Terça-feira, 12 de março de 2019 - 10h56
Não é piada de Abril, é verdade verdadinha que Carla Rodrigues, foi destituída da função honorífica de Miss Portuguesa, no Dia da Mulher, por ter manifestado simpatia por Guaidó! O sistema não achou conveniente a opinião da mulher que se quer reservada para um público interessado em beleza e curvas físicas, mas não políticas!
A opinião do povo e para mais a de uma mulher costuma incomodar o mundo dos organizados em torno do poder. Isto, porém, não é mais que um sinal da tal ditadura democratizada que o nosso regime soube instalar para alguns.
Neste assunto se algum país deveria impedir a Miss Portuguesa, seria a Venezuela e isso até seria uma boa propaganda para Portugal. Meu Portugal, onde chegaste!
A sociedade portuguesa, através da política e dos aliados Média habituou-se a andar de tesoura na cabeça: a censura do politicamente correcto é a obra acabada do regime político que educa a população. Não é por acaso que temos tantos boys portugueses em cargos políticos internacionais.
Muitos surpreendem-se pensando que em democracia isto não seria possível e, para mais que o castigo tenha sido aplicado contra as regras escritas para o concurso.
A destituição da Miss Portuguesa é expressão de uma esperteza saloia, oportunista e cínica que por todo o lado ronda a nossa sociedade.
É cínica a exclusão da Miss Portugal por ter manifestado a sua opinião, quando, por toda a parte o poder político procura pôr a arte ao seu serviço! Uma vez que a organização em torno da beleza não tem competência política, pelo que seria natural que as eleitas pudessem manifestar a sua opinião privada.
Pessoas de boca açaimada porque no reino das corporações quem se coloca ao lado do povo torna-se suspeito e como tal persona non grata num Estado ocupado por corporações que se envergonham do povo. Gente livre e séria estraga o negócio!
As outras damas vão-se tornar agora cúmplices de um acto oportunista da organização! Neste nota-se ainda aquele zelo jacobino, o jeito de cão de rabo entre as pernas que oportunisticamente ronda pelas nossas instituições. Será que em Portugal só os políticos podem namorar em público? A arena é sempre dos vencedores por isso quem pode junta-se a eles, para não ficar de fora.
© António da Cunha Duarte Justo
In “Pegadas do Tempo”, https://antonio-justo.eu/?p=
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