Domingo, 10 de dezembro de 2023 - 09h04
Como praticante de fé Católica, Apostólica Romana, sempre gosto de levar
alguns históricos pertencente a existência de fatos que fizeram seus
surgimentos, porem observando que muitos deles as vezes são contados de forma
inexistentes e faço uma observação deles para melhor serem interpretados e
conhecidos.
Revendo em pesquisas
encontramos uma contribuição importantíssima para nossos objetivos do professor
e historiador Abnael Machado de Lima, que o surgimento desta paroquia deu-se em
São Carlos do Jamary, por iniciativa do Padre Franscisco Pucci (Chiquinho),
idealizando a construção do Santuário Nossa Senhora Aparecida, com a Pedra
Fundamental em 08 de setembro de 1937.
No dia 15 de novembro de 1941, foi
inaugurada a cruz e a torre da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, (obra prima
do Irmão Mario Nascimento), pelo Pe. Adriano Tourinho, como também a nova
imagem e o altar mor.
A feitura destes registros, nada nos faz alterar porque é um direito
reservado ao seu autor que muito fez para deixar a posteridade. Continuando seu
artigo, disse que de tudo um pouco foi surgindo com a abnegação da Comunidade,
fazendo realização arraial montado no pátio da igreja e comercialização de
iguarias regionais, que com manifestação popular arrecadando valores para
custear a construção da Igreja.
Em julho de 1942, houve a colocação de mármore nas colunas e altar mor,
colocação dos vidros e pintura de portas e janelas e finalização do reboco
externo. Durante bom tempo foi atendida pela comunidade dos Capuchinhos, e
atualmente está sendo administrada pelos Combonianos.
A Vila Do Distrito de São Carlos do Rio Madeira, é a localidade mais
antiga a ser instalada na área territorial onde está situado o Estado de
Rondônia, que fica a quatro horas de barco de Porto Velho.
A comunidade nasceu com a
denominação de Missão de Santo Antônio do Alto Madeira, ao ser fundada pelo
padre João Sam Payo, em 1723. Em 1727, o povoado foi da margem do rio para o
interior da floresta, na região do Lago Cuniã.
Ainda segundo o historiador, essa medida foi tomada para que a missão
ficasse menos vulnerável aos ataques de índios (mura, muduruku, parintintin) e
também de quem entrava na floresta para capturá-los.
Em 1797 o governo português no local da missão
transferida, instalou o povoado de São João do Crato, constituído de degredados
e mulheres de vida errada, portugueses, ciganos e famílias indígenas trazidas
do rio Negro.
O administrador do povoado era o Ouvidor Luiz Pinto de Cerqueira,
substituído em 1801 pelo capitão Marcelino José Cordeiro, o qual devido às
condições endêmicas do local e a permanente ameaça de ataque dos indígenas, o
abandonou em 1802, localizando a sede do povoado uma região um pouco abaixo
deste, aonde já havia alguns moradores.
Em 1828, o povoado foi destruído por um incêndio, supostamente provocado
pelo sargento Manoel Batista de Carvalho.
Ainda no século 19, em 1858, ao viajar pela região, frei Joaquim do
Espírito Santo Dias e Silva, encontrou no lugarejo uma população de 125 índios.
Dois anos mais tarde, seria instalado um posto militar no povoado que passou a
se denominar São Carlos.
Nessa época, havia uma
grande movimentação de pessoas pela região por causa da extração do látex de
seringueira e pela tripulação dos vapores que descarregavam mercadorias eram
abastecidos com borracha e castanha do Pará.
Com o objetivo de utilizar
o povoado como ponto de apoio à catequização e instalação de missões no rio
Jamari e seus afluentes e no alto rio Madeira, os frades franciscanos Jesualdo
Mechetti, Samuel Mancini e Teodoro Portarraro de Massafra, chegam a São Carlos
em 8 de janeiro de 1871, onde construíram uma capela provisória e uma casa,
dedicando-se à assistência espiritual aos seus habitantes.
Também foram
construídos vários barracões pelos seringalistas para depósito de mercadorias
importadas e estocagem de borracha para exportação.
No entanto, a crise
econômica mundial que jogou para baixo a cotação do preço da borracha no
mercado internacional, que provocou a falência em muitos seringais da Amazônia
afetou São Carlos, que estava em franco desenvolvimento, provocando estagnação
econômica e o êxodo dos habitantes.
Segundo nos deixou
registrado pelo historiador Abnael Machado de Lima, que afirma que a situação
no povoado só não foi mais drástica por causa da visão empreendedora do
seringalista Rodolfo Guimarães, maior proprietário da localidade, que passou a
investir na produção agrícola e na agroindústria instalando a usina de São
Carlos, que produzia mel, rapadura, cachaça e açúcar mascavo.
Já no início do século
XX, no final da década de 1930, os padres salesianos Ângelo Cerri e Francisco
Pucci projetaram a construção de uma Igreja em São Carlos, empreendimento
apoiado pelos seringalistas Rodolfo Guimarães que doou à prelazia um terreno de
100 x 100 e, Joaquim Gaspar de Carvalho, Alfredo Barbosa, José Baraúna e Albino
Henrique, que cederam suas embarcações para o transporte de pedra e areia
tiradas da cachoeira do Samuel, no rio Jamari.
A primeira missa foi
rezada pelo padre Adriano Tourinho, de Porto Velho, quando a igreja ainda
estava em construção. Ela só viria a ser inaugurada em 7 de setembro de 1942,
com a bênção e a entronização das imagens da padroeira da comunidade, Nossa
Senhora Aparecida, doada pelo senhor Rodolfo Guimarães e de São Carlos, doada
por Dom Pedro Massa, bispo da Prelazia do Amazonas.
Atualmente no espaço limitado
pelo distrito de São Carlos encontram-se duas Estações Ecológicas a primeira e
a segunda, como também uma Reserva Extrativista a do lago Cuniã.
Mas o distrito de São
Carlos do Jamari só seria criado pela Resolução nº 122, de 21 de novembro de
1985, com amparo na Lei Complementar nº 39, de 10 de dezembro de 1980.
Finalmente
todo esses registrados deve-se a dedicação e pesquisa realizada pelo nosso
saudoso historiador Abnael Machado de Lima, a quem me faz lembrar saudosamente
as histórias da nossa Rondônia
Márcio Souza universalizou a Amazônia para além das lendas
A Amazônia é uma grande lenda até em sua essência etimológica. O escritor Márcio Souza conseguiu transcender este paradigma e conferir uma descrição
O mundo musical de Lito Casara
O geografo que mais conhece o Rio Madeira é também um músico de talento que promoveu em Porto Velho, e em Minas Gerais, rodas de choro e, mais do qu
A história notável do mestre José Aldenor Neves
Um reconhecido professor fundador da UNIR, a universidade federal de Rondônia, é uma das maiores referências em planejamento e orçamento com grande
Inauguração de mural e lançamento de livro sobre a história da medicina em Rondônia
Na próxima segunda-feira 6, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), situado na avenida dos Imigrantes, 3414, bairro Liberda