Sábado, 14 de setembro de 2013 - 10h12
Felipe Azzi
Política corre nas veias do brasileiro. Mesmo afirmando que não vota mais, decepcionado com o desempenho de seu partido ou dos candidatos, a apuração das urnas sempre revela a participação maciça nas eleições.
MUÇAMBÉ-AÇU, perdida na malha hidrográfica da Amazônia, tinha também a sua vida pública eleitoreira muito agitada. Dois partidos políticos disputavam a hegemonia eleitoral do lugar: os “PÉS-DE-BARRO”, grupo alinhavado entre pessoas simples e de renda abaixo da linha da “boa vida” nacional; e o dos “COLARINHOS DUROS’, que reunia a oligarquia muçambezense, sob o comando do Coronel JASMÊNIO POTENGUI GONÇALVES, todos revestidos de louvável espírito público e social, devidamente cifrados $$.
Aconteceu, então, o comício dos “Pés-de-Barro”, partidários do Major GENOFÉSIO PIRÃO LUSTOSA, no encerramento da campanha, quando um puxa-saco de algibeira, de nome JUVENSOR PENALVA, abriu a caixa dos peitos para dizer que governo livre de roubalheira era o dos “Colarinho Duro”, acostumados a mexer com dinheiro graúdo. Que “caixa dois” para eles era somente o número de guichê do Banco ou dos Correios.
Rebatendo a ofensa embutida, ASTUNAL FOGAÇA, pénobarrense por herança, afiançou, para quem quisesse ouvir, que “Colarinho Duro”, como o título já esclarecia, era tido e havido como surrupiador de bens e haveres públicos, de situação doméstica ou de permanência no estrangeiro.
Os ânimos se exaltaram, com acusações primorosas de parte a parte. O comício virou um campo de guerra. Quem estava presente viu e apanhou; e quem chegava curioso também apanhava. No meio da confusão, dois esmoleiros, cegos de não ver nada, se atracaram e começaram a discutir sobre a propriedade intelectual do “Ponto” das requisições adjutórias, quando um engraçadinho maluco gritou para os dois contendores:
– De faca, não, ceguinho!
Debandou um cego para cada lado, debaixo de muitas e variadas bordoadas, incrementadas por cachações anônimos.
Ainda dentro das escaramuças, FELISTOSO GONZAGA, capenga desde os cueiros, aproveitou a inesperada cura de seu capengar para, em desabalada carreira, sumir no manto de poeira com algumas bolsas e carteiras recheadas de valores em papel moeda que, implorando “ME PEGA E ME LEVA, POR FAVOR”, sobravam no local.
Quando a calma voltou ao lugar, entre restos discursórios e projetos e mancebia, foram contadas as sobras do estrago: dois remos de madeira; um motor de popa Archimedes dez/doze; dois samburás cheios de peixes; uma rede de pesca sem chumbos; duas cadeiras de rodas; um leme de avião “Teco-Teco”; um torniquete de bloquear passagem de rua; uma cesta de pães da fornada de final de domingo; uma gaiola com um papagaio “estrela” que não parava de gritar: “ Essa é boa.. Essa é de lascar!” ; e ainda um bilhete romântico de uma certa DAULACÍDIA RAMOS para o seu “Romeu” de conhecimento recente, o coveiro CUPERTINO NOLASCO, com o seguinte conteúdo encastoado: “O MEU SOFRIMENTO FOI TE CONHECER EM TEMPOS TARDIOS DE MEU VIVER, MAS SE NOS APRESSARMOS PODEMOS RECUPERAR TUDO O QUE FICOU PARA TRÁS. DA TUA ‘DAULA’, COM MUITO B EM-QUERER”.
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