim, como "pequena Igreja", a família cristã é chamada, à semelhança da "grande Igreja" a ser sinal de unidade para o mundo e a exercer, deste modo, o seu papel profético, testemunhando o Reino e a paz de Cristo, para os quais o mundo inteiro caminha (FC 48). Pelo sacramento do matrimônio, torna-se "pequena Igreja" missionária (FC 5), no seio da qual os filhos são chamados a se tornarem filhos de Deus, membros vivos da Igreja e artífice da história da salvação. Para tanto, deve ser ajudada por uma Pastoral Familiar "intensa e vigorosa".
Certamente, a Pastoral Familiar poderá contribuir para que a família seja reconhecida e vivida como lugar de realização humana, a mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade e filiação (DG 129). Assim, ninguém que se aproxima do sacramento do matrimônio deveria ignorar a espiritualidade que brota desde mistério ao qual são chamados os esposos cristãos. É na família, no calor do amor entre os cônjuges e destes com os filhos, que cada pessoa faz a experiência da presença e do amor de Deus na própria vida.
Por ocasião do VI Encontro Nacional da Pastoral Familiar, realizado no mês de junho, Dom Orlando Brandes, presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família e Arcebispo de Londrina, reafirmou a necessidade do planejamento das ações e da implantação da Pastoral Familiar em todas as paróquias do Brasil e da importância de uma cultura da família. "Em nossos dias a família passa por um inverno. Mas ela é indestrutível, porque é um patrimônio da humanidade, e tem seu fundamento em Deus. A família é uma comunidade de pessoas onde acontece a paternidade, a maternidade, a filiação e a fraternidade. Mas, o que é mesmo a família? É o primeiro lugar de humanização da pessoa e da sociedade".
Dentre as razoes de uma cultura da família, destaca a família como uma comunidade, cujo segredo é o relacionamento das pessoas. Deus que não vive em solidão, mas em família, criou o ser humano com esta vocação social. Não existe cultura sem família, sem vinculo afetivo; ela é a instituição mais antiga da humanidade. Constituir família é um direito humano, mais que isso, uma necessidade vital, uma exigência social. A pessoa e a família são anteriores ao Estado e ao poder civil. A sociedade e o Estado são para a família. O Estado existe a serviço da pessoa e da família. A dignidade da pessoa antecede, precede e fundamenta a existência de outras instituições. A vida, a pessoa, a família são um bem primário e fundamental que antecedem as outras instituições.
Desde seu inicio, a família exerce a função educativa, cultural, humanizadora. Pai e mãe são pontos de referência educacional e a criança aprende imitando. Crianças e jovens sem família ou com família desestruturada sofrem na escola, na catequese, no trabalho e fazem os outros sofrer. A família é indispensável para a serenidade da pessoa, para a organização social e para o bem comum.
A família é uma igreja domestica. A religião, a fé, os mandamentos de Deus, estão vinculados à família, porque a oração, o perdão, os valores espirituais, muito contribuem na educação da pessoa, a consistência da família e o bem da sociedade. A família é sacrário da vida. As pessoas se casam para crescer, amadurecer, santificar-se e salvar-se. O nascimento dos filhos e sua educação, além de ser dom de Deus e propagação da espécie humana, são um bem para a sociedade, pois, a vida é acolhida, amada, respeitada, desenvolvida desde a fecundação até seu término natural, no seu lugar natural que é a família
Façamos, portanto, da Semana Nacional da Família um momento forte de evangelização, de oração e renovação do compromisso, enquanto Pastoral Familiar, de guardiã, defensora e promotora da vida e da família, capacitando-se para neutralizar a conspiração dos organismos nacionais e internacionais que não medem esforços para propagarem a cultura da morte, na desvalorização da família cristã e na elaboração de leis antivida e antifamília.
Fonte: Pastoral da Comunicação
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