Estamos encerrando o mês mariano, com a solenidade da Santíssima Trindade e o convite para viver na comunhão de vida com Deus Trino e Uno e assumir a missão de construir comunhão ao nosso redor.
Maria, a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários, que no Pentecostes nos abriu aos dons do Espírito, inspira o caminhar de cada uma de nossas comunidades, entrando profundamente no tecido de sua história e acolhendo as ações mais nobres e significativas de nossa gente (DAp 269). Ela, mestra de nossa vida espiritual (MC 15), Mãe da Igreja evangelizadora (EG 284), nos faz acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto. Nela, vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam maltratar os outros para se sentirem importantes (EG 288), assegurando o aconchego dum lar à nossa busca de justiça.
A multifacetada missão de Maria, em relação ao Povo de Deus, é, efetivamente, uma realidade operante e fecunda no organismo eclesial (MC 57). Sua materna missão nos impele a nos dirigirmos a ela, com filial confiança; sendo auxiliadora, está sempre pronta a nos atender (LG 60-69).
Mãe espiritual perfeita da Igreja (SM 1),ela continua cumprindo a missão que teve na terra de cooperadora no nascimento e desenvolvimento da vida divina em cada pessoa. Para Paulo VI, “a nossa época pode bem dizer-se a era de Maria”. Na Exortação Apostólica Signum Magnum, ele afirma que a história da Igreja foi sempre iluminada pela presença edificante de Maria que transcende o espaço e o tempo e pertence à história universal da Igreja, porque nesta sempre Ela esteve presente com a sua maternal assistência (n.13).
Marca o encerramento do mês de Maio, a peregrinação rumo ao Santuário de Aparecida de milhares de famílias. Trata-se 7ª Peregrinação e 5º Simpósio Nacional da Família organizada pelas Comissões da CNBB da Pastoral Familiar e da Vida e Família. Em sintonia com a preparação do Sínodo da Família, o tema “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”.
Celebramos hoje a solenidade da Santíssima Trindade, que apresenta à nossa contemplação e adoração a vida divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo: vida de comunhão e amor perfeito, origem e meta de todo o universo e de todas as criaturas, Deus.
Na Trindade reconhecemos também o modelo da Igreja, à qual fomos chamados para nos amar como Jesus nos amou. Somos todos chamados a testemunhar e anunciar a mensagem que Deus não está distante nem é insensível às nossas vicissitudes humanas. Ele está próximo de nós, sempre ao nosso lado, caminha conosco partilhando as nossas alegrias e dores, esperanças e desânimos. Uma pessoa que ama os outros pela própria alegria de amar é reflexo da Trindade. Uma família na qual todos se amam e se ajudam uns aos outros é um reflexo da Trindade. Uma paróquia na qual os fiéis se amam e partilham os bens espirituais e materiais é um reflexo da Trindade (Papa Francisco).
A liturgia de hoje nos ajuda a refletir sobre nossa vida de batizadose a celebrar numa síntese final de toda a história da salvação, a Santíssima Trindade. Tudo o que temos e somos é obra amorosa deste Deus, Pai, Filho, Espírito Santo que nos é revelado como um Mistério de profunda comunhão. Descobrimos que no começo e no fim de tudo existe um Mistério de amor e misericórdia que nos sustenta.
Fomos batizados “no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, conforme a missão confiada por Jesus aos Apóstolos (Mt 28,20). Pelo Batismo, Deus nos mergulha no mistério do seu amor e nos faz discípulos missionários, participantes do seu Reino, desde o nosso nascimento até a pátria futura. Assim somos introduzidos na comunhão divina de Um Deus em três pessoas (Konings).
A conclusão do Evangelho de Mateus (Mt 28,16-20) traz o relato do encontro de Jesus ressuscitado com os onze discípulos na Galileia; é bom lembrar que o início da atividade de Jesus foi na Galileia das nações, junto ao povo marginalizado, a fim de levar-lhe a boa notícia da libertação e da vida do Reino. A autoridade plena dada pelo Pai é entregue, por Jesus, à comunidade cristã: “Vão e façam que todos os povos se tornem meus discípulos”. A Galileia é o ponto de partida. A meta é fazer que o projeto de Deus alcance a todos, tornando-os povo de Deus. Os meios para fazer que todos os povos se tornem discípulos de Jesus, isto é, capazes de uma prática de justiça que realize o Reino, são dois: o batismo em nome da Trindade e a catequese que visa à observância de tudo o que Jesus ensinou. O Evangelho de Mateus termina com uma promessa: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. Jesus não se afasta do mundo; pelo contrário, firma sua indestrutível presença na história, ao mesmo tempo história de Deus e dos homens a serviço da justiça que traz o Reino para dentro da nossa caminhada (VP).
