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Paróquia Nossa Senhora Aparecida Distrito de São Carlos do Jamari-Rondônia


Paróquia Nossa Senhora Aparecida Distrito de São Carlos do Jamari-Rondônia - Gente de Opinião

Como praticante de fé Católica, Apostólica Romana, sempre gosto de levar alguns históricos pertencente a existência de fatos que fizeram seus surgimentos, porem observando que muitos deles as vezes são contados de forma inexistentes e faço uma observação deles para melhor serem interpretados e conhecidos.

Revendo em pesquisas encontramos uma contribuição importantíssima para nossos objetivos do professor e historiador Abnael Machado de Lima, que o surgimento desta paroquia deu-se em São Carlos do Jamary, por iniciativa do Padre Franscisco Pucci (Chiquinho), idealizando a construção do Santuário Nossa Senhora Aparecida, com a Pedra Fundamental em 08 de setembro de 1937.

 No dia 15 de novembro de 1941, foi inaugurada a cruz e a torre da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, (obra prima do Irmão Mario Nascimento), pelo Pe. Adriano Tourinho, como também a nova imagem e o altar mor.

A feitura destes registros, nada nos faz alterar porque é um direito reservado ao seu autor que muito fez para deixar a posteridade. Continuando seu artigo, disse que de tudo um pouco foi surgindo com a abnegação da Comunidade, fazendo realização arraial montado no pátio da igreja e comercialização de iguarias regionais, que com manifestação popular arrecadando valores para custear a construção da Igreja.

Em julho de 1942, houve a colocação de mármore nas colunas e altar mor, colocação dos vidros e pintura de portas e janelas e finalização do reboco externo. Durante bom tempo foi atendida pela comunidade dos Capuchinhos, e atualmente está sendo administrada pelos Combonianos.

A Vila Do Distrito de São Carlos do Rio Madeira, é a localidade mais antiga a ser instalada na área territorial onde está situado o Estado de Rondônia, que fica a quatro horas de barco de Porto Velho. 

 A comunidade nasceu com a denominação de Missão de Santo Antônio do Alto Madeira, ao ser fundada pelo padre João Sam Payo, em 1723. Em 1727, o povoado foi da margem do rio para o interior da floresta, na região do Lago Cuniã.

Ainda segundo o historiador, essa medida foi tomada para que a missão ficasse menos vulnerável aos ataques de índios (mura, muduruku, parintintin) e também de quem entrava na floresta para capturá-los.

Em 1797 o governo português no local da missão transferida, instalou o povoado de São João do Crato, constituído de degredados e mulheres de vida errada, portugueses, ciganos e famílias indígenas trazidas do rio Negro.

O administrador do povoado era o Ouvidor Luiz Pinto de Cerqueira, substituído em 1801 pelo capitão Marcelino José Cordeiro, o qual devido às condições endêmicas do local e a permanente ameaça de ataque dos indígenas, o abandonou em 1802, localizando a sede do povoado uma região um pouco abaixo deste, aonde já havia alguns moradores.

Em 1828, o povoado foi destruído por um incêndio, supostamente provocado pelo sargento Manoel Batista de Carvalho.

Ainda no século 19, em 1858, ao viajar pela região, frei Joaquim do Espírito Santo Dias e Silva, encontrou no lugarejo uma população de 125 índios. Dois anos mais tarde, seria instalado um posto militar no povoado que passou a se denominar São Carlos.

Nessa época, havia uma grande movimentação de pessoas pela região por causa da extração do látex de seringueira e pela tripulação dos vapores que descarregavam mercadorias eram abastecidos com borracha e castanha do Pará.

Com o objetivo de utilizar o povoado como ponto de apoio à catequização e instalação de missões no rio Jamari e seus afluentes e no alto rio Madeira, os frades franciscanos Jesualdo Mechetti, Samuel Mancini e Teodoro Portarraro de Massafra, chegam a São Carlos em 8 de janeiro de 1871, onde construíram uma capela provisória e uma casa, dedicando-se à assistência espiritual aos seus habitantes.

Também foram construídos vários barracões pelos seringalistas para depósito de mercadorias importadas e estocagem de borracha para exportação.

No entanto, a crise econômica mundial que jogou para baixo a cotação do preço da borracha no mercado internacional, que provocou a falência em muitos seringais da Amazônia afetou São Carlos, que estava em franco desenvolvimento, provocando estagnação econômica e o êxodo dos habitantes.

Segundo nos deixou registrado pelo historiador Abnael Machado de Lima, que afirma que a situação no povoado só não foi mais drástica por causa da visão empreendedora do seringalista Rodolfo Guimarães, maior proprietário da localidade, que passou a investir na produção agrícola e na agroindústria instalando a usina de São Carlos, que produzia mel, rapadura, cachaça e açúcar mascavo.

Já no início do século XX, no final da década de 1930, os padres salesianos Ângelo Cerri e Francisco Pucci projetaram a construção de uma Igreja em São Carlos, empreendimento apoiado pelos seringalistas Rodolfo Guimarães que doou à prelazia um terreno de 100 x 100 e, Joaquim Gaspar de Carvalho, Alfredo Barbosa, José Baraúna e Albino Henrique, que cederam suas embarcações para o transporte de pedra e areia tiradas da cachoeira do Samuel, no rio Jamari.

A primeira missa foi rezada pelo padre Adriano Tourinho, de Porto Velho, quando a igreja ainda estava em construção. Ela só viria a ser inaugurada em 7 de setembro de 1942, com a bênção e a entronização das imagens da padroeira da comunidade, Nossa Senhora Aparecida, doada pelo senhor Rodolfo Guimarães e de São Carlos, doada por Dom Pedro Massa, bispo da Prelazia do Amazonas.

Atualmente no espaço limitado pelo distrito de São Carlos encontram-se duas Estações Ecológicas a primeira e a segunda, como também uma Reserva Extrativista a do lago Cuniã.

Mas o distrito de São Carlos do Jamari só seria criado pela Resolução nº 122, de 21 de novembro de 1985, com amparo na Lei Complementar nº 39, de 10 de dezembro de 1980.

Finalmente todo esses registrados deve-se a dedicação e pesquisa realizada pelo nosso saudoso historiador Abnael Machado de Lima, a quem me faz lembrar saudosamente as histórias da nossa Rondônia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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