Sábado, 7 de fevereiro de 2009 - 16h36
Dia 11 de fevereiro celebramos a Padroeira do Município de Itapuã dOeste, Nossa Senhora de Lourdes. Celebramos também nesse dia o XVII Dia Mundial do Doente, ocasião propícia para refletir sobre o sentido do sofrimento e sobre o nosso dever cristão de assumi-lo em qualquer situação onde ele estiver presente. Lembramos de modo especial com orações, nossos doentes hospitalizados no Hospital de Base, Hospital João Paulo II, todos os hospitais de nossas cidades; com eles e com todos aqueles que sofrem, queremos compartilhar as preces e a esperança, pedindo a Deus, por intercessão da Virgem de Lourdes, a saúde do corpo e da alma, a plena identificação de seus sofrimentos com os de Cristo e a busca dos motivos que, baseados na fé, nos ajudam a compreender o sentido do sofrimento humano (J.Paulo II).
A compaixão de Cristo para com os doentes e suas numerosas curas de enfermos de todo tipo são um sinal evidente de que "Deus visitou o seu povo e de que o Reino de Deus está bem próximo. Jesus não só tem poder de curar, mas também de perdoar os pecados: ele veio curar o homem inteiro, alma e corpo; é o médico de que necessitam os doentes. Sua compaixão para com todos aqueles que sofrem é tão grande que ele se identifica com eles: "Estive doente e me visitastes" (Mt 25,36). Seu amor de predileção pelos enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção toda especial dos cristãos para com todos os que sofrem no corpo e na alma. Esse amor está na origem dos incansáveis esforços para aliviá-los (CIC §1503).
Cristo nos convida a imitar o bom samaritano que, ao encontrar no seu caminho o homem que sofria, não passou adiante, mas encheu-se de piedade, aproximou-se, ligou-lhe as feridas e cuidou dele (Lc 10, 32-34). São muitas as páginas do Evangelho que nos descrevem o encontro de Jesus com pessoas afligidas por diversas enfermidades. Assim, São Mateus nos diz que Jesus começou a percorrer toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino, e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades. A Sua fama estendeu-se por toda a Síria e traziam-Lhe todos os que sofriam de qualquer mal, os que padeciam de males e de tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos; e Ele a todos curava (4, 23-24). São Pedro, seguindo os passos de Cristo, junto da Porta Formosa do Templo, ajudou um coxo a caminhar (At 3, 2-5) e enquanto se difundiu a voz do ocorrido, traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e catres, a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles(5, 15-16). Desde as suas origens, a Igreja, movida pelo Espírito Santo, quis seguir os exemplos de Jesus neste sentido, e por isso considera que é um dever e um privilégio estar ao lado daquele que sofre e cultivar um amor preferencial pelos doentes (Mensagem aos doentes)
Na Carta Apostólica Salvifici doloris o papa João Paulo II confirma: A Igreja, que nasce do mistério da redenção na Cruz de Cristo, tem o dever de procurar o encontro com o homem, de modo particular no caminho do seu sofrimento. É em tal encontro que o homem "se torna o caminho da Igreja"; e este é um dos caminhos mais importantes (n. 3).
O homem é chamado à alegria e à vida feliz, mas experimenta diariamente muitas formas de sofrimento, e a enfermidade é a expressão mais freqüente e comum do sofrimento humano. Diante dele é espontâneo perguntar-se: Por que sofremos? Para que sofremos? Tem um significado o fato de as pessoas sofrerem? Pode ser positiva a experiência do sofrimento físico ou moral? Sem dúvida, cada um de nós ter-se-á posto mais de uma vez estas questões, quer no leito da dor, nos momentos de convalescença, antes de se submeter a uma intervenção cirúrgica, quer ao ver sofrer um ente querido.
