Sexta-feira, 25 de maio de 2012 - 13h16
Com a celebração da Ascensão de Jesus, aproxima-se a Festa de Pentecostes. É tempo de comunicação e ecumenismo. Iniciamos hoje a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, com o tema: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo” (1ªCor 15,51–58).
Qual é a grande proposta ecumênica que o Espírito nos faz? Não será este o tempo de unir as pessoas na luta pela justiça e defesa da vida? Justiça e vida são o novo sopro do Espírito.
Celebrar a partida de Jesus para o Pai é senti-lo eternamente presente na vida das pessoas e da comunidade cristã. Ele não se afastou. Criou sua morada estável em nosso meio, como aquele que sustenta os passos e o testemunho dos que nele crêem.
O tema desta Semana: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Cor 15,51-58) foi elaborado por cristãos das Igrejas Católica, Ortodoxa e protestantes da Polônia, com uma liturgia baseada na experiência dos cristãos poloneses, que viveram tempos de alegria e adversidade. A história da Polônia tem sido marcada por uma série de derrotas, vitórias, invasões, divisão de território e opressão por parte de poderes estrangeiros e sistemas hostis. A constante luta para superar todo tipo de escravidão e o anseio por liberdade são características da história polonesa.
O tema está fundamentado nas palavras de São Paulo aos coríntios que se referem à natureza temporária da nossa vida presente, com as suas aparentes “vitórias” e “derrotas”, em comparação com o que recebemos através da vitória de Cristo pelo mistério pascal.
É um tema que fala do poder transformador da fé em Cristo em relação a nossa oração pela visível unidade da Igreja, o Corpo de Cristo. À medida que oramos e trabalhamos na direção da plena unidade visível da Igreja, nós e as tradições a que pertencemos, seremos transformados e moldados à semelhança de Cristo.
A unidade pela qual oramos pode exigir a renovação de formas da vida eclesial com as quais estamos familiarizados. A unidade pela qual oramos não é simplesmente uma noção “confortável” de amizade e cooperação. Ela exige uma disposição de renunciar à competição entre nós.
O Credo comum da fé cristã “no Deus uno e trino, no Filho de Deus encarnado, nosso Redentor e Salvador” nos permite dar “o testemunho da nossa esperança” ao mundo e nossa “cooperação no campo social” (UR 12).
O testemunho de nossa unidade é unidade na “comunhão no Espírito Santo” (2Cor 13,13). E o testemunho de nosso esforço ecumênico, que tem sua origem trinitária e batismal, faz surgir o diálogo, numa permanente vivencia de reconciliação (Dap 228).
46º Dia Mundial das Comunicações Sociais
Assim como o profeta Isaías elogiava os passos dos comunicadores: "São felizes e abençoados os passos das pessoas que anunciam o evangelho (notícias libertárias) ao meu povo" (Is 52), saudamos todos os comunicadores cristãos, neste Dia Mundial das Comunicações Sociais, de modo particular, aqueles que se pautam pela verdade e pela ética.
Para vocês, comunicadores, homens e mulheres que lutam por uma nova ordem de comunicação, “a ética não se realiza como a conformidade a um código de obrigações, ressentidas como vindas de fora ou de cima. Sobretudo em uma profissão, como a do comunicador, que trabalha com a inteligência, a ética parte de uma inspiração, de uma intuição e opção de valores, estimados e queridos como bens inestimáveis e os mais necessários à humanidade. Do apego, da consagração dos jornalistas a esses valores é que depende, em grande parte, o futuro da humanidade, a superação dos conflitos, a busca corajosa e paciente da justiça e da solidariedade, esses rudes e maravilhosos caminhos da paz" (C. Josaphat).
O papa Bento XVI, em sua mensagem para este 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais fala sobre o Silêncio e a Palavra como caminho de evangelização. No pensamento do Papa, são dois momentos da comunicação que devem se equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas.
Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém, se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado. O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo.
Do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico.
Por isso, afirma o papa, é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de “ecossistema” capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons. Devemos olhar com interesse para as várias formas de sites, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar do cultivo da sua própria interioridade.
A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
Jesus, o Comunicador do Pai, nos convida hoje a sermos instrumentos de comunhão e unidade. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo.
É desse Mistério que nasce a missão da Igreja, e é esse Mistério que impele os cristãos a se tornarem anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
Às vésperas da Solenidade de Pentecostes, assumamos o compromisso de trabalhar em prol da democratização dos meios de comunicação social, colocando-os a serviço das grandes causas da humanidade.
Para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo, precisamos, além de uma educação em comunicação, fortalecer a comunicação crítica e solidaria.
Vem aí a Festa de Pentecostes de Porto Velho
Como já é tradição, dia 24, a população de Porto Velho vai aclamar em procissão e na missa solene, sua padroeira e intercessora, Nossa Senhora Auxiliadora. Ela é a grande AUXILIADORA do povo cristão e de toda a humanidade, e não nos deixa sozinhos nos momentos de sofrimento, doenças, angustias.
Domingo, dia 27, a Celebração do Divino Espirito Santo vai reunir novamente toda a população urbana, rural e ribeirinha de Porto Velho e municípios vizinhos, no Campo da 17ª brigada, a partir das 16h.
A Festa de Pentecostes é a festa missionária das comunidades que chegarão em caravanas, rezando e cantando, com faixas, cartazes, bandeiras, vestindo sua camiseta. Participemos! Pentecostes, dia que amanheceu há mais de vinte séculos, continua fortalecendo a comunhão das famílias cristãs de Porto Velho e da Amazônia.
Fonte: Arquidiocese de Porto Velho
Pentecostes: Comunidades de rosto humano!
Palavra de Dom Moacyr Grechi – Arcebispo Emérito de Porto Velho
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