Quarta-feira, 18 de setembro de 2013 - 06h09
Felipe Azzi
Quando a novidade do computador, acompanhada dos aparelhos celulares deu entrada em TURIASSÚ DA SERRA, o povo aderiu à nova mania nacional de falar e torpedear tudo o que visse pela frente. Ninguém mais teve sossego. Falavam com pessoas de perto e de longe, com gestos e macaquices esquisitas.
GUDESTEU FEITOSA estranhou ver as pessoas, sentadas ou andando, conversar consigo mesmas, no estilo de doidas. Falavam diante de uma caixinha luminosa e sabiam das notícias correntes, sem auxílio do rádio ou mesmo da televisão. Pensou e repensou a questão e concluiu que o seu negócio andava e capengava nas pernas dos antigamente.
Muito autoritário, sempre deu ordens. Nunca foi homem de receber comando, fosse de quem fosse, muito menos de uma geringonça moderninha que tem a mania de mandar nos outros: “aperte a tecla enter”; “busque o site correto”; “ajuste o papel na impressora”.
No aconselhamento do travesseiro, remoeu o problema e, antes que o sono se manifestasse, pensou deliberativo:
“– Modernismo é progresso... Não posso ficar para trás! Amanhã tomo providências.”
Chegando ao seu estabelecimento comercial de “Caça e Pesca”, recebeu o cumprimento matinal do segurança:
– Bom dia, seu FEITOSA!
Revestido de espírito restaurador e inovador, disparou no rumo do segurança GESTOR MISSANGA, uma bala bem calibrada:
– Tenha dó, seu MISSANGA... Com uma voz de pato ronco como essa que a sua pessoa tem, saudando o chegante, quem pode ter esperança de passar um bom dia?... Vá fazer gargarejo de melaço encorpado com botão de sucupira de primeira florada!
Ao passar pela balconista mais antiga da casa, que gastou a juventude e a meia idade ajudando a firma crescer, atirou uma linhada com cinco anzóis, nestes termos;
– Dona EMENGARDA, passe na tesouraria e receba as suas contas. A senhora está despedida! Primeiro, porque tem nome que lembra arma de fogo; segundo, porque a sua cara de panela amassada tem assustado a freguesia. Tenho relevado o prejuízo em respeito à sua devoção a Santo Onofre, padroeiro dos desfavorecidos.
Entrando no escritório, GUDESTEU, com o pensamento em novas medidas modernistas, teve uma surpresa de maus bofes. Um Fiscal do Imposto de Renda o recebeu com uma acolhida de deixar as pernas bambas:
– Saúdo o distinto contribuinte devedor relapso da Fazenda Nacional!... Pelos contados da Receita Federal, o amigo deixou de recolher, em exercícios anteriores, o montante de OITENTA E CINCO MIL REAIS que, acrescidos das devidas taxas e correções, atinge hoje a cifra de SEISCENTOS MIL REAIS, apurados pela tecnologia moderna, que não erra.
FEITOSA, muito moderno e progressista, fechou a firma.
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