Para os cristãos, estes não são interrogativos sem resposta. O sofrimento é um mistério, muitas vezes inescrutável para a razão. Faz parte do mistério da pessoa humana, que só se esclarece em Jesus Cristo, que é quem revela ao homem a sua própria identidade. Só a partir dEle poderemos encontrar o sentido a tudo o que é humano. O sofrimento não pode ser transformado e mudado por uma graça que aja do exterior, mas sim por uma graça interior. Este processo interior não se realiza sempre da mesma maneira; Cristo, de fato, não responde diretamente e não responde de modo abstrato a esta pergunta humana sobre o sentido do sofrimento. O homem percebe a Sua resposta salvífica à medida que se vai tornando ele próprio participante dos sofrimentos de Cristo. A resposta que lhe chega mediante esta participação é, antes de mais nada, um apelo: "Segue-Me". Vem e participa com o teu sofrimento nesta obra da salvação do mundo, que se realiza por meio do Meu próprio sofrimento; por meio da Minha cruz (SD 26). Por isso, diante do enigma do sofrimento, os cristãos podem dizer um decidido faça-se, Senhor, a Vossa vontade e repetir com Jesus: Meu Pai, se é possível passe de Mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como Tu queres (Mt 26, 39).
Cristo convida seus discípulos a segui-lo, tomando cada um sua cruz. Seguindo-o, adquirem uma nova visão da doença e dos doentes. Jesus os associa á sua vida pobre e de servidor. Faz com que participem de seu ministério de compaixão e de cura: "Partindo, eles pregavam que todos se arrependessem. E expulsavam muitos demônios e curavam muitos enfermos, ungindo-os com óleo" (Mc 6,12-13). (CIC §1506).
No documento de Aparecida, a Pastoral da Saúde é apresentada a partir do rosto dos enfermos (DA 417-421). A Igreja optou pela vida. Esta nos projeta necessariamente para as áreas mais profundas da existência: o nascer e o morrer, a criança e o idoso, o são e o enfermo. Santo Irineu nos diz que a glória de Deus é o homem vivo. Cristo enviou os seus apóstolos a pregar o Reino de Deus e curar os enfermos. Desde o início da evangelização foi cumprido este duplo mandato. O combate à enfermidade tem como finalidade alcançar a harmonia física, psíquica, social e espiritual, para o cumprimento da missão recebida. A Pastoral da Saúde é a resposta aos grandes questionamentos da vida, como são o sofrimento e a morte, à luz da morte e ressurreição do Senhor.
A saúde é um tema que move grandes interesses no mundo, porém não proporciona uma finalidade que a transcenda. Na cultura atual, a morte é um absurdo, por isso procura-se ocultá-la. Abrindo-a para a sua dimensão transcendente, a Pastoral da Saúde se transforma no anúncio da morte e ressurreição do Senhor, única e verdadeira saúde. Ela acrescenta na economia sacramental do amor de Cristo o amor de muitos bons samaritanos, sacerdotes, diáconos, leigos e profissionais da saúde. São 32.116 instituições católicas dedicadas à saúde na América Latina; elas são um recurso para a evangelização que se deve aproveitar.
Nas visitas aos doentes, no acompanhamento silencioso, cuidado carinhoso, e atenção delicada se manifesta, através dos profissionais e voluntários, a maternidade da Igreja que os envolve com sua ternura, fortalece o coração e, no caso do moribundo, o acompanha no trânsito definitivo. O enfermo recebe com amor a Palavra, o perdão, o Sacramento da Unção e os gestos de caridade dos irmãos. Os enfermos são verdadeiros Missionários, pois seu testemunho de fé, paciência e esperança evangeliza a todos.
A Festa de Nossa Senhora de Lourdes em Itapuã, precedida da Novena, começa neste domingo, às 8h com a Santa Missa, seguida da confraternização das Comunidades e Arraial o dia todo. Quarta-Feira: queima de fogos, procissão e missa festiva junto à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, às 19h. As pessoas levam velas e flores; gestos para homenagear Nossa Senhora e pedir a sua proteção.Na Catedral, como já é tradição, às 18:15h, missa campal junto à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes que fica ao lado da Igreja e benção aos doentes.
Fonte: PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
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