Sábado, 1 de outubro de 2016 - 18h37
Em quem votar? As eleições municipais que acontecem neste domingo são imprevisíveis em seu resultado, diante do momento que estamos vivendo e dos desdobramentos da crise política nacional.
Cabe aos eleitores que hoje cumprem seu dever de cidadão fazer uso do seu voto livre e limpo em vista do resgate da política como serviço ao bem comum (GS 75); encerradas as eleições, deverão acompanhar a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha.
Por que o atual processo eleitoral não tem despertado a cidadania? Como pensar as nossas cidades, quais são as propostas e os debates inspiradores? Temos a impressão que o que mais falta são ideias, visões e direções a dar para as nossas cidades, responde o diretor do Ibase, sociólogo C. Grzybowski.
Em quem votar? Para Selvino Heck, da Coordenação Nacional do Movimento Fé e Política, as Eleições municipais costumam discutir predominantemente realidades, problemas e soluções locais. Desta vez, não há como discutir o micro, o local sem debater o global. Qual é o projeto de Nação e o projeto de desenvolvimento onde o município se insere? Como combinar as políticas públicas locais e a participação social e popular com o bem-estar geral da população e com uma visão de país e de coletivo nacional?
Em quem votar? Quando candidatos a prefeito possuem terras em áreas indígenas; outros são pecuaristas, latifundiários e até protagonistas diretos de episódios violentos nos últimos anos? Quando, entre 52 dos municípios que mais desmatam no Brasil, 18 madeireiros tentam ser prefeitos? E a maior parte deles já esteve envolvida em alguma denúncia relativa à extração proibida ou outro tipo de crime ambiental relacionado à madeira?
Apesar do reinante desinteresse, “nada vai acontecer sem fortalecer o comum que nos une em torno à cidade, sem defesa e promoção de uma cultura democrática radical da participação, da liberdade, da igualdade na diversidade, da solidariedade entre todas e todos”.
Na liturgia deste domingo, vamos perceber que a comunidade de fé tem um compromisso fundamental com a vida política do país.
O profeta Habacuc, percebendo que não mais seria possível esperar por uma solução baseada na Lei e acreditando na vitória de Deus denuncia a política injusta, os juízes corruptos e o cinismo do conquistador (Hab 1,2-3;2,2-4). O profeta lamenta pela situação do povo e implora a Deus, para que escute o clamor dos que sofrem.
O evangelho de hoje, é talvez o mais duro de todos: a fé cristã não reivindica nada. Ao longo de todo o caminho, Cristo nos ensina como ser cristãos: não devemos exigir nenhuma recompensa, pois nossa alegria é servir, somos amados gratuitamente por aquele que serve: Deus... Esse Deus que encontramos no outro (Lc 17, 5-10).
Com certeza, a fé é um dom, mas também uma escolha! O serviço é uma dimensão da fé, portanto, basta um pouco de fé para fazer grandes coisas.
Paulo Apóstolo nos exorta a viver a fé sem desanimar, dar testemunho de Jesus Cristo e guardar o depósito da fé. Sobretudo, na missão, ser corajoso, não olhar interesses pessoais.
O tema “Vida e Sociedade” abre a Semana Nacional da Vida (01-07/10), neste mês missionário de Outubro, que se encerra com o Dia do Nascituro (08/10). Nesse dia, homenageamos o novo ser humano que ainda vive no ventre materno. A Igreja propõe à sociedade o debate sobre os cuidados, proteção e a dignidade da vida humana, em todas as suas fases, desde a concepção até seu fim natural.
Com relação à Ação Direta de Inconstitucionalidade-ADI 5581 que tramita no Supremo Tribunal Federal-STF e questiona a lei 13.301/2016 que trata da adoção de medidas de vigilância em saúde, relativas ao vírus da dengue, chikungunya e zika, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil emitiu no dia 21 de setembro uma Nota oficial em defesa da integridade da vida.
