Domingo, 14 de agosto de 2016 - 10h44
Uma moça de 38 anos morreu quando fazia lipoaspiração num hospital particular no bairro de Canudos, em Belém. A cirurgia já estava no fim quando se formou um edema pulmonar e ela morreu no local, por não conseguir respirar. A família disse que o hospital não tinha estrutura para realizar esse tipo de cirurgia, que a morte da paciente demorou a ser comunicada e que o médico deixou o hospital antes da retirada do corpo da sua cliente. O médico negou todas as acusações, garantiu que não cometeu erro algum, atribuiu a morte a uma infelicidade e se disse à disposição da autoridade policial para qualquer esclarecimento.
A história ainda será apurada, inclusive pelo Conselho Regional de Medicina. Provavelmente uma simples clínica se abriga sob o letreiro de hospital. Provavelmente não tem retaguarda para evitar a morte de alguém que sofre parada respiratória. Funciona a contento apenas quando tudo dá certo. Não está preparada para surpresas e acidentes. Esses locais proliferam, especialmente os que realizam plásticas, que a ditadura da beleza impõe às mulheres.
A vítima era uma atendente de call center. Talvez (porque as informações disponíveis são precárias) more no bairro, mas certamente o seu poder aquisitivo a levou a procurar uma clínica de custo acessível, em Canudos, na periferia da cidade. Sua foto revela que ela alisou e pintou de louro os cabelos (como 99% das mulheres nos nossos dias de massificação do gosto e da aparência) e retocou o rosto. Deve ter achado que uma lipoaspiração era apenas mais um passo nessa rudimentar reengenharia do corpo.
Como outras vítimas dessa ditadura, pagou caro, estupidamente caro demais.
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