Sexta-feira, 2 de maio de 2014 - 07h18
Felipe Azzi
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em tempos que só os corações saudosos recordam, foi palco de acontecimentos que floresciam durante breve tempo, no trajeto entre Porto Velho e Guajará-Mirim. Sobre os seus trilhos, além do esperado desenvolvimento regional, trafegaram romances amazônicos, negócios apalavrados e garantidos por fios de cabelos e de bigodes, atuações consagradoras de mentirosos sonhadores e fatos do cotidiano bem pitorescos, como o caso de COLASTINO GUARACIABA, certo cearense que aportou na região, fugido da seca nordestina, em busca de melhores dias motivado pela expansão econômica da borracha nos idos de 1942.
COLASTINO embarcou em Guajará voltando para Chocolatal. Sentou-se em poltrona de corredor. A viagem ia muito bem com a paisagem multicolorida desfilando pela janela, cujo assento estava ocupado por um passageiro que dormia sono pesado. De repente, COLASTINO sentiu um fervilhar no estômago, resultando em enjoo provocativo de regurgitação. Não teve tempo de alcançar a janela. Regurgitou no peitoral do passageiro dorminhoco a seu lado.
Aproxima-se o condutor do trem e, averiguador, pergunta a COLASTINO o que sucedera. Então, COLASTINO, com cara sonsa, deu seu parecer:
- Não sei!... Ele deu uma estrebuchada, revirou os olhos, e “descomeu” aí mesmo sentado...
Entrementes, a composição chegara a Chocolatal. O passageiro dormitão acorda e, estupefato, vê o estrago exposto sobre o seu peito e com azedume inquiridor fita a pessoa de COLASTINO. Contudo, este, com cinismo disfarçado, pergunta:
- Vosmecê tá miózinho?... É preciso mais cuidado com o que come!...
Não deu tempo de COLASTINO ouvir os impropérios disparados pelo infeliz companheiro de viagem, posto que desceu rápido, já pegando no bagageiro o pequeno fardo de tralhas e bugigangas compradas em Guajará, rumando para a sua cabana ali próximo, onde dois “curumins” e sua madame o esperavam.
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