Na Nota, os bispos do Conselho Episcopal Pastoral concordam que é urgente “que o Governo implemente políticas públicas para enfrentar efetivamente o vírus da zika, como, por exemplo, um eficiente diagnóstico e acompanhamento na rede pública de saúde”. No entanto, consideram estranho e indigno que se introduza nesse contexto da ADI a questão do aborto: “É uma incoerência que ela defenda os direitos da criança afetada pela síndrome congênita e, ao mesmo tempo, elimine seu direito de nascer”.
Nenhuma deficiência, por mais grave que seja, diminui o valor e a dignidade da vida humana e justifica o aborto. Merecem grande admiração as famílias que enfrentam com amor a difícil prova de um filho com deficiência. Elas dão à Igreja e à sociedade um precioso testemunho de fidelidade ao dom da vida (AL 47).
Repudiamos o aborto e quaisquer iniciativas que atentam contra a vida, particularmente, as que se aproveitam das situações de fragilidade que atingem as famílias. São atitudes que utilizam os mais vulneráveis para colocar em prática interesses de grupos que mostram desprezo pela integridade da vida humana (CNBB).
“Cuidar da Casa Comum é nossa missão”. Este é o tema da Campanha Missionária deste mês. O lema é “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).
Ouçamos o grito dos injustiçados, desfavorecidos, dos que sofrem. Olhemos ao redor: quem ama, cuida! Cuidemos de nossa cidade, de nosso Estado! Ouçamos o grito da terra! Sejamos os guardiões da obra de Deus, vivendo nossa missão de cuidar da vida que nos foi confiada, assumindo a defesa da vida dos povos indígenas, migrantes, quilombolas, ribeirinhos e atingidos pelas barragens!
Como São Francisco de Assis, cuja festa reúne e une a população de Porto Velho e Ariquemes (04/10), assumamos a Causa dos Pobres, contemplando neles a face misericordiosa de Cristo.
Como o papa Francisco, “alonguemos mais o olhar e abramos os ouvidos ao clamor dos outros povos” (EG 190). Orando pela Paz em Assis, o papa se encontrou com lideres religiosos, e todos se sentiram convocados para a luta que não se restringe ao âmbito da humanidade, envolvendo igualmente o planeta que habitamos, com seus dramas e cansaços, com seus anseios e esperanças.
“Promover a esperança e a paz” é o objetivo da visita do Papa a Geórgia e ao Azerbaijão nestes dias. É um desejo de reiterar o caminho de paz e de diálogo inter-religioso, que no Cáucaso é mais do que nunca necessário, em um momento em que toda a área é abalada pela onda do conflito sírio.
Ao rezar pelas populações da Síria e do Iraque, no âmbito desta sua 16ª viagem apostólica internacional, papa Francisco lembrou os sofrimentos de tantas vítimas inocentes: as crianças, os idosos, os cristãos perseguidos; as pessoas vítimas de abusos, privadas da liberdade e da dignidade; os exilados, os refugiados, quem perdeu o gosto pela vida. Rezou pelas “vítimas da injustiça e da opressão”, pelos povos em guerra e “exaustos pelas bombas”.
“Senhor Jesus, estendei a sombra da vossa cruz sobre os povos em guerra: que eles aprendam o caminho da reconciliação, do diálogo e do perdão; fazei saborear a alegria da vossa ressurreição aos povos exaustos pelas bombas: levantai da devastação o Iraque e a Síria; reuni sob a vossa doce realeza os vossos filhos dispersos: sustentai os cristãos da diáspora e dai-lhes a unidade da fé e do amor.”
Na próxima semana, vamos celebrar Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e de todos os brasileiros. É forte a presença de Maria em todos os municípios de Rondônia: paróquias e Comunidades dedicadas a Nossa Senhora, sobretudo, Nossa Senhora Aparecida. É Festa em Alto Paraíso, Machadinho, São Carlos do Jamari, e aqui em Porto Velho, além da Balsa, no Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora Aparecida.
E neste clima mariano, celebraremos Nossa Senhora do Rosário, o Círio de Nazaré e tantos outros títulos com os quais Maria é invocada e venerada.
Neste ano, o tema da novena de Nossa Senhora Aparecida é “O rosto misericordioso de Maria”, que está em sintonia com o Ano de Misericórdia e com a oração da Salve-Rainha.
Pentecostes: Comunidades de rosto humano!
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