Segunda-feira, 13 de junho de 2022 - 12h21
Exmo. Sr. Presidente da Mesa
Diretora, Vereador Aleks Palitot, autor dessas indicações para títulos de
Cidadania, na pessoa de quem cumprimento as demais autoridades presentes. Meus caros
imortais, colegas da Academia Rondoniense de Letras, Ciências e Artes - ARL.
Minhas senhoras e meus senhores. É sempre um prazer retornar a esta casa
legislativa, aqui estive várias vezes representando a Academia ou em campanha
para a restauração do prédio da velha câmara, localizado na ladeira Comendador
Centeno, ocasião em que lancei um livro, relatando a história dos protagonistas
daquele prédio. Pouca gente sabe, mas na gestão do presidente Clóter Saldanha
Mota, em meados dos anos setenta, fui Assessor de Imprensa e Relações Públicas
desta Câmara de Vereadores.
Por razões difíceis de serem
explicadas, racionalmente, fui conduzido pelo destino a esta terra abençoada de
esperança, aqui chegando, em dezembro de 1972, quando a rodoviária ainda
funcionava numa transversal da Sete de Setembro. Costumo dizer que eu não
escolhi Porto Velho, Porto Velho me escolheu, como se fosse uma decisão alheia à
minha vontade.
De fato, quando aqui cheguei,
diante de tanta precariedade, percebi que havia deixado meu coração em Salvador,
mas o tempo e a vida me escolheram para uma nova missão: costurar um novo
coração, no vazio deixado pela histórica capital da Bahia! O pedaço maior e
inigualável veio da minha esposa, professora Gracimeire Lima Martins, que vem
me aturando, há quase 50 anos de convivência, depois vieram significativos
pedaços de meus filhos, Geciane, William Junior e Luciana e de meus netos,
Gabriel, William Neto e Emanuel, cada qual com a sua particularidade de
presença sublime, em minha vida. O coração se avolumava e o amor a Porto Velho
crescia paulatinamente.
Meus queridos pupilos (as) do
Colégio Dom Bosco, do Maria Auxiliadora, do Barão de Solimões, do João XXIII,
além do padre Oscar e dos inúmeros leitores que ingressaram comigo no mundo fantástico
da crônica, dos contos e dos romances, também contribuíram, nessa prazerosa
costura, com a agulha da felicidade, a linha da gratidão e o tecido do amor.
Também fazem parte do meu novo
coração o General Costa Neves, o Major Novaes e o Tenente Lima, com quem
fundamos a Academia de História Militar Forte Príncipe da Beira e lançamos o
livro O Exército Brasileiro nas Terras de Rondon, na companhia de outros
autores, inclusive o historiador Aleks Palitot.
Todavia, com o passar dos
anos, meus caros confrades, senhores vereadores, descobri que eu não conseguira
terminar a costura do meu novo coração, o incansável tempo continuava e
continua entesourando novos amigos, seria impossível, nesse espaço, relacionar
todos, mas não posso esquecer do Dr. Paulo Gondim que me restabeleceu a vida
com os cortes mágicos do seu bisturi eletrônico, nem do Dr. Viriato Moura,
colega das letras imortalizadas, que me proporcionou, no Hospital Central, uma
acolhida inesquecível.
Entre meus confrades da ARL,
além do Júlio Olivar, nosso competente primeiro presidente; do jornalista e
advogado Robson Oliveira, velho companheiro do rádio e da TV; dos primeiros
moradores do panteão dos imortais, Anísio Gorayeb, João Correia, Francisco
Matias e Silvio Santos, o Zecatraca; destaco, com louvor, o Juiz Dimis da Costa
Braga, meu confessor e conselheiro, sem o qual a ARL não existiria.
Entretanto, não se ofendam, os
que não foram citados, mesmo os que comigo tiveram algumas rusgas, todos vocês
fazem parte do mosaico infindável do meu novo coração, tive o cuidado de
acrescentar nessa costura o adereço do perdão. Haveremos de desfrutar,
juntos, a eternidade, onde o tempo sequer é um detalhe.
Pelas palavras emotivas dá pra
perceber que sem autorização e sem licença já me sentia portovelhense, com
muito orgulho me sentia em casa, contudo se era uma honra ser portovelhense,
por usurpação e por escolha minha, imaginem agora ser portovelhense por escolha
dos representantes de Porto Velho, com toda a pompa e titularidade cabível. Que
prazer!
Muito obrigado nobres
vereadores, muito obrigado Aleks Palitot, muito obrigado conterrâneos. Enfim,
aos 74 anos de idade, com as responsabilidades que a cidadania agrega, posso
dizer com imensa satisfação: Sou Cidadão de Porto Velho.
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