O livro do Deuteronômio fala da necessidade de recuperar a fé nesse Deus Libertador que age na história libertando, e de uma tomada de consciência que leve à adesão ao Senhor Deus (Dt 4,32-34.39-40). O apóstolo Paulo, na Carta aos Romanos (Rm 8,14-17), apresenta os dois princípios básicos que orientam a vida do cristão: o Espírito que comunica vida e a filiação divina do cristão. Ao falar da filiação divina do cristão demonstra que a comunidade cristã é a família de Deus.
Acolhamos nesta celebração o Deus Uno e Trino em nossas vidas; reflitamossobre nossa própria identidade cristã e missão no mundo; celebremos hoje o “dia da Comunidade”; glorifiquemos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre, Amém.
Com a família, vamos à Missa aos domingos, celebramos a Eucaristia juntos e a Eucaristia é como a sarça ardente na qual humildemente a Trindade habita e se comunica; por isso a Igreja celebra a festa do Corpus Christi depois da Trindade (papa Francisco). Na próxima 5ªfeira (04/06), em todas as paróquias de nossa Arquidiocese, será celebrada a Missa seguida da procissão com o Santíssimo Sacramento. A festa de Corpus Christi é também a festa do seu Corpo Místico, a Igreja, que Cristo nutre e leva à unidade da mútua doação.
Tomando o pão e o vinho da eucaristia, recebemos Jesus como verdadeiro alimento e bebida. A sua vida, dada para a vida do mundo, até a efusão de seu sangue, torna-se nossa vida, para a eternidade (Mc 14,12-16.22-26). Esse dom do Cristo vale muito mais que o maná, com o qual Deus alimentou os antigos judeus no deserto (Ex 24,3-8). O pão e o cálice, recebidos na fé, nos fazem participar da vida que Cristo viveu até a sua morte por amor, e nos unem em comunhão com os irmãos (Hb 9,11-15). Celebrar é tornar presente. Receber o pão e o vinho da Eucaristia significa assumir em nós mesmos a vida dada por Jesus até morrer para todos nós, em corpo e sangue. Significa “comunhão” com esta vida, viver do mesmo jeito. E significa também comunhão com os irmãos, pelos quais Cristo morreu (Konings).
O mês de Junho é mundialmente dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, que é padroeiro da nossa Catedral. A novena começa na 3ª feira, dia 2 de junho e se encerra no dia 11 de junho. A missa festiva será celebrada na 6ª feira, dia 12 de junho, às 19h, seguida de procissão. De 12 a 14, arraial na Catedral.
Além das festas juninas nas comunidades e paróquias, em junho acontece a Semana do Migrante. Neste ano a 30ª edição (14-21/06), com o tema em sintonia com a CF 2015: “Sociedade e Migração” e o lema "Não ao Preconceito! Por direitos e participação". A proposta é que cada diocese realize atividades de forma a sensibilizar a sociedade para a realidade migratória do Brasil, despertando para uma postura de acolhimento e garantia de direitos.
Neste mês de junho as comunidades intensificam a preparação para a 10ª Romaria da Terra e das Águas que vai acontecer no dia 23 de agosto em Machadinho do Oeste e vai envolver as CEBs Arquidiocesana e Regional. O Tema é: “Terra, floresta e água, dádivas de Deus para viver e conviver” e o Lema: “Somos testemunhas (At 3)de um novo céu e uma nova terra” (Ap 21).
Antecede a Romaria, o IV Congresso Nacional da CPT, que será realizado em Porto Velho. Com o lema: “Faz escuro, mas eu canto”, o Congresso vai fazer a memória dos 40 anos da Comissão Pastoral da Terra e debater os desafios nacionais e regionais que a realidade apresenta, e as ações que alimentam nossa esperança.